Mais do que paquera romance Capítulo 264

Pensando nisso, Nina olhou para Andreia de má vontade.

Andreia torceu o canto da boca sem falar, pensando apenas que ela estava maluca, e então não estava disposta a prestar mais atenção nela.

Nesse momento, Zezé tirou um cartão de visita, desceu correndo as escadas no meio da chuva, parou na frente de Raviel e entregou o cartão muito educadamente:

- Presidente Raviel, tudo bem?

Raviel ergueu os olhos, olhou para ele com indiferença e pronunciou palavras com uma voz fria:

- Quem é você?

- Meu nome é Zezé Ribeiro, o herdeiro da empresa Caro Ribeiro, e Hugo Ribeiro é meu pai. - Zezé ainda segurou seu cartão de visita, apesar de ser molhado pela chuva.

No entanto, Raviel não estava interessado em seu cartão de visita. Sem nem mesmo olhar para ele, disse:

- Eu não te conheço. Pode descer.

Ele disse a última frase para Andreia, e seu tom ficou mais suave.

Andreia lhe respondeu com um “ok”, ergueu a bolsa para bloquear sua cabeça, desceu correndo as escadas e se escondeu no grande guarda-chuva de Raviel.

Raviel lhe entregou o casaco em seus braços e disse:

- Vista para não pegar um resfriado.

Era uma jaqueta de senhora.

Andreia pegou a jaqueta e a vestiu, que tinha o tamanho certo e se ficava bem perfeitamente com ela.

Ela fechou o zíper e olhou para ele, dizendo:

- Você me trouxe essa jaqueta com intenção?

- É - Raviel acenou a cabeça.

Andreia sentiu muito afeto em seu coração e seus olhos se curvaram devido ao sorriso em seu rosto.

Raviel ergueu a mão e usou o polegar para enxugar com tanta suavidade as gotas de chuva que caíram em seu rosto.

Zezé e Nina apenas assistiram aos dois mostrarem seu afeto; um deles se sentiu envergonhado enquanto o outro tinha muitos ciúmes.

Foi Zezé que ficou envergonhado. Depois que Raviel disse que não o conhecia, ele se sentiu tão envergonhado que queria encontrar um lugar para se esconder.

E foi Nina que ficou com ciúmes. Olhando para Zezé e depois para Raviel, ela não entendeu por que eles poderiam ser tão diferentes, apesar de serem ambos namorados.

O namorado de Andreia a cuidava tanto, enquanto o dela nunca tinha a cuidado e ainda estava brigando com ela. O que a deixou ficar com muita raiva.

- Vamos, Ravi. - Andreia não sabia o que Nina estava pensando, então ela pegou o braço de Raviel e disse a ele.

Raviel ficou satisfeito com suas palavras, e então mostrou um sorriso com carinho. Depois que pegou o guarda-chuva da outra mão, ele deu uma virada com ela e caminhou em direção ao estacionamento.

Depois de dois passos, Nina os parou.

Nina olhou para as costas de Raviel, colocou as duas mãos na boca e gritou como usando uma trombeta:

- Senhor, você conhece bem sua namorada?

Raviel parou, assim como Andreia.

Mas Raviel não virou a cabeça, apenas Andreia virou a cabeça e olhou para Nina com indiferença.

"Parece que essa mulher vai criar problemas de novo.", pensou Andreia.

Não apenas ela pensava assim, mas também Zezé tinha essa ideia, então ele apontou para Nina e disse:

- Cale a boca, você sabe do que está falando?!

- Claro que sabia do que estou falando. - Nina olhou para ele, e então voltou seu olhar para Raviel. - Senhor, sua namorada não é uma pessoa gentil e inocente, mas sim uma pessoa maliciosa e bem descarada.

- Você... você... - Zezé estava com tanto medo que quase se engasgou.

"Essa idiota está procurando problemas, como ela ousaria dizer isso para a namorada do Presidente Raviel na frente dele?! Isso é como se fosse um tapa na cara do Presidente Raviel em público, dizendo que ele não tem um bom olho", pensou Zezé.

Sem se importar com o que Zezé pensava, Nina olhava para Andreia triunfante.

Já que Andreia se atreveu a fazer com que Zezé se separasse dela, então ela deveria aprontar com ela também, e queria fazer Raviel se separar de Andreia.

Andreia era tão inteligente que entendeu imediatamente o que Nina estava pensando. Seu rosto ficou frio, mas ela não refutou, e olhou para Raviel ao seu lado.

