Meu CEO Dominador romance Capítulo 131

Lucca

Se o Lucca de um ano atrás dissesse que o Lucca de hoje estaria dentro de carro em alta velocidade com a mulher grávida de trigêmeos a caminho do hospital, provavelmente eu riria da cara dessa pessoa, mas como disse muito tempo atrás... “à vida gosta de brincar com a gente”, e nesse caso posso dizer que estou feliz que tenha brincado bastante comigo, porque nunca estive tão feliz em toda minha existência.

—Calma Ragazza, fica calma que já estamos chegando — falo nervoso por dentro, mas mostrando toda a calma que possa existir em um ser humano por fora.

—Estou calma Loirinho, só estou sentindo dor — ela realmente parece calma, mas vez ou outra faz umas caretas feias. Sinceramente, não sei como as mulheres aguentam passar por isso.

Acompanhando de perto toda a gestação da Luíza, aprendi a dar ainda mais valor para as mulheres, juro por tudo no mundo. Exames, cuidados dobrados por conta de ser uma gestação gemelar, dores na coluna, dores nos pés, pés inchados, enjoos que com o tempo foram surgindo e deixando ela ainda mais cansada, fora as muitas mudanças de humor, definitivamente é muita coisa para uma pessoa só. Eu não sei se aguentaria.

Logo estou parando o carro na entrada da emergência onde já vem os enfermeiros com uma cadeira de rodas — provavelmente a Olívia deve ter avisado que estávamos chegando — ajudando ela a se sentar e saindo, levando-a para uma sala de preparação e pelo que entendi quando estiver tudo pronto, vou ser chamado para colocar a roupa necessária para poder acompanhar o parto para pôr fim ver o nascimento dos meus filhos. Ainda parece mentira que vamos ter três bebês em casa, eu pelo menos ainda me pego pensando em como será, em como algo assim aconteceu, mas como a minha Feiticeira Gostosa diz “as coisas acontecem como tem que acontecer e se Deus mandou é porque podemos enfrentar”. A Olivia passa por mim rapidamente, dizendo que em breve virão me chamar para acompanhar todo o processo, então fico ali sentado mandando mensagem para toda a família, avisando que meus filhos vão nascer. Olho a hora vendo que ainda é cedo, não passa das 10:00h da manhã e a Luíza me disse que estava sentindo algumas dores ainda quando o sol ensaiava nascer, ela passou o tempo todo calada esperando para ver se era algo mais ou não, e aí sim me dizer, ou melhor, gritar que estava doendo , seguido de ordens do que eu deveria fazer, como se eu já não soubesse. Foram meses ouvindo a mesma conversa do que fazer e como agir quando chegasse a hora, era impossível que eu esquecesse o que fazer. Todo santo dia Luíza repetia “Loirinho, quando chegar a hora não se desespere, pegue as minhas coisas, as coisas dos bebês e ligue para a Dra. Olivia! ”, era assim todos os dias, às vezes de manhã e outras de noite antes de dormir, mas ela nunca esquecia de falar. Saio dos meus pensamentos com a tropa entrando feito malucos na sala de espera da maternidade.

—E aí? Nasceram? Porque não está com ela? Aconteceu alguma coisa? — Meu irmão pergunta afobado como se estivesse prestes a acontecer um grande desastre.

—Pelo amor de Deus, parece até que é você que vai ser pai! — Emma logo dá a sua alfinetada. Nem num momento como esse eles se tratam normalmente, Cazzo!

—Respondendo suas perguntas... não, ainda não nasceram, não estou com ela AINDA porque estão a preparando para a cesárea e não, não aconteceu nada de errado! Agora se acalma que não tem necessidade dessa loucura toda e você está numa ala de maternidade, se controla — falo sério, tão calmo que nem parece que daqui a pouco meus filhos vão nascer.

—Você está tão calmo Frattelo, que milagre foi esse? — Minha irmã constata.

—A Luíza falou tantas vezes sobre esse momento, disse tantas vezes que eu deveria manter a calma, que parece que surtiu efeito — falo sincero — ela também está bem calma, apesar de sentir dores. Na verdade, a cirurgia estava marcada para mais alguns dias, mas já era sabido que podia ser que eles quisessem se apressar e vir antes a esse mundo — Explico a todos eles que vão se acomodando nas cadeiras.