Mais do que paquera romance Capítulo 380

Andreia olhou para ela, perguntando:

- O que foi?

- Quando vi o Sr. Raviel descendo as escadas esta manhã, perguntei à ele por que você ainda não tinha descido, e então o senhor ficou com uma cara péssima e saiu sem tomar nem mesmo o café da manhã. - a Cláudia disse.

Andreia apertou seu punho:

- Ele já saiu?

- Sim. - a Cláudia acenou com a cabeça e depois perguntou. - Senhora, aconteceu alguma coisa entre você e o Sr. Raviel? Ontem à noite eu senti que algo estava errado entre vocês dois.

Andreia balançou a cabeça:

- Eu também quero saber o que exatamente aconteceu.

- O quê? - a Cláudia congelou. – A senhora também não sabe?

- Pois é. - Andreia riu amargamente. - Perguntei-lhe várias vezes, mas ele não quis me dizer.

- Então o que há de errado com Sr. Raviel? - Cláudia murmurou em confusão.

Andreia não disse mais nada e arrastou as duas crianças para a sala de refeições.

No caminho, Daniel levantou a cabeça e perguntou:

- Mamãe, você e papai ainda não fizeram as pazes?

- Não, o papai não dá uma chance à mamãe. - Andreia acariciou sua cabeça.

Giovana piscou os olhos e perguntou:

- Por quê?

- A mamãe ainda não sabe. - a expressão de Andreia escureceu.

Daniel acariciou seu pequeno queixo, sem saber no que estava pensando.

Após o café da manhã, Andreia levou as duas crianças para fora e, depois de levá-las ao jardim de infância, dirigiu até sua empresa.

No caminho, Andreia estava tão distraída pensando em Raviel que ela não viu o que estava à sua frente e quase acabou batendo no carro da frente.

Por sorte, ela reagiu a tempo e pisou nos freios com pressa para evitar um acidente.

Mas ela ainda sofreu alguns ferimentos leves, sua testa batendo no para-brisa, seu cérebro zunia com o impacto doloroso.

Ela se olhou no espelho de sua bolsa e viu uma grande mancha vermelha na testa, que era muito chamativa e cômica de se ver.

Naquele momento, houve uma batida na janela do carro.

Andreia pousou o espelho e abriu a janela, havia um policial de trânsito parado do lado de fora.

- Olá, senhorita. Por favor, mostre-me sua carteira de motorista. - o policial de trânsito disse, após saudar a Andreia.

Andreia sabia que seria parada numa situação dessas, então ela não disse muito e tirou a carteira de motorista.

Então, três pontos foram deduzidos e uma multa de duzentos reais foi imposta antes que o policial de trânsito a deixasse ir.

Andreia olhou para o bilhete em sua mão e sentiu uma dor de cabeça.

Ela sentia que, desde ontem, tudo tinha corrido mal para ela.

Quando ela estava deixando seus dois filhos no jardim de infância há pouco, ela quase escorregou e caiu.

Sacudindo a cabeça, sem querer pensar tanto nisso, Andreia deu a partida no carro.

Meia hora mais tarde, chegou na empresa.

Andreia entrou pela porta da empresa com sua bolsa na mão, e a marca vermelha em sua testa assustou os funcionários.

- Chefe, o que houve com sua cabeça? - alguém perguntou apontando para sua testa.

Andreia sorriu amargamente:

- Nem me fale, eu quase tive um acidente de carro.

- O quê, um acidente de carro? - Érica tinha acabado de sair de seu escritório quando ouviu estas palavras de Andreia, e ficou tão assustada que sua alma voou para longe. Ela jogou o copo que estava na mão de lado, pegou a mão da Andreia e a examinou apressadamente:

- Andy, se machucou em algum lugar?

- Não. - Andreia olhou para a preocupação de sua melhor amiga e finalmente se sentiu melhor, sorrindo levemente ao responder. – Foi apenas um galo na testa.

- Está realmente tudo bem? - Érica ainda estava um pouco inquieta.

Andreia acenou com a cabeça com certeza, reafirmando:

- Realmente.

Ao ver o olhar claro de Andreia, Érica finalmente se convenceu e suspirou de alívio:

- É bom que esteja tudo bem, eu estava morrendo de medo.

- Sinto muito. - Andreia sorriu com embaraço.

Érica acenou com a mão:

- Tudo bem. Venha, vou achar um cubo de gelo para colocar em sua testa, se não vai ficar inchado.

Depois de dizer isso, ela puxou Andreia em direção ao escritório.

Havia uma geladeira no escritório, então Érica tirou uns cubos de gelo e os envolveu em uma toalha, depois os entregou a Andreia.

- Aqui, tome.

- Obrigada. - Andreia sorriu e pegou-a, depois a colocou na testa.

