Mais do que paquera romance Capítulo 60

- Entre! - Ouviu-se a voz fria de Raviel de dentro.

Andreia entrou:

- Estará disponível no fim-de-semana, Presidente Raviel?

- Por quê? - Raviel colocou os documentos na mesa, olhando para ela.

Apertando a mão, Andreia falou com coragem:

- Neste fim-de-semana, o jardim infantil de Dani e Vanna vai organizar umas atividades para pais e filhos. Já sabe nossa situação, por isso...

- Quer que eu sirva de pai de seus filhos para essas atividades? - Raviel levantou um pouco as sobrancelhas, percebendo a intenção.

- Sim. - Andreia baixou a cabeça.

Raviel tocou na mesa, com dados magros e bonitos:

- Por que quer que eu faça isso? Tem um amigo que se chama Gilberto e é um médico, não tem?

Tocando ligeiramente no ponto de narizinho, Andreia respondeu:

- Ele está ocupado.

Ao ouvir isso, a expressão de Raviel ficou indiferente.

Então, ela não tem outra solução, e por isso, queria que ele acompanhe seus filhos?

Ao pensar nisso, Raviel ficou um pouco chateado. Quando ia recusar o pedido, ouviu uma voz preguiçosa fora do escritório:

- Você pode pedir minha ajuda.

Quem?

Andreia voltou para trás, e se viu Eduardo entrar com preguiçosa, pegando documento na mão. Ele parou ao lado dela.

- Sr. Eduardo. - Andreia falou com cortesia.

Eduardo olhou para Raviel sem expressão primeiro, e depois, o olhar se fixou em Andreia:

- Já ouvi as coisas. Quer que uma pessoa sirva de pai de seus filhos né? Eu posso ir. - Dizendo, ele se apontou.

Raviel franziu a testa, mas não disse nada. Ele olhou para Andreia, esperando sua resposta.

Andreia não causou decepção a ele, falando com reverência:

- Desculpe, Sr. Eduardo. Obrigada por sua gentileza, mas não é preciso.

Ele recusou de imediato, por isso, Raviel ficou um pouco aborrecido, mas só por um bocado:

- Por que não me considera? Não há diferença entre Raviel e eu, pois não?

- Sim. - Andreia voltou para Raviel, - Presidente Raviel parece muito com meu filho, por isso, não preciso de ser suspeita.

É assim mesmo!

Raviel moveu um pouco os lábios e ficou pouco mais satisfeito com suas palavras.

Eduardo não queria ver que Raviel estava com tanta satisfação, então ele abaixou a cabeça para cobrir seu olhar feroz, dizendo com desprezo:

- De que adianta ficar parecido com ele? Deveria ter jogos nessas atividades para pais e filhos. Ravi ainda está fraco e com certeza não pode participar dos jogos. Por isso, ele não precisa ir.

- Isso... - Andreia ficou muda.

Sim, ela se esqueceu disso.

Ao ver que Andreia estava em hesitação, o olhar de Raviel ficou frio. Ele se levantou da cadeira de rodas:

- Aceito seu pedido.

- Mas ainda está ferido... - Andreia fechou a boca. Apesar de ser satisfeita, Andreia estava preocupada com a saúde dele.

Eduardo disse tocando a armação de óculos:

- Sim, você ainda está ferido, Ravi. É melhor descansar mais. Se tiver outros problemas, Andreia vai ficar mais ansiosa.

Mas, Raviel ignorou as palavras suas. Ele olhou para Andreia, dizendo:

- Não se preocupe. Desde que não fizer esportes intensos, tudo fica bem. Tá bom, pode sair. Vou te contactar no fim-de-semana.

Ele já disse que ela podia sair, então, Andreia só podia seguir suas palavras. Ela expressou agradecimento e depois partiu.

Depois que ela saiu, Eduardo parou de fingir compaixão. Ele disse com ar feroz:

- Raviel, não é de esperar que se importe tanto com essa mulher. Queria ser pai de seus filhos? Se eu disser a Judite o plano, acha que ela vai aprontar com Andreia?

Ao ouvir disso, Raviel estreitou os olhos com ameaça, emitindo o ar frio ao seu redor:

- Eduardo, é melhor não fazer mal.

Eduardo respondeu com desprezo:

- Se eu fizer, o que vai acontecer?

- Pode tentar - Raviel respondeu com voz frio.

Eduardo olhou para ele por um bocado e depois, riu de repente:

- Estou brincando, não é verdade. Tá bem, estes são os documentos que pediu.

Eduardo passou os documentos para ele. Mas Raviel não os pegou.

No começo, ela ainda receou que ele não gostasse dessa sopa.

Era um conforto que Raviel tomou a sopa, e ainda terminou toda dela. Parecia que ela podia continuar fazendo sopa para ele.

Pensando nisso, Andreia mostrou um sorriso.

Então nos dias seguintes, ela levou diferentes tipos de sopa para Raviel.

No fim-de-semana, quando Raviel estava trocando de roupas, percebeu que sua camisa estava mais justa de que o normal.

De repente, ele perecia perceber o que estava acontecendo, então subiu na balança, e quando viu o número mostrando nela, de repente ficou em silêncio.

Após um momento, ele pressionou ligeiramente as têmporas, tirou a camisa e vestiu as roupas de lazer antes de sair.

A Escola de Educação Infantil Jardim Alvorada, este é o nome deste novo jardim de infância.

Raviel chegou, e esperou por mais de dez minutos, encostando à porta do carro. Em fim, chegaram os três.

- Titio Ravi. - Ao saiu do carro, as crianças correram para Raviel com ar feliz seguidas por Andreia.

Ao ver que as crianças ficaram tão aproximadas a Raviel, ela ficou um pouco triste, mas depois voltou a normal.

Está bem, pode ser.

Contanto que ela não conte às crianças que Raviel é pai deles, tudo vai ficar normal.

Pensando, Andreia se aproximou com um sorriso:

- Peço desculpa por espera. Encontrei engarrafamento.

- Imagina. Já cheguei há pouco tempo. - Raviel segurou Giovana com um braço, pegando na mão de Daniel ao mesmo tempo.

- Mãe, titio Ravi é muito bonito hoje - Giovana disse, aplaudindo.

Nesse momento, foi só então que Andreia notou a mudança do vestido de Raviel, e então ela não pôde deixar de ficar um pouco surpreso.

Foi a primeira vez que viu Raviel se vestir de roupas a outros estilos.

Mas como ele é bonito, todos tipos de vestidos lhe ficam bem!

- Sim, está certo. Titio Raviel é muito bonito. - Andreia tocou na cara da filha.

Daniel também assentiu acenando com cabeça.

Os elogios fizeram com que Raviel ficasse desconfortável. Ele tossiu levemente para mudar de assunto:

- Bem. Tá quase na hora. Vamos entrar.

Levando as crianças, Raviel entrou primeiro no jardim de infância. E assim que entraram, chamaram as atenções dos outros.