LUXÚRIA - trilogia 71

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VAZIO (s.m.)

É paralisia emocional. É um túnel sem fim, por onde escorre o meu ser e tudo o que me faz vivo. É desaprender os sentimentos. É o nada do próprio nada. É quando a ausência alcança seu estágio final voraz. É o umbral do próprio coração. É  ser consumido.

É quando o esquecimento beija a eternidade e juntos abraçam a minha alma.

─━━━━━━ • 言 • ━━━━━━─

…ᘛ ARMANDO ᘛ…

04:50 AM...

Essa chuva insuportável está me atrapalhando, olhei as horas pela milésima vez. — Esse maldito ponteiro menor nunca saí das 4 da manhã.

Angélica foi dormir na casa da amiga, pois está vivendo a vida que sempre quis. O plano inicial era sair, porém a chuva atrapalhou e foi dormir na casa da nova amiga.

Passei a noite acordado lembrando da discussão de ontem com a Lina.

— Dois meses sem ver minha mulher e a perda de peso é surreal! Está a gordinha por quem  me apaixonei. — recordei da perfeição que contemplei ontem.

Segui para a janela de modo a ver a chuva.

As ruas estão alagadas com a quantidade de água que cai incessantemente! A chuva não parou por um momento e os bueiros não dão conta da quantidade de água que está caindo. A única coisa que parou por completo foi os raios e trovões.

— Ainda bem, pois sei como minha Lina fica quando tem esses temporais. Lembro-me que ela dormia agarrada a mim sempre que chovia desse jeito. — um sorriso nostálgico dividiu meus lábios — Desde de novinha que não gosta de trovões e relâmpagos.

Estou preocupado com ela sozinha naquela casa, e acho que ir até lá seria uma boa para nossa reconciliação.

— Vou me casar com a Denise em alguns meses, mas Angelina pode ser minha amante — confessei meus planos para tranquilamente — ainda tenho mágoa por falar até sente nojo de mim, mas ontem quando John me encontrou perto do tribunal e me falou que estava gemendo gostoso coisa que nunca fez comigo!

Mordi meu lábio por imaginar que alguém dormiu com minha mulher. Fui disposto a deixá-la arrebentada, mas vê-la tão linda daquele jeito reacendeu meus sentimentos por ela.

— Merda! Quero minha mulher de volta! — notei que finalmente a chuva deu uma diminuída — vou busca minha mulher.

Mandei uma mensagem para Angélica informando que arriscaria ir até a mãe e a mesma disse que iria comigo. Coloquei uma roupa de frio e esperei pela princesa.

Que não demorou muito para chegar com sua cara mal humorada.

— Pai! Sério que vai ver a mamãe as cinco da manhã? — confirmei que sim — vocês não discutiram ontem?

— Não interessa Angélica! Amo sua mãe, e outra, te informei que ia. — peguei as chaves do carro e da casa dela — Em momento algum te fiz um convite.

— Calma! Eu vou contigo, se é para ser em família quero está por perto. — foi trocar de roupa e logo estamos no elevador — Sei que dona Lina tem medo de trovões, é por isso que está indo?

— Também. — afim de não me estressar com a princesa entrei no meu carro e vi que a chuva está mas fraca — Ainda bem! Essas chuvas fortes acabam com Nova York.

Segui a um 60 quilômetros desejando que fosse 120 só para chegar rápido casa.

— Tem certeza que vai corre atrás da mamãe? — parei o carro bruscamente — o que foi pai!

— Sai! Volta pra casa andando na chuva. — me olhou espantada pois sabe que não estou brincando — Anda! Se não vai cala a boca, desce!

— Tá bom! — revirou os olhos e cruzou os braços — não falo mais nada.

Voltei a dirigir e por ter algumas ruas alagadas levei mais tempo que o esperado. Às 5:30 paramos enfrente de casa e uma coisa me chamou atenção.

Não faz isso comigo Lina! — exclamei saindo as pressas do carro — Vou matar essa miserável se dormiu fora de casa.

Sei que sim, pois a luz de fora ficou acesa ontem, e só vi no momento em que entrei no carro para tentar alcança-la. A fujina saiu correndo para o trabalho e esqueceu a luz ligada! — Ela nunca esquece.

