Mais do que paquera romance Capítulo 184

Andreia olhou para ele e deu a folha de confissão para ele:

- Está falando aqui que Calista queria me matar porque quer se casar com você, estou com dúvida, se ela quiser casar contigo, não faz sentido me matar, em vez disso, deveria matar Judite, pois ela ainda era sua noiva naquele tempo, a possibilidade de casar com você não seria mais alta se matasse Judite?

O que ela queria falar de verdade, era que teria mais chance se matasse Bia.

Porque Bia era quem ele amava, se ela falasse isso, com certeza ele ficaria bravo.

Ao ouvir a fala da Andreia, o olhar de Raviel que estava nela ficou confuso.

Por que tudo mundo consegue perceber que ele a ama, mas ela mesma não?

Ele a ama, e então matá-la é a melhor escolha de Calista.

Raviel deu um suspiro silencioso e devolveu o documento para o policial:

- Podemos vê-la?

- Claro. - Policial afirmou com cabeça.

Raviel olhou para Andreia:

- Vamos dar uma olhada nela.

Andreia pretendia fazer isso também, então concordou com ele e foram para sala de investigação.

Andreia ficou em pé na frente da Calista e perguntou com frieza:

- Você queria me matar só porque estava com inveja, não acha que estava sendo malvada demais?

Calista levantou a cabeça para olhá-la, mas abaixou de novo depressa, e depois disse com sua voz estava cheia de tristeza:

- Pode dizer tudo que quiser, nada mais importa para mim.

- O quê? - Andreia apertou os olhos com dúvida.

Estranho, seria anormal se o prisioneiro ficasse insatisfeito e não reconciliado na frente da vítima.

Mas porque sua reação era tão triste?

- Em que está pensado? - Raviel estava atrás de Andreia. Ele perguntou de repente ao ver Andreia perdida em seus pensamentos.

Andreia voltou para si mesma e balançou a cabeça:

- Nada, talvez esteja pensando demais.

Não deveria estar errado se fosse ele que tinha feito a investigação.

Ao pensar nisso, Andreia respirou fundo para esquecer do ponto suspeito, olhou para Calista e perguntou:

- Me responda, foi você quem comandou o incêndio que aconteceu no meu armazém pouco tempo atrás?

Calista apertou as sobrancelhas com dúvida:

- Não sei do que você está falando, só queria te matar, não tenho nada a ver com seu armazém e o acidente de carro que aconteceu com você e seu filho.

- O quê? -A expressão de Andreia se mudou.

A expressão de Raviel também ficou bem sério.

A cara de Andreia ficou pálida; ela segurou os ombros de Calista e perguntou com voz tremida:

- Não foi você que comandou esses dois casos?

- Não - Calista afirmou com cabeça.

Andreia fixou olhar em seus olhos e percebeu que ela não estava mentindo, então um arrepio surgiu das costas dela.

Se não foi ela nem Judite, quem será?

Será que ela tem outros inimigos?

Ao pensar nisso, Andreia ficou emocionante. Ela segurou a cabeça e fechou os olhos para relembrar de todas as pessoas que conhecia desde que voltou.

Mas não achou ninguém suspeito depois de relembrar de todos, e ficou com dor de cabeça.

Ao ver o jeito triste de Andreia, Raviel ficou com dó, então ele envolveu Andreia nos seus braços e passou a mão de leve pelas suas costas:

- Está tudo bem, pode parar se não consegue relembrar.

Andreia segurou a gola do terno dele e apoiou a cabeça no seu peito. Ele tinha um cheirinho de menta, que a deixou tranquila devagar, em seguida, soltou sua gola e saiu do colo dele.

- Obrigada, Presidente Raviel, estou melhor, vou achar a pessoa que soltou fogo no meu armazém e sequestrou meu filho de qualquer jeito, e em relação a Srta. Calista...

Andreia apertou a palma, virou-se e fixou seus olhos em Calista:

- Srta. Calista deve passar por boas reformas na prisão.

Em seguida, ela saiu da sala de investigação sem nenhuma expressão no rosto.

Raviel olhou para Calista, que estava com uma expressão mais triste, franziu a testa e saiu junto com Andreia.

Andreia não sabia o que Raviel estava pensando, de repente ela fez uma reverência a ele:

- Presidente Raviel, obrigada por ter encontrado assassino para mim, senão, vou ficar insegura e com medo ainda.

De qualquer jeito, ela está menos preocupada com Calista presa.

Daqui em diante, é só achar a pessoa que está mais escondida, quem sequestrou seu filho e soltou fogo no seu armazém, daí sim que ela vai ficar sem preocupações.

- Não precisa me agradecer, aconteceu tudo isso por causa de mim, eu sou a pessoa que deveria dar desculpas a você. - Raviel balançou as mãos.

Andreia deu um sorriso, lembrou de algo em seguida e deu uma batida na testa, então ela tirou um cheque e um cartão da bolsa e deu para ele:

- Presidente Raviel, aqui está o dinheiro que você tinha me emprestado e seu cartão, estou te devolvendo agora.

A expressão de Raviel ficou sombria.

Mesmo que ele não estivesse feliz com a pressa dela de devolver tudo para ele e romper seus relacionamentos, ele ainda pegou o cheque e o cartão.

Porque ela ficaria sem jeito se ele não aceitasse.

Andreia deu um sorriso de coração ao ver que Raviel tinha aceitado o dinheiro:

- Então vou indo primeiro, Presidente Raviel, tchau!

Ela abriu a porta do carro e entrou depois de falar.

Raviel apertou os lábios, esperou o carro dela ir para longe e foi embora também. Ele voltou para Grupo Barisque Royale, pois tinha uma reunião importante.

Andreia voltou para hospital, Érika começou a fazer perguntas no momento em que ela entrou na ala:

- E aí? Qual é o nome da pessoa, ela confessou o crime?

- Sim, o nome dela é Calista, é a senhorita da Família Torres. - Andreia se sentou e respondeu dando batidas nos ombros que estavam doendo.

Ao ouvir sua fala, Gilberto entendeu a situação.

Ele estava com dúvida de como não recebeu nenhuma notícia sendo que aquela mulher foi pega, então era porque tinha um bode expiatório.

Mas por que ela entregou o bode nesse momento?

- Como poderia ser Calista? - Os olhos a Érika se arregalaram de surpresa.

Andreia arqueou as sobrancelhas?

- Você a conhece?