Mais do que paquera romance Capítulo 243

- Eu nunca disse que não te amei, naquele momento eu estava em silêncio. - Raviel esfregou sua testa, corrigindo.

Andreia apertou sua mão:

- O silêncio não é o assentimento tácito?

- Não, eu só não queria te negar. - Raviel balançou levemente a cabeça:

- Eu não admiti nessa situação porque Calista estava observando você em segredo. Receava que se eu admitisse, ela ficaria com mais agressividade e loucura.

Os olhos de Andreia tremeluziram um pouco:

- É mesmo assim?

- Não vou mentir para você. - Raviel olhou para ela com seriedade.

Andreia baixou suas pálpebras e as palavras que Érika lhe tinha dito noutro dia lhe vieram à mente.

Érika disse que Raviel gostava dela, por isso, ele seguiria os concelhos de Andreia para perdoar Gil.

Ela nunca tinha realmente acreditado nisso, mas nesse momento Raviel já confessou seu amor por ela...

Nesse tempo, o coração de Andreia era como uma bagunça, já que ela não podia se acalmar. Seu batimento cardíaco era tão rápido que não conseguia retomar seu ritmo normal.

Depois de um bocado, ela respirou fundo, reformando sua voz:

- E Srta. Bia, qual é a exata relação entre vocês?

- Ela é filha adotiva que minha mãe acolheu quando era viva - respondeu Raviel, com pálpebras levantadas.

- Filha adotiva? - Andreia piscou os olhos de surpresa. - Então vocês são...irmãos?

Raviel levantou o queixo:

- É verdade, então quem te disse que eu amo Bia?

Algum tempo depois, Andreia engoliu uma saliva antes de responder:

- Ninguém me disse, mas as expressões que todos mostraram quando mencionaram a Srta. Bia e você eram muito significativas, então eu pensei que vocês estavam apaixonados.

- Não é nada disso. - Raviel franziu o sobrolho, respondendo.

Andreia sentiu um enorme suspiro de alívio em seu coração e, ao mesmo tempo, ela também estava um pouco alegre.

Ela sempre acreditava que ele e Srta. Bia eram realmente um casal, então ela se sentiu muito culpada pelo que aconteceu ontem à noite, tendo pena de Srta. Bia.

Mas já soube que Srta. Bia e ele não tinham esse tipo de relacionamento e, de repente sentiu a paz de espírito.

Olhando para o sorriso apresentado no rosto de Andreia, os lábios finos de Raviel também ficam ligeiramente curvados para cima:

- Agora você sabe que a única pessoa que eu amo é você?

Andreia soltou a borda da mesa, pretendendo voltar à sua cadeira para se sentar. Inesperadamente, ao dar um passo, ela puxou a parte mais íntima de seu corpo, fazendo com que seu pequeno rosto se franzisse de dor e suas pernas ficassem fracas.

Ao ver isto, Raviel se levantou diretamente, levando Andreia para o sofá com seus braços.

Depois de se sentar no sofá, Andreia estava muito mais confortável, baixando a cabeça e sussurrando:

- Desculpe, Presidente Raviel, ainda não posso me casar com você. Você de repente me disse isso, eu não está nem um pouco preparada, eu...

Ela não disse mais, e seus dedos torcerem os cantos de roupa de forma desconfortável e nervosa.

Ela não tinha certeza se suas várias recusas consecutivas iriam enfurecê-lo.

No entanto, suas preocupações eram supérfluas.

Raviel não ficou aborrecido, em vez disso, ele até acariciou seu cabelo:

- Eu sei, eu entendo sua situação. É verdade que é muito cedo para dizer isto de repente, deixando você sem preparação mental. Não se preocupa, não vou te forçar, vamos esperar até que você me aceite.

Ele sabia desde o início que não obteria o consentimento dela imediatamente se ele propusesse o casamento.

Portanto, ele não se importou de esperar um pouco mais, esperando até que ela se acostumasse.

Sentindo a ternura dele, o coração de Andreia se aqueceu e ela sorriu um pouco:

- Obrigada, Presidente Raviel.

- De nada. Já que você ainda está um pouco desconfortável, vá dormir um pouco. Em termos de seu estúdio, já pedi a licença para você a Érika. - Raviel apontou para sua bolsa na mesa, dizendo.

Andreia foi abalada:

- Então...então, Eri já sabe o que aconteceu entre nós?

- Eu não disse a ela nada, mas ela deveria ter adivinhado - respondeu Raviel com calma e tranquilidade.

Todos eram adultos. Não era admirável que Eri pensasse mais sobre isso quando Raviel usou celular dela ligar para ela de manhã.

Andreia cobriu seu rosto.

Que horror.

Érika era uma pessoa que gostava de falar pelos cotovelos. Andreia tinha a certeza de que não demoraria muito até que a notícia de que ela tinha passado uma noite com Raviel chegasse aos ouvidos de sua mãe.

