LUXÚRIA - trilogia romance Capítulo 181

VAZIO (s.m.)

É paralisia emocional. É um túnel sem fim, por onde escorre o meu ser e tudo o que me faz vivo. É desaprender os sentimentos. É o nada do próprio nada. É quando a ausência alcança seu estágio final voraz. É o umbral do próprio coração. É  ser consumido.

É quando o esquecimento beija a eternidade e juntos abraçam a minha alma.

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…ᘛ ARMANDO ᘛ…

04:50 AM...

Essa chuva insuportável está me atrapalhando, olhei as horas pela milésima vez. — Esse maldito ponteiro menor nunca saí das 4 da manhã.

Angélica foi dormir na casa da amiga, pois está vivendo a vida que sempre quis. O plano inicial era sair, porém a chuva atrapalhou e foi dormir na casa da nova amiga.

Passei a noite acordado lembrando da discussão de ontem com a Lina.

— Dois meses sem ver minha mulher e a perda de peso é surreal! Está a gordinha por quem  me apaixonei. — recordei da perfeição que contemplei ontem.

Segui para a janela de modo a ver a chuva.

As ruas estão alagadas com a quantidade de água que cai incessantemente! A chuva não parou por um momento e os bueiros não dão conta da quantidade de água que está caindo. A única coisa que parou por completo foi os raios e trovões.

— Ainda bem, pois sei como minha Lina fica quando tem esses temporais. Lembro-me que ela dormia agarrada a mim sempre que chovia desse jeito. — um sorriso nostálgico dividiu meus lábios — Desde de novinha que não gosta de trovões e relâmpagos.

Estou preocupado com ela sozinha naquela casa, e acho que ir até lá seria uma boa para nossa reconciliação.

— Vou me casar com a Denise em alguns meses, mas Angelina pode ser minha amante — confessei meus planos para tranquilamente — ainda tenho mágoa por falar até sente nojo de mim, mas ontem quando John me encontrou perto do tribunal e me falou que estava gemendo gostoso coisa que nunca fez comigo!

Mordi meu lábio por imaginar que alguém dormiu com minha mulher. Fui disposto a deixá-la arrebentada, mas vê-la tão linda daquele jeito reacendeu meus sentimentos por ela.

— Merda! Quero minha mulher de volta! — notei que finalmente a chuva deu uma diminuída — vou busca minha mulher.

Mandei uma mensagem para Angélica informando que arriscaria ir até a mãe e a mesma disse que iria comigo. Coloquei uma roupa de frio e esperei pela princesa.

Que não demorou muito para chegar com sua cara mal humorada.

— Pai! Sério que vai ver a mamãe as cinco da manhã? — confirmei que sim — vocês não discutiram ontem?

— Não interessa Angélica! Amo sua mãe, e outra, te informei que ia. — peguei as chaves do carro e da casa dela — Em momento algum te fiz um convite.

— Calma! Eu vou contigo, se é para ser em família quero está por perto. — foi trocar de roupa e logo estamos no elevador — Sei que dona Lina tem medo de trovões, é por isso que está indo?

— Também. — afim de não me estressar com a princesa entrei no meu carro e vi que a chuva está mas fraca — Ainda bem! Essas chuvas fortes acabam com Nova York.

Segui a um 60 quilômetros desejando que fosse 120 só para chegar rápido casa.

— Tem certeza que vai corre atrás da mamãe? — parei o carro bruscamente — o que foi pai!

— Sai! Volta pra casa andando na chuva. — me olhou espantada pois sabe que não estou brincando — Anda! Se não vai cala a boca, desce!

— Tá bom! — revirou os olhos e cruzou os braços — não falo mais nada.

Voltei a dirigir e por ter algumas ruas alagadas levei mais tempo que o esperado. Às 5:30 paramos enfrente de casa e uma coisa me chamou atenção.

— Não faz isso comigo Lina! — exclamei saindo as pressas do carro — Vou matar essa miserável se dormiu fora de casa.

Sei que sim, pois a luz de fora ficou acesa ontem, e só vi no momento em que entrei no carro para tentar alcança-la. A fujina saiu correndo para o trabalho e esqueceu a luz ligada! — Ela nunca esquece.

— Pai! O que foi? — entrei em casa e fui direto para o quarto e ela não estava tampouco esteve aqui! Está tudo do jeitinho que me lembre ontem — Mentira! Mamãe dormiu fora de casa.

Angélica perguntou entrando no quarto.

— Essa vagabunda me paga! Onde ela trabalha, Angélica? — questionei voltando para o carro — Anda! Vou buscar sua mãe.

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