Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 232

“Mas aquele homem, absolutamente impossível, mesmo que eu e você terminássemos nosso noivado!”

Adriel acrescentou essa frase com firmeza.

Continuei seguindo o mordomo escada acima, tentando ao máximo evitar os dois e mantendo a cabeça baixa para diminuir minha presença.

Foi nesse momento que Adriel falou de repente.

“Pare!”

Eu e o mordomo paramos imediatamente.

Então, senti o olhar intenso em minhas costas, como se me analisassem.

Até então, Adriel estava completamente focado em Dirce, ignorando o que acontecia ao seu redor, inclusive a minha presença.

Ele certamente não poderia me reconhecer apenas pela minha silhueta.

“Sr. Correia, houve algum problema?” O mordomo parecia confuso.

“Vire-se!”

Naquele instante, mesmo sem me virar, eu podia sentir o olhar de Adriel sobre mim, investigativo, avaliador e desconfiado.

Eu não me movi. Em vez disso, deixei meu celular novo cair no chão e me abaixei para pegá-lo com precisão.

Uma pessoa cega não conseguiria pegar um celular assim tão facilmente.

Para Adriel e Dirce, Arlete Vieira era uma pessoa cega.

O mordomo olhou para mim, e eu sorri constrangida, olhando para a minha roupa molhada.

O mordomo rapidamente pigarreou, “Sr. Correia, a roupa da senhorita está molhada, talvez não seja conveniente que ela se vire agora!”

O mordomo me socorreu, acreditando genuinamente que eu não me virei por causa da roupa molhada.

Adriel aceitou a explicação após alguns segundos, respondendo com um simples “hum”.

Dirce enxugou as lágrimas, sua voz embargada, “Você veio com o Jacinto, não é? Onde ele está, preciso falar com ele sobre algo importante. E o que aconteceu hoje, você não deve contar a ninguém, especialmente à sua irmã! Senão ela pode entender errado a relação entre mim e o Adriel.”

No quarto de hóspedes, vesti o longo vestido preto, retirei a peruca, suavizei a maquiagem carregada, e guardei minhas roupas e a peruca em uma bolsa antes de sair.

“Senhor Mordomo, gostaria de agradecer pessoalmente à Senhora Barros. Ela está disponível para receber visitas agora?”

“Provavelmente sim, deixe-me levá-la até ela. Por aqui, por favor.”

Eu pretendia usar o nome de Natália para sair daqui.

O mordomo levou-me ao salão de vidro no quarto andar e bateu na porta de vidro, que não era completamente transparente.

Foi quando ouvi passos no corredor, passos que me eram familiares, pois os ouvi por mais de três anos na minha condição de cega.

Por que Adriel estava me seguindo?

Franzi a testa, sem me importar em confrontá-lo se necessário. Nesse instante, a porta de vidro se abriu, revelando alguém inesperado, cuja silhueta alta me cobriu por completo.

Philipe, ele estava ali!