Mais do que paquera romance Capítulo 647

Ouvindo o questionamento de Andreia, Eduardo se tornou um pouco mais sério e baixou as pálpebras, tornando impossível ver as emoções em seus olhos.

Vendo que ele não respondeu, Andreia agarrou seu colarinho e perguntou em voz alta:

- Me diga, meus sogros trataram você mal? Eles tratam você como seu próprio filho, por que você está encobrindo uma assassina que os matou?

- Claro que sei, mas tenho meus planos. - Eduardo olhou para a mão dela e respondeu.

Andreia perguntou com as mãos trêmulas:

- O que você vai fazer?

- Você não precisa saber disso, mas se você realmente quer mandar Bia para a prisão, faça um acordo comigo - disse Eduardo com um sorriso.

Andreia tinha um mau pressentimento em seu coração, e sua intuição lhe disse que o acordo de Eduardo não deveria ser aceitável para ela.

Mas pensando em poder mandar Bia para a prisão, Andreia hesitou.

Depois de pensar por alguns segundos, Andreia olhou nos olhos de Eduardo e perguntou:

- Que acordo?

- Enquanto você prometer divorciar-se de Raviel e estar comigo, estou disposto a entregar Bia a ele, o que acha disso? Não é difícil para você aceitar, é? - Eduardo brincou com um fio de cabelo de Andreia.

Ao ouvir isso, Andreia soltou o colarinho dele e deu um passo para trás.

Eduardo suspirou com algum arrependimento e disse:

- Como? Você não está disposta? Bia repetidamente machucou você e seus filhos, e também matou os pais de Raviel. Você não quer que ela vá para a cadeia?

Andreia o encarou com raiva e disse:

- Se você não tivesse intervindo, já teríamos mandado Bia para a prisão há muito tempo e ela teria pagado o preço que ela merecia.

- Você está errada. Não fui eu quem tomou a iniciativa de intervir, foi Bia quem me contatou. Afinal, a pessoa que liberou Bia não fui eu, mas Kristofer, não foi? Eu só ajudei Bia a esconder seus rastros, mas não fiz mais nada - disse Eduardo com indiferença.

- Mas mesmo assim, você não pode negar que você nos fez não pegar Bia - disse Andreia, apertando seu punho.

Eduardo riu e disse:

- Bem, é isso mesmo, por isso lhe perguntei se você quer fazer um acordo, Raviel deveria estar quase ficando louco a fim de prender Bia, você tem certeza de que quer atrasar mais?

Andreia zombou:

- Você sabe muito bem que não tem como eu concordar com esse acordo, não é mesmo?

Eduardo caiu em silêncio e se tornou sério.

Mas um tempo depois, ele disse com um sorriso frívolo:

- Está tudo bem, Andreia, vou dar a você mais algum tempo para pensar no acordo e você pode me avisar a qualquer momento se concordar.

Andreia disse sem emoção:

- Mas Ravi e eu estamos com o objetivo de pegar você e Bia, portanto não a use como escudo.

- Se você pensa assim, não vou falar mais. - Eduardo suspirou.

Andreia havia perdido o apetite e estava sentada em sua cadeira em profundo pensamento.

Eduardo também não continuou a comer, mas sacudiu com um copo de vinho tinto, olhando para ela com um sorriso.

- Onde você viu? - Eduardo fez mais uma pergunta.

Ele pensou que até mesmo Raviel poderia não conhecer essa organização, muito menos Andreia.

Mesmo ele só descobriu isso há cinco anos por acidente, e foi preciso muito esforço para se juntar a essa organização.

- Eu vi isso no crachá de um amigo - respondeu Andreia.

O rosto de Eduardo mudou, ele tinha um crachá, mas não esperava que o amigo de Andreia também tivesse um.

- Seu amigo é... - Perguntou Eduardo com uma expressão séria.

Andreia sabia o que ele ia perguntar, balançou a cabeça e respondeu:

- Minha amiga não é membro desta organização, ela pegou este crachá por acaso, os pais de seu namorado foram mortos por esta organização mais de dez anos atrás e este crachá foi deixado no local.

- Então foi isso que aconteceu, mas você parece estar escondendo algo de mim! - Vendo que Andreia não estava mentindo, Eduardo disse depois de entender.

Era verdade que Andreia não mentiu, mas ele podia ouvir que havia alguma informação que ela não disse.

Andreia não se sentiu surpresa e respondeu com calma:

- Sim, eu escondi uma coisa, ou seja, o namorado de minha amiga quer saber quem matou os pais dele. O assassino tinha o mesmo crachá que o seu, então acho que você deveria poder ajudar a investigar, mas eu sei que você não vai me ajudar, então eu não planejei dizer.

- Isso não é necessariamente. - Eduardo olhou para ela com um sorriso.

Andreia beliscou a mão e perguntou:

- Como? Você vai ajudar com a investigação?