Mais do que paquera romance Capítulo 295

- Nada. - Com a expressão cansada, Raviel acenou com as mãos.

Vendo que ele não queria dizer mais nada, Saymon parou de fazer perguntas e colocou uma pilha de documentos em suas mãos sobre a mesa e disse:

- Presidente, estes são os relatórios anuais enviados pelas subsidiárias, e você precisa assiná-los.

Raviel concordou, pegou o documento de cima e o abriu, enquanto olhava para o documento, perguntou:

- O final do ano está chegando, como está o inventário?

- Está quase acabando. - Saymon pensou no registro que viu ontem.

Raviel levantou o queixo:

- Depois que o inventário terminar, deixe os chefes das subsidiárias virem à sede para uma reunião.

- Tá bom. - Saymon assentiu. - Presidente, tem alguma outra ordem?

- Não por enquanto. - Raviel abriu seus lábios finos e respondeu.

Saymon empurrou os óculos e disse:

- Então eu vou sair daqui.

Depois de falar, ele se virou e levantou os pés para sair.

Depois de dar dois passos, Raviel o parou:

- Espere um minuto.

- Mais alguma coisa, presidente? - Saymon parou e se virou.

Raviel esfregou a caneta na mão, ficou em silêncio por alguns segundos e fez uma pergunta surpresa, que fez os óculos de Saymon deslizarem para baixo:

- Você tem alguma sugestão de como posso me preparar ou levar para encontrar com a minha sogra?

Embora ele tivesse conhecido Virgínia antes, seu relacionamento com Virgínia naquela época era apenas como estranhos, e ele sempre foi indiferente com estranhos.

Mas desta vez era diferente. Virgínia ia ser sua futura sogra. Ele não seria capaz de tratá-la com a atitude anterior, mas ele estava muito confuso sobre qual atitude seria melhor, porque ele nunca havia encontrado tal coisa antes.

Ao ouvir a pergunta de Raviel, Saymon ficou atordoado por um momento.

Ele nunca pensou que o presidente, que sempre foi onipotente, teria dificuldade em conhecer a família da namorada.

Neste momento, Saymon não pôde deixar de suspirar. O presidente, que costumava ser frio e nobre, parecia até não ser desse planeta, se tornava cada vez mais gentil, cada vez mais como um homem comum desde que se apaixonou por Andreia.

No entanto, ele queria tal presidente, porque parecia uma pessoa normal.

- Presidente, a mãe da Andreia está de volta? - Saymon não respondeu, mas fez uma pergunta.

Raviel virou a caneta em sua mão de cabeça para baixo, bateu na mesa com a ponta da tampa e concordou.

Saymon pensou por alguns segundos e então respondeu:

- É muito simples. Seja educado, diga que você cuidará bem de Andreia e leve algum presente.

Embora Saymon não tenha namorada, e nunca tenha ido se encontrar com os pais dela, era assim dessa forma que passava na TV, então devia estar certo.

- Dar um presente? - Raviel estreitou os olhos ligeiramente, fazia sentido, e então olhou para Saymon e disse. - Quero que escolha e compre o presente.

- Eu... - Saymon disse se sentido surpreso.

Ele queria dizer que ele não sabia do que a mãe de Andreia gostava, mas quando viu os olhos frios de Raviel, ele mudou suas palavras com um sorriso irônico e disse de repente:

- Entendo, vou comprar imediatamente.

Ele podia compra o que as mulheres sempre gostam.

Não importa quantos anos ela tenha, ainda era uma mulher. Todas as mulheres gostavam de bolsas e cosméticos. Pensando nisso, Saymon de repente sentiu que a pressão desapareceu e depois de ajustar sua gravata, ele saiu.

À noite, Raviel levou Andreia e seus dois filhos ao restaurante.

Andreia virou a cabeça para as sacolas de presentes no banco de trás ao lado das duas crianças, curiosas, disse:

- Raviel, tudo isso é para minha mãe?

- Sim - Raviel olhou para a estrada à frente e assentiu.

Giovana tocou a bolsa e perguntou:

- Pai, o que tem aqui?

Andreia também era muito curiosa.

Embora Daniel não falasse, ele também estava olhando para a bolsa.

