Mais do que paquera romance Capítulo 514

Raviel franziu as sobrancelhas, ficou um pouco bravo com que estava lhe ligando.

Mas ele ligou o celular finalmente.

Raviel olhou para a tela e atendeu:

- Como foi?

- Presidente, Fagner desmaiou – respondeu Saymon.

Raviel olhou imediatamente para Andreia.

A mulher piscou os olhos com dúvida:

- O que aconteceu?

- Fagner fanicou – disse Raviel.

Andreia parecia assustada e baixou os olhares:

- Está bem.

Renata tinha-o envenenado e ninguém o impediu.

Era só um problema de tempo até Fagner fanicar, não foi? Ela já estava mentalmente preparada para isso.

Mas quando realmente ouviu este assunto, ela sentiu dor no coração.

Afinal, era o seu pai.

- Como está ele? – perguntou Raviel.

Saymon sacudiu a cabeça e respondeu:

- Não está bem. Era uma síncope fulminante ao pescar com amigos. Já foi enviado para hospital e ainda não saiu da sala de emergência. Mas o médico diz que mesmo que for salvado, não se levantaria e só poderia se deitar na cama.

- Entendi. –Raviel baixou ligeiramente a cabeça.

Depois, depôs o celular e perguntou a Andreia:

- O que vai fazer?

- Voltamos para casa para vê-lo – Andreia amassou a testa.

Acontecesse o que acontecesse, Fagner estava em estado de coma e ela deveria voltar e verificar como ele estava.

Raviel respondeu:

- Bem, reservo um voo.

- Vou falar com Luiz.

Andreia saiu da sala de estudo e ligou para Luiz.

Naquela noite, Andreia, Raviel e duas crianças, voltaram de avião.

Ao descer do avião, Saymon contou que Fagner já estava fora do perigo e que o médico também esclareceu que Fagner tinha sido intoxicado. Mas Saymon não deixou o médico dizer a Fagner.

Por isso, Fagner ainda não soube a razão da síncope, pensando no motivo da idade.

Renata, por outro lado, ficou muito medrosa quando Fagner foi enviado para hospital, receando que o médico descobrisse a razão.

No momento de decidir intoxicar Fagner, ela esperava que ele morresse em casa. Assim, ninguém saberia o porquê e ela seria completamente livre de suspeita.

No entanto, ela não tinha esperado que Fagner fanicou fora e foi enviado para hospital.

Ao recebeu a chamada do hospital, a sua alma quase voou.

Era bom que o médico só disse que a função do corpo desfalecia por causa da velhice, em vez de intoxicação.

Isso foi um alívio para Renata, mas ao mesmo tempo, ela desvalorizou os médicos.

Tinha pensado que os médicos eram inteligentes, mas eles não eram exatamente assim.

Desde que eles não conseguiram detectar o envenenamento, foi bom manter Fagner no hospital em vez de buscá-lo para casa, para evitar que ele morresse e fizesse a vila cheirar mal.

Afinal, a vila seria dela com Francisco e Carlos.

Quando Renata estava sonhando o seu futuro, alguém bateu na porta da enfermaria.

- Quem é? – perguntou Renata com desprezo.

Fagner também abriu os olhos, mas era muito fraco e falou com voz baixa:

- Vai abrir a porta.

Embora Renata se sentisse relutante, foi abrir a porta.

Vendo as quatro pessoas fora, Renata ficou estática:

- São vocês?

Eram Andreia, Raviel e duas crianças.

- Por que vêm aqui? – Renata agarrou o punhado da porta, olhando com vigilância para eles.

Raviel não respondeu.

Andreia olhou para trás de Renata:

- Onde está meu pai?

Renata zombou:

- Seu pai? Quando ele fica doente, vem aqui para cumprir o seu dever fingidamente?

- Saia! – Andreia não queria falar com ela.

Renata ergueu o peito:

- Não vou deixar vocês entrarem, o que vai fazer comigo?

Andreia piscou os olhos.

Quando ela estava prestes a empurrar Renata, vinha a voz fraca de Fagner:

- Quem é?

- Sou eu – respondeu Andreia.

Dentro da sala, Fagner ficou surpreso e disse depressa:

-Andreia, entre.

Esta síncope fez com que ele percebesse que ele não poderia se levantar de novo e chegaria ao fim da vida.

Provavelmente no fim da vida, as pessoas ficariam simpáticas e teriam saudade de passado.

Quando estava na sala de emergência, ele tinha um sonho sobre o passado, sobre a vida feliz da sua família.

Naquela época, Virgínia não era tão agressiva. Ela era carinhosa com ele. Andreia e Luiz também estavam respeitados para os pais. Ele se sentiu verdadeiramente felizes.

Entretanto, Renata e Judite provocaram-no, e ele começou a desgostar de Virgínia e se desencantou cada vez mais com Andreia e Luiz. Finalmente, decidiu expulsá-los de casa.

Mas ele se arrependeu e queria que eles voltassem pela felicidade de ter filhos ao seu redor, e ao mesmo tempo, queria perdão deles.

Ouvindo as palavras de Fagner, Andreia ficou assombrada, e pegou as mãos dos filhos, disse com Raviel:

- Espera por mim. Falo com ele por um tempo e depois saio.

- Bem – Raviel acenou com a cabeça.

Andreia entrou com os filhos. Quando passou por Renata, empurrou-a com o ombro.

Enquanto Renata, batida contra a parede, e gritou por causa da dor.

- Andreia. – Fagner tentou se sentar, olhando amorosamente para Andreia e as crianças.

Os filhos eram amáveis e viram-no com olhos grandes, fazendo o coração derreter quando se olhava para elas.

Era mesmo o que Fagner sentiu. Ele olhou para as crianças com vontade de abraçá-los, mas não era forte bastante. Ele disse:

- Andreia, leva os pequeninos para a cama.

- Não, deixa-os de pé – recusou Andreia, pegando as crianças pelas mãos.

Ela tinha observado o olhar de Fagner.

Tendo sido recusado, Fagner ficou triste:

- Eles podem ficar cansados de pé. É melhor se sentarem aqui.

- Não é necessário. Só ouvimos que você está doente e vimos para confirmar se já morreu. Vamos embora já –respondeu Andreia com voz fria.

Ela não queria que ele se aproximasse dos filhos. Fagner entendeu isso exatamente e ficou zangado, mas mais impotente:

- Andreia, já vê como estou agora. Não vou viver mais.

- Então? – Andreia olhou para ele com impaciência.

Fagner riu:

- Estou morrendo. Ainda não me perdoa? Sei que tinha culpa para vocês, mas, afinal, sou seu pai. Embora tivesse tantos ódios e pirraças para mim, devem desaparecer agora.

- É impossível – Andreia respirou e disse indiferentemente -, era como se penetrasse uma faca no meu coração, deixou um estigma para sempre. Dor é dor, que não desparece pela sua morte. Nunca lhe perdoarei.

- Você... – Fagner respirou e bateu no peito -, você é realmente tão impiedosa?

- Sou impiedosa? – Andreia riu -, a pessoa impiedosa não é você?

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