Mais do que paquera romance Capítulo 250

- Nada - disse Andreia, balançando a cabeça e arrumando o cabelo -, vamos.

Raviel colocou a mão para segurá-la:

- Confirmo primeiro se tem guardas fora.

- Bem. - Ela ficou no lugar.

Raviel abriu a porta e olhou ao redor do corredor para ambos os lados. Vendo que não tinha guardas, virou a cabeça e disse:

- Vamos.

Andreia abaixou a cabeça ligeiramente e pegou o terno, e saiu, abraçada por Raviel nos ombros.

Quando ela estava prestes a dizer algo, Raviel falou com antecedência:

- O pessoal da estação me conhece, então fica perto de mim para que eles não te pesquisem.

Dizendo isso, Raviel a abraçou com força e eles saíram da estação.

No carro, Andreia tirou o terno e lhe entregou para Raviel:

- Obrigada, Presidente Raviel.

Ele recebeu o terno e o colocou sobre as pernas dela em vez de vestir:

- Sua saia é curta demais, deveria cobrir suas penas. Saymon está chegando.

Se tivessem só os dois no carro, não importaria que ela vestisse assim, tão exposta. Mas Saymon viria para carro, e Raviel não queria que ele visse as penas de Andreia.

Vendo o terno nas pernas, Andreia sentiu-se divertida.

A saia foi rasgada por um pouco e ficou mais curta, mas não chegou ao ponto de nudez.

Entretanto, essa sua atitude dominador fez sentir-se engraçada e ter uma sensação de ser cuidada.

Logo depois, Saymon abriu a porta e sentou-se no assento de motorista. Virou-se para Andreia e cumprimentou sem surpresa:

- Olá, Andreia.

Andreia sorriu e respondeu:

- Olá, Saymon.

Saymon acenou com a cabeça e olhou para Raviel:

- Presidente, já deletei todas as sombras de Andreia nos vídeos de vigilância. O pessoal da estação não vai encontrar ela.

Ouvindo isso, Andreia esbugalhou os olhos para o homem ao lado.

Ele não somente a ajudou a evitar os guardas, mas também fez tudo isso.

- Presidente Raviel... - Andreia mordeu o lábio e chamou o nome de Raviel, tentando dizer algo.

Raviel apertou ligeiramente as mãos:

- Bem, como estão Renata e ...

- Francisco - relembrou Andreia.

Raviel acenou com a cabeça:

- Como estão Renata e Francisco?

- Francisco foi chamado pelo diretor da estação. Afinal, ele reuniu tantos guardas e não apanhou ninguém. Só deixa todo o pessoal da estação ficar espantado. Portanto, deve ser responsabilizado.

Saymon ligou o carro, dizendo:

- Quanto a Renata, já saiu da estação depressa.

- Ela deve ter voltado para casa da família Hofmann para ver se a pessoa que tinha ouvido sua conversa falou com Fagner o segredo. Se não, ela ainda pode prevenir com antecedência - analisou Andreia, estreitando os olhos.

- Que segredo? - Saymon parecia curioso.

Raviel deu um relance nele, mostrando sua antipatia.

Saymon tossiu ligeiramente, tocou no nariz e dirigiu cautelosamente, sem fazer mais perguntas.

Andreia tirou o celular. Ligou para o detectivo que espreitava Judite e o mandou, de qualquer forma, obter cabelos de Renata, Judite, Fagner e Francisco.

Raviel ouviu e levantou a cabeça:

- Quer fazer um teste de paternidade?

- Sim, quero identificar eles quatro - disse Andreia, deixando o celular.

Só neste caso, poderia confirmar se Judite era a filha de Renata e Francisco.

Raviel colocou o braço na porta:

- Deixa Kristofer te ajudar. Pode obter o resultado em duas horas no máximo.

- Bem, obrigada - disse Andreia.

Raviel levantou o queixo:

- Aonde vai depois?