— Pai! O que foi? — entrei em casa e fui direto para o quarto e ela não estava tampouco esteve aqui! Está tudo do jeitinho que me lembre ontem — Mentira! Mamãe dormiu fora de casa.

Angélica perguntou entrando no quarto.

— Essa vagabunda me paga! Onde ela trabalha, Angélica? — questionei voltando para o carro — Anda! Vou buscar

— Eu te levo até lá. — juntos seguimos para o lado da Ilha de Manhattan — Pai…  eu não queria te falar para não causar problemas no trabalho da mamãe, mas o Yan ele te chamou de velhote boca bucha na última vez que fui

Porra Angélica! Como você não me conta um negócio desse! Já faz dois meses que você decidiu por conta própria não fazer mais as consultas de terapia e abandonou sua mãe por completo. — reclamei, pois achei que era por minha causa não por algo pessoal — Te conheço! Alguma coisa você não me contou e acho bom começar a falar agora. — exigi extremamente nervoso.

— Eu tentei ficar com ele, mas disse que preferia a mamãe, fiquei mal por  preferi ela, pai! Ele até segurou no meu braço e me jogou contra o sofá para brigar comigo, dizendo que seria meu novo pai e que vai me educar coisa que o vovô armando não fez — estressado soquei o volante.

Ele nunca será seu pai! Se aquele chinês filho da puta pensa que vai ficar barato isso? — com ódio desferi vários socos contra o volante  —  Está enganado e saberá muito bem do que sou capaz quando estou com raiva! — puto fiquei imaginando o que vou fazer para acabar com esse desgraçado.

O caminho foi longo por causa do trânsito e as 6:40 estacionei na frente do luxuoso prédio. — esse filho da puta tem muito dinheiro.

— Vem! Tenho um plano — vi a princesa pegar uma sacola grande no banco de trás do carro com alguns jornais — Anda pai!

Seguir atrás dela e na portaria entrou como se conhecesse o lugar ou morasse no lugar. 

Bom dia Raul — apertou a mão do porteiro —Que

Oi  Angélica, quanto tempo? — cordial caiu na lábia da minha filha — Nem me fale! Passei a noite inteira vigiando o subsolo para não alagar e todo momento tinha que ligar a bomba para esvaziar os

Nossa! Imagino como deve está louco para ir para casa. Bom, Minha mãe ficou presa aqui ontem por causa da chuva e vim com meu pai trazer seu uniforme limpo. — entrei na mentira e cumprimentei o senhor com um sorriso

o elevador da cobertura está com defeito, pega o principal e vai até o 27 terá que subir de escada até o 32. — a princesa concordou —

Obrigada. — juntos pegamos o elevador — cinco andares de escada é mole para nós! Mas a mamãe não

Não fala merda! Lina está perfeita, emagreceu mais um pouco e ficou com o corpo da juventude… — sorrir por lembrar — a gordinha por quem me apaixonei, ontem estava linda como

Aí que nojo! — contive minha vontade de bater na Angélica novamente — brincadeira… hm, quero saber o que fará? Já que eles

a boca Angélica! Consegue fazer isso para o papai? Ficar caladinha, muda! Prefiro até que não respire! — pedi impaciente — você não tem mais sete anos para fazer essa manipulação ridícula! Já falei e torno a repetir! Amo sua mãe, consegue entender isso? Ela é a mulher da minha vida se coloca no seu lugar de

e não falou mais nada. Os próximos minutos subimos as escadas e  quando chegamos no hall da cobertura me bateu aquela sensação de que estou

ela só tenha dormido aqui por causa da chuva! — murmurei antes de aperta a campainha da porta que Angélica me informou ser da cobertura onde trabalha — Vamos Lina vem me atender.

deve estar dormindo na cama dele! — ouvir isso me deixo cheio de ódio —

Angélica socou a porta algumas vezes e nada de obter resposta tornou a repetir o ato e berrar

Mas que caralho é essa aqui! — olhei para trás e vim outro chinês, porém bem parecido com o que foi lá em