Mamã, quem é o nosso pai misterioso? romance Capítulo 9

Aaron estava prestes a sair quando de repente sentiu algo quente em seu pescoço. Eram... lágrimas?

-Papai, você realmente é meu papai-, chorou Mia, enterrando o rosto no ombro de Aaron. Apesar de sua natureza despreocupada e extrovertida, ela não parecia se importar com o que os outros diziam.

Mas quem gostaria de ser a criança sem pai? Ela frequentemente se perguntava como era seu pai e por que ele nunca aparecia. Agora, ela finalmente conseguiu vê-lo.

Everett não podia acreditar. Era esse Owen? No passado, ele não apenas não diria mais do que uma palavra, como também não faria beicinho ou choraria. Se isso tivesse acontecido antes, Everett não conseguia imaginar como seu pai teria reagido.

Com certeza, Aaron, que nunca havia presenciado essa série de ações antes, ficou atordoado por um momento e lentamente colocou a criança no chão. Ele raramente sabia como lidar com uma criança chorando e de repente se sentiu perdido. Ele não sabia como consolar Longman, então estendeu a mão de maneira desajeitada para enxugar as lágrimas. -Não chore...

Naquele momento, sua mão grande foi firmemente segurada por uma mão pequena. Seus olhos se encontraram, e o rosto geralmente severo agora parecia muito mais animado.

Mia estava chorando muito, seu pequeno corpo tremendo, e ela tocou o rosto de Aaron com sua pequena mão. -Papai, você é meu papai...

Seu soluço e a palavra -papai- fizeram Aaron segurar a frase que ele queria dizer a seguir, -Homens de verdade não choram.

Owen tinha apenas cinco anos.

Pensando em como ele costumava ser rigoroso com o menino, seu coração agora amoleceu um pouco.

Mesmo assim, Aaron ainda tinha um rosto severo e o repreendeu algumas vezes, -É vergonhoso chorar e fazer birra só por comida.

Mia não se importava com o que ele dizia, ela segurava sua mão grande firmemente, como se tivesse medo de que ele fugisse, e olhava para ele, dizendo, -Papai, vamos comer juntos.

Aaron olhou para o relógio e concordou, -Apenas por uma hora.

Everett, ao lado, agora estava realmente chocado. Owen finalmente voltou a si hoje?

Mia não pensava tanto, ela havia encontrado um papai tão bonito, fosse real ou não, ela sentia que havia ganhado na loteria.

-Papai, coma isso, é caro.

-Papai, eu quero comer sobremesa.

-Papai, vamos fazer um buffet e não beber suco. Caso contrário, vamos ficar cheios rapidamente.

Aaron olhou para seu filho com uma expressão séria, sentindo como se estivesse lidando com uma pessoa diferente. Everett sussurrou, -Aaron, Owen foi possuído?

Mia escolheu comida deliciosa e puxou a mão de Aaron, indo em direção ao canto para encontrar a mãe deles.

Com certeza, eles viram a mamãe deles sentada em uma mesa no canto. -Papai, a mamãe está lá-, apontou Mia, e Aaron também viu a mulher.

Era realmente ela. Ela estava tão preguiçosa como sempre, encostada no sofá com as pálpebras caídas, como se tudo o que estava acontecendo ao seu redor não tivesse nada a ver com ela. Ela comia distraidamente a comida em seu prato, cutucando-a com um garfo.

Seus dedos eram bonitos, esbeltos e bem definidos. Tais mãos ágeis eram perfeitas para tocar piano.

Em frente a ela, havia algumas crianças sentadas de costas para eles. Por serem muito baixas, Aaron só conseguia ver o topo de suas cabeças. Uma delas deve ser sua filha.

Só de pensar nela flertando com um estranho no saguão do hotel, o olhar de Aaron para ela ficou mais frio.

Aaron desviou o olhar e disse a Mia, -Ela não é sua mamãe.

-Ela é minha mamãe-, respondeu Mia.

Aaron arqueou uma sobrancelha, imaginando que tipo de feitiço essa mulher havia lançado sobre seu filho.

-Owen, lembre-se, não confie em nenhuma mulher. Especialmente as bonitas.