A sensação de frio dissipou instantaneamente a sonolência na cabeça de Andreia e refrescou seu corpo inteiro.

Érica encostou-se ao lado da mesa e olhou para ela, dizendo:

- Andy, você não teve uma boa noite de descanso ontem à noite? Está com olheiras muito pesadas!

Ao ouvir isso, os olhos de Andreia escureceram:

- Érica, você acha que eu fiz algo de errado recentemente?

- Quê? - Érica congelou. - Por que você pergunta isso?

Andreia balançou a cabeça, insistindo:

- Responda-me, você acha ou não?

- Não. - Érica respondeu após um momento de reflexão.

Andreia agarrou a toalha em sua mão com força ao dizer:

- Então, por que Raviel me tratou assim?

- O que o Sr. Raviel fez com você? - o rosto de Érica ficou sério.

Andreia inclinou-se de volta em sua cadeira e contou:

- Desde ontem, a atitude de Raviel em relação a mim mudou de repente. Era como se eu tivesse feito algo errado e o tivesse enfurecido, mas ele se recusa a dizer qualquer coisa.

- O quê? - Érica franziu a testa. - Como ele pode ser assim, é demais.

Andreia suspirou:

- Se fosse só assim mesmo, estaria tudo bem, mas eu não posso aceitar Raviel colocando sua raiva também nas duas crianças.

As palavras de Raviel, ontem à noite, realmente a machucaram muito.

Ele se recusou a vê-la e ela nem teve a chance de lhe dizer a identidade de seus dois filhos.

- Puta merda, ele até ficou contra as duas crianças? Como ele poderia ser uma pessoa assim! - Érica estava um pouco insatisfeita.

Andreia pousou a toalha e suspirou, dizendo:

- Ele simplesmente mudou de repente ontem, ainda agora me sinto irreal com isso.

- Andy... - Érica olhou para ela com preocupação.

Andreia balançou a cabeça:

- Estou bem, só me sinto um pouco cansada, ainda não sei quanto tempo durará a guerra fria de Raviel comigo.

- Do que você tem medo, apenas precisam conversar diretamente. - Érica disse.

Andreia sorriu amargamente:

- Não é assim tão fácil, você acha que eu não pensei assim? Ontem tentei falar com ele apropriadamente duas vezes, mas ele não quis dizer nada, é por isso que me sinto cansada.

Ela olhou para o teto.

Érica franziu o cenho e disse:

- Eu realmente não sei que graça tem de ficar com tudo dentro na barriga, isso só vai aumentar o mal-entendido entre vocês.

- Pois é, mas ele não quer dizer nada, o que posso fazer" - Andreia encolheu os ombros.

Érica olhou para ela ao dizer:

- Encontre outra chance de ter uma boa conversa com o Sr. Raviel.

Andreia acenou com a cabeça.

Isso era tudo o que podia ser feito.

Ela irá conversar com Raviel novamente esta noite.

Afinal, eles não poderiam continuar assim para sempre.

Pensando bem, Andreia pegou seu celular, achou o número de Raviel e lhe enviou uma mensagem de texto: “Raviel, vamos conversar novamente esta noite, podemos falar sobre o que está acontecendo?”

Depois de enviá-la, Andreia pensou um pouco e enviou outra: “Além disso, esta noite quero contar-lhes um segredo, um segredo muito importante.”

Quando ela viu que esta mensagem também tinha sido enviada, Andreia olhou fixamente para seu celular e esperou que Raviel retornasse a mensagem.

Entretanto, depois de esperar por muito tempo, não houve reação alguma, e o coração de Andreia afundava.

Ela não sabia se ele não tinha visto a mensagem ou se estava ocupado.

Provavelmente ele estava ocupado.

Andreia subconscientemente encontrou uma desculpa para Raviel e depois colocou o celular de lado.

Talvez ele responda a mensagem quando terminasse seu trabalho.

Pensando assim, Andreia suspirou, os cantos de sua boca se curvaram amargamente.

Por outro lado, no Grupo Barisque Royale.

Raviel estava sentado em sua cadeira de escritório, segurando seu celular na mão, e estava olhando para as duas mensagens com olhos escuros.

Segredo?

Que segredo?

Raviel franziu um pouco a testa, seu coração cheio de dúvidas, mas não respondeu a mensagem para perguntar.

De repente, houve uma batida na porta do escritório.

Raviel deixou o celular de lado e disse:

- Entre.

Saymon empurrou a porta para dentro enquanto falava:

- Sr. presidente, você tinha me pedido para descobrir o paradeiro de Eduardo, já tenho resultados.

- Encontrou a pessoa? - Raviel estreitou seus olhos.

Saymon balançou a cabeça:

- Infelizmente, não, mas há uma coisa que é estranha.

- O quê? - Raviel olhou fixamente para ele.

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