Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 146

Especialmente a sua última frase, "lembre-se de passar a pomada", apenas confirmou que Philipe tinha intencionalmente escolhido um tamanho maior para mim.

Philipe era tão atencioso a esse ponto. Por um momento, fiquei sem saber como reagir. Eu toquei minha orelha, que estava um tanto quente.

Depois de trocar de roupa, deixei um bilhete para Philipe. Porque não tinha certeza se voltaria antes dele. Então, decidi avisar com antecedência.

Ao sair, peguei o metrô para a cafeteria.

No metrô, acessei as câmeras de segurança do meu aluguel e vi a gravação de ontem à noite. Adriel havia ficado um tempo longo em frente à minha porta e usou seu novo celular para me ligar.

Devido ao fato de eu ter bloqueado seu número, não pude receber a ligação. Desta vez, ele pareceu bem mais estável emocionalmente, e não chegou a quebrar seu novo celular.

Continuando a assistir, vi que Adriel ficou na porta do meu aluguel desde a noite passada até a madrugada. Depois, ele desceu.

Mais de uma hora depois, ele subiu novamente. Mas não bateu na porta, o que provavelmente significava que estava convencido de que eu não tinha saído. Talvez ele tenha ficado esperando no carro lá embaixo.

Somente às dez horas da manhã de hoje, ele finalmente deixou a porta do meu apartamento, com uma expressão cansada e envelhecida, e uma postura curvada que raramente exibia.

Não sei o que ele pretendia fazendo vigília toda a noite.

Mas isso era um pouco engraçado.

Chegando à cafeteria de Dirce, empurrei a porta e entrei.

Havia poucas pessoas na cafeteria. Mas, exceto por Adriel, todos que estavam na reunião de ontem estavam lá, inclusive Jacinto.

Dirce me viu e se apressou em se levantar, "Primo, ajude a Arlete. As mesas e cadeiras da cafeteria estão muito próximas. Estou preocupada que ela não veja e se machuque!"

Marcos me olhou profundamente e veio até mim. Ele segurava meu braço e sussurrou em meu ouvido: "Ameacei você com apenas uma coisa. Agora tente dizer que sou pior que Adriel e os outros!"

O significado por trás das palavras de Marcos era que ele não tinha revelado que eu estava fingindo ser cega.

Marcos provavelmente não esperou que eu fosse tão direta, e disse franzindo a testa: "Eu acabei contando para Arlete sem querer."

Dirce agarrou minha mão com lágrimas nos olhos, "Desculpa, Arlete! Você já tinha me dito que gostava do Adriel, e eu achava que vocês combinavam. Mas o Adriel nunca admitia que gostava de você. Achei que ele não era totalmente indiferente, então, quis te ajudar. Você me culpa por tomar essa iniciativa?"

Lentamente retirei minha mão. Sob o olhar advertente de Marcos, segurei a mão de Dirce novamente.

Eu comecei a falar com um sorriso, "Ouvi que você e Adriel se beijaram há uma semana. Pensei que Adriel gostasse de você. Então, decidi me afastar. Não tenho mais nenhum sentimento por Adriel."

Vendo Dirce se apressar em falar, eu a interrompi, "Amor não se conquista sendo passivo. Ele te beijou porque queria, e você o aceitou. Isso é bom. Então, não precisa testar meus sentimentos. Ontem eu preferiria ter encontrado outro homem do que interferir no amor genuíno entre você e Adriel. Desejo que vocês possam ficar com felicidade!"

Assim que terminei de falar, um barulho alto soou atrás de mim. Virei-me instintivamente e vi Adriel, quem não sei quando tinha entrado.

Parecia que ele esbarrou no garçom que trazia o café, derramando o líquido quente sobre si, molhando sua camisa branca. Mas, apesar do constrangimento, os seus olhos vermelhos estavam fixos em mim, com os lábios cerrados.

Sob aquele olhar feroz, eu parecia vislumbrar uma certa perplexidade, incredulidade e desorientação.