- Volto para o estúdio. Recebemos um pedido nestes dias e estamos ocupadas. - Andreia tocou em sua bolsa.

Raviel olhou para Saymon:

- Já ouviu?

- Sim - respondeu Saymon.

Em breve, eles chegaram ao estúdio.

Andreia tirou o terno das pernas e entregou para o homem.

O homem recebeu esta vez e vestiu diretamente.

Andreia tinha a bolsa no ombro e abriu a porta.

Ao momento de ela sair com um pé, pensou em alguma coisa e então parou.

Após alguns segundos, Andreia se virou e olhou para Raviel. Inclinou-se e beijou no seu rosto.

Isso fez as pupilas de Raviel se contraírem.

Saymon ficou boquiaberto:

- Andreia, você...

Antes de terminar a falar, Andreia, com rosto avermelhado, desceu do carro rapidamente.

Fechou a porta e entrou no prédio. Com pouco tempo, desapareceu.

Raviel, que ficou congelado, tocou em sua cara onde tinha sido beijada por Andreia, e depois movimentou o pomo-de-adão, sem se saber o que estava pensando.

Saymon olhou para Andreia e depois para seu presidente que estava distraído. Não deixava de flautar:

- Parabéns pelo ganho de uma mulher bonita.

- Ganho? - disse Raviel, com dúvidas.

Saymon acenou com a cabeça:

- Sim, você está namorando Andreia e ela ainda não concordou em tornar sua namorada, né? Mas agora ela te deu um beijo. Obviamente, ela tem paixão e vontade de estar junto com você.

Raviel sentiu-se muito alegre e endireitou as costas:

- É mesmo?

- Pode ser. Senão, ela não te beijaria. - Saymon empurrou os óculos.

Ele nunca namorou, mas tinha lido muitos romances.

Então ainda podia entender isto.

Mas Raviel não confiou nele e disse com a voz baixa:

- Provavelmente ela estava expressando a gratidão por minha ajuda.

- Como é possível? - Saymon puxou os lábios -, você ajuda Andreia muitas vezes, mas quando ela te agradeceu com um beijo?

Ouvindo isso, Raviel ficou sem palavras.

Saymon continuou:

- Portanto, que tal expressar seu sentimento para Andreia novamente? Vai dar certa desta vez!

Raviel abaixou os olhos, parecendo que estava pensando em algo.

Por um momento, ele levantou a cabeça e olhou para o prédio em frente, com os olhos escuros:

- Deixa para lá à noite. Vamos.

- Sim - respondeu Saymon.

No estúdio, Andreia ficou na varanda do escritório e olhou para baixo. Vendo que o Bentley partiu, cobriu a cara quente e coradas com duas mãos, voltou para o escritório e se sentou em sua cadeira.

Nestes dias, eles sempre estavam juntos. Já se acostumou a passar tempo com ele assim. O mais importante era que quando ela tinha dificuldade, ele sempre aparecia pela primeira vez para ajudá-la e protege-la.

Por isso, ela queria tentar namorar com ele. Mas não sabia se ele pudesse entender o que significava este seu beijo, que era sua resposta.

- Andy! - Quando ela pensou nisso, Érika empurrou a porta.

Andreia logo se ergueu e baixou as mãos, olhando para ela seriamente:

- Como foi?

Érika piscou os olhos com dúvida:

- Eia! Uma vez que eu entrei, você ajustou a postura de se sentar, com a cara corada, como se fosse uma ladra com vergonha. Está fazendo algo de mau?

- Como é possível? - Andreia esbugalhou os olhos para ela -, bem, o que acontece?

- Olha, isso são os rascunhos de outros designers de nosso estúdio. - Érika passou uma pilha de desenhos.

Andreia recebeu:

- Bem, entendi.

- Há outra coisa - Érika apoiou as mãos sobre a mesa.

Andreia levantou a cabeça para ela e disse:

- O que mais?

- Uma revista da moda está escolhendo desenho de roupa para a capa. Participamos? - perguntou Érika.

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