Ela não se importava com o que Nina disse sobre ela, mas sim se importava com o que Raviel pensaria.

Ela queria saber se ele acreditaria nas palavras de Nina, pensando que ela era realmente o tipo de pessoa que Nina tinha descrito, e então guardaria preconceito dela.

- Por que você está me contando isso? - Raviel notou o olhar de Andreia, apertou a mão dela e virou ligeiramente o rosto, encarando Nina com frio.

Nina encontrou seu olhar e estremeceu, mas ainda ousou falar:

- Eu... Eu só quero que você reconheça sua namorada. Você é tão bom, mas Andreia não é uma namorada digna de você.

Raviel riu baixinho, zombando:

- Sou eu que decidi que ela é digna de mim ou não, você não pode decidir. Eu já analisei, e eu sei que tipo de pessoa ela é. Na verdade, fui eu que namorei ela primeiro, então é claro que eu conheço bem ela. Até mesmo se ela fosse uma pessoa hedionda e tivesse matado alguém, eu poderia esconder o cadáver por ela, entendeu?

Ouvindo seus comentários, Nina ficou chocada e sem palavras.

Andreia olhou para Raviel, comovida, e depois disse:

- Ravi...

Raviel deu uma beliscada leve em seu nariz com ternura, e depois segurou seus ombros e caminhou em direção ao carro de novo.

Quando eles entraram no carro, Raviel ligou o aquecedor e o ar dentro do carro se esquentou rapidamente.

Andreia suspirou e finalmente sentiu que o ar não estava mais tão frio e seu corpo tenso se afrouxou.

- De onde você conheceu essas pessoas? - Raviel olhou para ela com o canto do olho enquanto dirigia.

Quando ele chagou a Le Casa Sekai, ele a viu parada na entrada lá, conversando com aquelas duas pessoas.

- Eles são meus colegas de faculdade. - Andreia respondeu enquanto soprava suas mãos frias.

- Também é de Yachuca? - Raviel franziu a testa.

Andreia balançou a cabeça e disse:

- Claro que não. Yachuca não tem esses alunos com má conduta. Eles são meus colegas de classe na UMBC. Sete anos atrás, estudei lá por um ano antes de ir ao exterior.

- Entendo - Raviel ergueu o queixo para mostrar que sabia disso.

- Fique longe dessas duas pessoas no futuro - Ele exortou.

Andreia acenou com a cabeça, e disse:

- Eu sabia, na verdade eu não conheço eles muito bem. Não terei muito contato com eles.

- É bom então. - Raviel disse com satisfação.

Andreia bocejou, sentindo-se um pouco tonta.

Raviel achou que ela estava com sono, então soltou a mão do volante e a ajudou a baixar o assento, dizendo:

- Se você estiver com sono, durma então. Vou acordar você quando chegar.

- Ok. - Andreia não fez cerimônias com ele e começou a se enrolar em seu assento.

Ela realmente queria dormir, e a leve vibração causada pela direção do carro fazia seu corpo tremer.

Balançando ao redor, sua cabeça ficava cada vez mais tonta, e ela até sentia uma náusea, então tinha que dormir com os olhos fechados, caso contrário, vomitaria.

Olhando para ela de esguelha, Raviel percebeu que Andreia estava adormecida. Então ele inconscientemente diminuiu muito a velocidade do carro para fazê-lo andar mais suavemente. Desta forma, ela dormiu em paz e com conforto. Portanto, originalmente sempre demorava uma hora de carro de volta para a mansão, mas Raviel tinha dirigido por uma hora e meia desta vez para cuidar de Andreia.

Quando chegaram, Cláudia ainda estava acordada e, ao ouvir o barulho do motor do carro, saiu para cumprimentá-los com dois guarda-chuvas.

- Senhor, vocês voltaram? - ela disse.

Raviel estacionou o carro na entrada da mansão e, quando saiu do carro, Cláudia se apressou e colocou o guarda-chuva sobre a cabeça.

Raviel acenou com a cabeça e deu a volta na frente do carro em direção ao assento do copiloto.

Cláudia o seguiu e tentou segurar o guarda-chuva por ele.

Raviel abriu a porta do copiloto e empurrou o ombro de Andreia com gentileza, dizendo:

- Acorda, chegamos.

Andreia não respondeu, ainda dormindo com os olhos fechados.

Raviel franziu a testa.

Nesse momento, Claudia disse de repente:

- Senhor, acho que o rosto de Srta. Andreia parece um pouco anormal. Por que está tão vermelho? Ela está com febre?

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