- Nada - disse Andreia, balançando a cabeça e arrumando o cabelo -, vamos.
Raviel colocou a mão para segurá-la:
- Confirmo primeiro se tem guardas fora.
- Bem. - Ela ficou no lugar.
Raviel abriu a porta e olhou ao redor do corredor para ambos os lados. Vendo que não tinha guardas, virou a cabeça e disse:
- Vamos.
Andreia abaixou a cabeça ligeiramente e pegou o terno, e saiu, abraçada por Raviel nos ombros.
Quando ela estava prestes a dizer algo, Raviel falou com antecedência:
- O pessoal da estação me conhece, então fica perto de mim para que eles não te pesquisem.
Dizendo isso, Raviel a abraçou com força e eles saíram da estação.
No carro, Andreia tirou o terno e lhe entregou para Raviel:
- Obrigada, Presidente Raviel.
Ele recebeu o terno e o colocou sobre as pernas dela em vez de vestir:
- Sua saia é curta demais, deveria cobrir suas penas. Saymon está chegando.
Se tivessem só os dois no carro, não importaria que ela vestisse assim, tão exposta. Mas Saymon viria para carro, e Raviel não queria que ele visse as penas de Andreia.
Vendo o terno nas pernas, Andreia sentiu-se divertida.
A saia foi rasgada por um pouco e ficou mais curta, mas não chegou ao ponto de nudez.
Entretanto, essa sua atitude dominador fez sentir-se engraçada e ter uma sensação de ser cuidada.
Logo depois, Saymon abriu a porta e sentou-se no assento de motorista. Virou-se para Andreia e cumprimentou sem surpresa:
- Olá, Andreia.
Andreia sorriu e respondeu:
- Olá, Saymon.
Saymon acenou com a cabeça e olhou para Raviel:
- Presidente, já deletei todas as sombras de Andreia nos vídeos de vigilância. O pessoal da estação não vai encontrar ela.
Ouvindo isso, Andreia esbugalhou os olhos para o homem ao lado.
Ele não somente a ajudou a evitar os guardas, mas também fez tudo isso.
- Presidente Raviel... - Andreia mordeu o lábio e chamou o nome de Raviel, tentando dizer algo.
Raviel apertou ligeiramente as mãos:
- Bem, como estão Renata e ...
- Francisco - relembrou Andreia.
Raviel acenou com a cabeça:
- Como estão Renata e Francisco?
- Francisco foi chamado pelo diretor da estação. Afinal, ele reuniu tantos guardas e não apanhou ninguém. Só deixa todo o pessoal da estação ficar espantado. Portanto, deve ser responsabilizado.
Saymon ligou o carro, dizendo:
- Quanto a Renata, já saiu da estação depressa.
- Ela deve ter voltado para casa da família Hofmann para ver se a pessoa que tinha ouvido sua conversa falou com Fagner o segredo. Se não, ela ainda pode prevenir com antecedência - analisou Andreia, estreitando os olhos.
- Que segredo? - Saymon parecia curioso.
Raviel deu um relance nele, mostrando sua antipatia.
Saymon tossiu ligeiramente, tocou no nariz e dirigiu cautelosamente, sem fazer mais perguntas.
Andreia tirou o celular. Ligou para o detectivo que espreitava Judite e o mandou, de qualquer forma, obter cabelos de Renata, Judite, Fagner e Francisco.
Raviel ouviu e levantou a cabeça:
- Quer fazer um teste de paternidade?
- Sim, quero identificar eles quatro - disse Andreia, deixando o celular.
Só neste caso, poderia confirmar se Judite era a filha de Renata e Francisco.
Raviel colocou o braço na porta:
- Deixa Kristofer te ajudar. Pode obter o resultado em duas horas no máximo.
- Bem, obrigada - disse Andreia.
Raviel levantou o queixo:
- Aonde vai depois?
- Volto para o estúdio. Recebemos um pedido nestes dias e estamos ocupadas. - Andreia tocou em sua bolsa.
Raviel olhou para Saymon:
- Já ouviu?
- Sim - respondeu Saymon.
Em breve, eles chegaram ao estúdio.
