Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 126

"Entre!"

Dei alguns passos para trás, segurando Dimo, que de repente parou, olhando para mim com surpresa.

"Não foi você que disse que queria entrar para conversar?"

Fui até o sofá, passando a mão pela parede pra me apoiar antes de finalmente me sentar.

Adriel entrou, examinando rapidamente toda a sala antes de abrir o armário de sapatos:

"Vou trocar de sapatos."

Ele ficou parado por um momento, observando, mas logo fechou o armário sem tirar nada. Era óbvio que estava procurando sapatos masculinos, algo que pudesse indicar outra presença na casa. Mas só encontrou meus chinelos. Ele parecia um marido ciumento investigando uma traição.

"Não precisa trocar, pode se sentar."

Adriel olhou ao redor da sala de estar antes de se sentar no sofá. "Este lugar é tão decadente..."

Eu franzi a testa, impaciente:

"Fale logo o que você quer."

Adriel hesitou. "Um dos meus mais velhos me disse que eu deveria ter sentimentos por você, e eu nunca soube disso..."

"Um mais velho?"

"Meu tio." Adriel respondeu, indo direto ao ponto.

Pensei por um instante, tentando lembrar quando Philipe poderia ter comentado algo assim. E então lembrei: hoje no almoço com Philipe, Adriel tinha aparecido à porta e conversado com o assistente dele. Naquela conversa, ele mencionou ter adotado um cachorro deficiente, claramente se referindo a mim.

Mas agora, ouvindo-o trazer à tona de forma tão absurda, eu só queria rir friamente:

Ele disse isso com tanta facilidade, como se nada do que fez antes fosse importante. Como se humilhar-me diante do túmulo dos meus pais fosse só um detalhe insignificante.

"Eu não fui para um hotel com ninguém, e o homem que me trouxe para casa não fez nada comigo. Ele apenas me ajudou amigavelmente várias vezes, sem nenhum comportamento inadequado. Então, quando você fala em esquecer o passado e começar de novo, eu não concordo."

No mundo real, nada é tão simples assim..

Adriel endureceu sua expressão, quebrando a falsa gentileza de momentos atrás:

"Como assim, você elogia outro homem na minha frente? Quem é ele? Eu gostaria de ver quem é esse homem que você colocou em um pedestal!"

Adriel ficou cada vez mais irritado, seus olhos se enchendo de fúria:

"Não me diga que você gosta dele, impossível! É de mim que você gosta. Naquela vez que você ficou cega, não confiava em ninguém, nem no seu tio, nem na sua tia, só segurava na minha mão, dizendo que eu era a pessoa em quem mais confiava. Você ousa dizer que não gosta de mim?"

"Você gosta de mim, sim. Só tá usando esse homem aleatório, que você nem viu direito, pra me provocar. Que infantilidade, Arlete!"