Raviel olhou para as expressões semelhantes da mãe e do filho no espelho retrovisor, sentindo-se um pouco fofo, e não pôde deixar de levantar levemente os cantos dos lábios:

- Eu não sei, Saymon que comprou.

- Você não sabe o que ele comprou? - Andreia não pôde deixar de contorcer o canto da boca.

" Ele não tem medo de que Saymon compre algumas coisas estranhas?", embora pensasse assim em seu coração, Andreia não disse isso.

Afinal, Raviel já está levando presentes, mostrando suas boas intenções. Não seria bom que mesmo assim ela reclamasse com ele.

Logo, chegaram ao restaurante.

Andreia puxou Daniel, Raviel abraçou Giovana e a família de quatro pessoas entrou no restaurante lado a lado. A beleza deles atraiu a atenção de todos no restaurante.

Algumas pessoas até não puderam deixar de pegar seus celulares e tirar fotos de sua família de quatro pessoas. Afinal, era difícil ver uma família tão bonita novamente.

- Boa noite. Já fizeram a reserva? - Um garçom se adiantou para perguntar.

- Sim, está no nome de Sra. Virgínia. - Andreia disse o nome de Virgínia com um sorriso.

O garçom entendeu e fez um gesto de boas-vindas.

Andreia olhou para Raviel.

Raviel assentiu um pouco, então abraçou Giovana, seguiu atrás de Andreia, Daniel e do garçom, e caminharam em direção à sala reservada.

Na sala, Virgínia ouviu os passos e a voz de Andreia do lado de fora, então sabia que eles estavam chegando. Virgínia de repente se levantou e caminhou para abrir a porta.

Olhando para as belas figuras de uma família de quatro pessoas, Virgínia ficou em transe por um momento.

Antes mesmo de saber que Raviel era o pai biológico dos dois filhos de Andreia, ela já os achava parecidos. Agora que ela sabia que Raviel era o pai biológico, ela percebeu que isso já estava predestinado.

Depois que o garçom saiu, Andreia viu que Virgínia estava distraída, então soltou a mão de Daniel e acenou para Virgínia com relutância:

- Mãe.

- Vovó. - Daniel e Giovana também gritaram para ela.

Apenas os lábios finos de Raviel se moveram duas vezes, como se ele quisesse falar para alguém, mas no final ficou sem palavras.

Virgínia voltou a si e tocou a cabeça de Daniel:

- Bem-vindos.

- Desculpe deixá-la esperando muito tempo. - Andreia sorriu.

- Tudo bem, eu também acabei de chegar. - Virgínia respondeu, então olhou para Raviel, a expressão em seu rosto se tornou fria, perguntou. - O que aconteceu? Não vai me cumprimentar?

Os lábios finos de Raviel franziram:

- Tia.

Virgínia bufou com satisfação, virou-se e caminhou em direção à sala.

Andreia pegou Giovana dos braços de Raviel e a colocou no chão.

Os irmãos seguiram de mãos dadas e entraram.

Andreia e Raviel não entraram e ficaram do lado de fora da porta.

Raviel baixou os olhos com uma expressão um tanto inexplicável:

- Sua mãe... parece que não gosta muito de mim?

Ao ouvir isso, um suspiro brilhou nos olhos de Andreia, mas desapareceu rápido. Ela sorriu e disse:

- Como? Acho que você está enganado?

- Não estou enganado. A atitude dela é muito mais fria do que dá última vez que me viu. - Raviel olhou para ela.

De frente para suas pupilas profundas, Andreia não conseguia mais mentir, e depois de abrir a boca duas vezes, ele suspirou e respondeu em compromisso:

- Ok, eu admito que minha mãe... de fato, ela não gosta muito de você.

Confirmando seu palpite, o coração de Raviel de repente se apertou e seu rosto ficou muito mais condensado:

- Por quê?

Por que Virgínia não gostava dele?

- Na verdade, o motivo é muito simples, é por causa de Calista. - Andreia olhou para ele e respondeu.

As pupilas de Raviel encolheram e logo ele entendeu tudo, seus lábios finos franziram:

- Sinto muito.

Andreia sorriu e disse:

- Isso já passou. Não é sua culpa, foi Calista que estava com a mente perturbada na época em que fez isso

Enquanto ele falava, a voz insistente de Virgínia veio da sala:

- O que vocês ainda estão fazendo aí fora, por que vocês não entram?!

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