Andreia tirou o terno das pernas e entregou para o homem.
O homem recebeu esta vez e vestiu diretamente.
Andreia tinha a bolsa no ombro e abriu a porta.
Ao momento de ela sair com um pé, pensou em alguma coisa e então parou.
Após alguns segundos, Andreia se virou e olhou para Raviel. Inclinou-se e beijou no seu rosto.
Isso fez as pupilas de Raviel se contraírem.
Saymon ficou boquiaberto:
- Andreia, você...
Antes de terminar a falar, Andreia, com rosto avermelhado, desceu do carro rapidamente.
Fechou a porta e entrou no prédio. Com pouco tempo, desapareceu.
Raviel, que ficou congelado, tocou em sua cara onde tinha sido beijada por Andreia, e depois movimentou o pomo-de-adão, sem se saber o que estava pensando.
Saymon olhou para Andreia e depois para seu presidente que estava distraído. Não deixava de flautar:
- Parabéns pelo ganho de uma mulher bonita.
- Ganho? - disse Raviel, com dúvidas.
Saymon acenou com a cabeça:
- Sim, você está namorando Andreia e ela ainda não concordou em tornar sua namorada, né? Mas agora ela te deu um beijo. Obviamente, ela tem paixão e vontade de estar junto com você.
Raviel sentiu-se muito alegre e endireitou as costas:
- É mesmo?
- Pode ser. Senão, ela não te beijaria. - Saymon empurrou os óculos.
Ele nunca namorou, mas tinha lido muitos romances.
Então ainda podia entender isto.
Mas Raviel não confiou nele e disse com a voz baixa:
- Provavelmente ela estava expressando a gratidão por minha ajuda.
- Como é possível? - Saymon puxou os lábios -, você ajuda Andreia muitas vezes, mas quando ela te agradeceu com um beijo?
Ouvindo isso, Raviel ficou sem palavras.
Saymon continuou:
- Portanto, que tal expressar seu sentimento para Andreia novamente? Vai dar certa desta vez!
Raviel abaixou os olhos, parecendo que estava pensando em algo.
Por um momento, ele levantou a cabeça e olhou para o prédio em frente, com os olhos escuros:
- Deixa para lá à noite. Vamos.
- Sim - respondeu Saymon.
No estúdio, Andreia ficou na varanda do escritório e olhou para baixo. Vendo que o Bentley partiu, cobriu a cara quente e coradas com duas mãos, voltou para o escritório e se sentou em sua cadeira.
Nestes dias, eles sempre estavam juntos. Já se acostumou a passar tempo com ele assim. O mais importante era que quando ela tinha dificuldade, ele sempre aparecia pela primeira vez para ajudá-la e protege-la.
Por isso, ela queria tentar namorar com ele. Mas não sabia se ele pudesse entender o que significava este seu beijo, que era sua resposta.
- Andy! - Quando ela pensou nisso, Érika empurrou a porta.
Andreia logo se ergueu e baixou as mãos, olhando para ela seriamente:
- Como foi?
Érika piscou os olhos com dúvida:
- Eia! Uma vez que eu entrei, você ajustou a postura de se sentar, com a cara corada, como se fosse uma ladra com vergonha. Está fazendo algo de mau?
- Como é possível? - Andreia esbugalhou os olhos para ela -, bem, o que acontece?
- Olha, isso são os rascunhos de outros designers de nosso estúdio. - Érika passou uma pilha de desenhos.
Andreia recebeu:
- Bem, entendi.
- Há outra coisa - Érika apoiou as mãos sobre a mesa.
Andreia levantou a cabeça para ela e disse:
- O que mais?
- Uma revista da moda está escolhendo desenho de roupa para a capa. Participamos? - perguntou Érika.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Mais do que paquera
Meu Jesus, me desculpe a autora mas a Andréia é muito negligente como mãe. Como deixar duas crianças de menos de 05 anos sozinhas??? E isso está ocorrendo desde o início do livro Ela ainda queria ficar no hospital deixando as crianças com fome Que mãe é essa em!...
O livro parece interessante mas os desencontros está ficando cansativo...