Eu estou nervosa e ele parece notar, ele era o cara mau, marrento e galinha da escola. Não se importava com ninguém, esbarrava em quem fosse sem pedir perdão e quando confrontado peitava quem fosse e mostrava seus olhos vermelhos. Não tem como esperar algo bom disso. Ainda mais faltando poucas horas para minha transformação. Ele sabe que eu não iria ceder e então me levou a força. 'isso daria uma guerra? Mesmo ele sendo meu companheiro predestinado?' preocupação ecoa em minha respiração.
"Calma tá, eu só vou te levar a minha casa pra te mostrar algumas folhas de uma pasta. O que tem nela pode provar que eu não sou a pessoa violenta que você acredita."
"Você não tem que me provar nada!" Eu Renato.
"Não dá pra viver em paz se você não acredita em mim. Nao tenho intensão de viver em guerra com você." Ele diz desviando os olhos da estrada e me olhando.
Não é como se ele quisesse esfregar na minha cara o fato de ser meu companheiro, ele parece realmente esperar que eu saiba por conta própria. Porém parece estar arrumando o terreno. Tentando me trazer para perto. no entanto não sei se sou capaz de confiar nele; chegamos em frente a uma casa afastada no mato. Acredito que seja onde ele prefere passar os dias ou comer algumas garotas. Meu estômago embrulha na hora que esse pensamento ocorre.
"Essa aqui é a casa onde eu venho para dar um tempo, não costumo vir muito aqui. E nunca trouxe ninguém antes." Quando ele diz isso meu estômago parece se aliviar em saber que ele não esteve com nenhuma garota ali antes. Entramos na casa e ela é minimalista, sem vida. Apenas preto e branco. Mas bem organizada e cheirosa. Ele me leva até um escritório para meu alívio e talvez por parte da minha loba uma pitada de decepção.
"Essas são cópias da autópsia do meu pai, todas as fotos e o laudo do legista." Ele me passa os documentos e eu vou folheando as imagens são pesadas, seu pai estava completamente desfigurado alguns membros separados e muitos hematomas expostos. " Algumas imagens focam nas mordidas de um lobo, pelo tamanho da arcada um alfa. Quando nosso legista me entregou isso e disse que o motivo da morte não foi a queda e sim um ataque de outro alfa. O mandei guardar segredo e mentir que teria sido a queda. Por mais irritado que isso me deixasse e mesmo querendo saber quem foi o responsável, eu sabia que meu povo seria ferido e muitos inocentes morreriam em uma guerra onde eu teria total direito de iniciar." Ele puxa a pasta da minha mão e me olha nos olhos. Olhos que estão arregalados e confusos, isso não o absouve das minhas acusações. Mas muda muita coisa em base ao que acreditava dele. Eu não consigo dizer nada apenas o encarar.
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