Raviel levou Andreia ao seu quarto com braços.

Andreia ainda estava um pouco desconfortável, então depois de se deitar na cama, ela esfregou contra o travesseiro, fechando os olhos e adormecendo novamente. Depois que aconchegou Andreia no cobertor, Raviel deixou a sala com gentileza, voltando para a sala de estar.

Nesse momento, tocou a campainha da porta.

Raviel foi abrir a porta. Era Saymon que ficou fora:

- Presidente.

- Entra. - Raviel se virou caminhando para dentro.

Saymon entrou, fechando a porta e seguindo Raviel até ao quarto de estudo.

- Presidente, a família Hofmann está falecendo. Fagner está agora fazendo a liquidação de seus ativos, e quando tiver resultado, declarará a falência - relatou Saymon.

Raviel sorriu friamente:

- Na verdade, a falência está apenas na superfície. Fagner, aquele velho rato, ainda tem muitas propriedades e antiguidades em suas mãos. Depois de vendê-las, ele ainda tem muito dinheiro.

- Mas mesmo que seja assim, sem negócios, seu dinheiro provavelmente não durará muito - Saymon empurrou seus óculos, dizendo.

- Assim ele vai encontrar outra maneira para recriar O Grupo Pomarosa. Você fica de olho nele, desde que ele crie o Grupo Pomarosa, impede ele de imediato - instruiu Raviel. Seu bonito rosto ficava sombrio, e sua mão sobre a escrivaninha se apertou firmemente.

- Entendi - respondeu Saymon, mas em seu coração, não podia deixar de sentir simpatia por Fagner.

Aquele velho fez uma aposta, tentando fazer Judite se aproximar de novo do presidente, pensando que desta forma a família Hofmann seria capaz de se apoiar na família D'Angelo e tudo correria bem. No entanto, aquele nunca pensou que ele já tinha cometido um lapso fatal, não só estando perdendo seu presente, mas também o futuro. Ele deve ver que não pode tirar a vantagem de nosso presidente. Mesmo que o presidente tivesse relação com Judite, ele não ajudaria a família Hofmann. Caso contrário, o Grupo Pomarosa teria subido a grandes alturas nos últimos cinco anos!

- Qual é a situação de Judite? - Raviel se inclinou para trás e perguntou, cruzando os dedos nos joelhos.

- Já acordou. Agora está no hospital, porque está muito ferida - Saymon disse com uma leve tosse.

Raviel levantou as sobrancelhas, sinalizando-lhe para continuar.

Saymon estendeu suas mãos:

- Ela já não tem capacidade de gravidez. Além disso, porque ainda não cresceu bem sua perna e os ossos estão desalinhados, ela pode ficar com uma deficiência no futuro, como terá um pé alto e outro baixo ou algo assim.

Isso era conhecido como aleijado.

Quando Raviel ouviu isso, ainda não havia expressão em seu rosto, que era frio o suficiente para os outros sentir a chegada do inverno:

- Quando ela puder sair deste hospital, envia ela de novo para o hospital psiquiátrico e instrui os médicos e enfermeiras lá a cuidar bem dela!

As palavras “cuidar bem dela” estavam num tom mais pesado.

Saymon entendeu o que ele queria dizer, acenando com uma cara séria:

- Entendi, além disso, também descobri a fonte do afrodisíaco que Judite tinha te dado. O afrodisíaco foi dada a ela por um gângster, que é vizinho da família de Judite e tem um grupo de dezenas de pessoas. Então Judite ainda mantém o contato com ele, e os dois...

Falando aqui, Saymon olhou para o topo da cabeça de Raviel, porque tinha vergonha de continuar.

O olhar de Saymon era tão envergonhado que Raviel entendeu o significado num relance. Seu rosto bonito estava cheio de expressão sombria e o ar ao seu redor ficou frio.

- Aquele homem, ele e a Judite estão em relação, certo? - Raviel estreitou os olhos, dizendo.

Saymon ficou surpreso:

- Você já sabe, Presidente?

- Andreia já me falou sobre isso.

- Então é assim - Saymon já viu, acenando com a cabeça. Logo ele reforçou o olhar novamente, - Parece que eles estão em relação há muito tempo, muito antes de Judite ficar noiva de você, Presidente. Ao longo dos anos, aquele homem também ajudou Judite a fazer um monte de coisas antiéticas.

- Então investigue, e entregue as informações ao polícia. Não há necessidade de manter uma pessoa tão prejudicial ao nosso lado. - Raviel acenou com sua mão.

Saymon prometeu fazer isso, a seguir, relatou alguns outros assuntos e partiu.

Raviel ficou nesse quarto para lidar com documentos oficiais até ao meio-dia. Depois, ele se levantou, saindo do quarto para tomar um café.

Pegando no café, ele passou pelo quarto e de repente ouviu o som vindo de dentro:

- O quê? Você quer que eu vá falar com Presidente Raviel e diga para ele parar?

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