Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 285

Nunca tinha visto Philipe Correia de forma tão descontrolada, mas talvez eu realmente não o conhecesse bem. Foi esse o pensamento que tive ao clarear da mente no segundo dia.

Entre sonhos, ouvi alguém bater à porta, chamando para que Philipe e eu fôssemos tomar café da manhã. Quis responder, mas minha voz falhou, e logo voltei a cair em um sono pesado.

Pareceu-me sonhar que Philipe falava comigo, acusando-me de ter um coração frio, de nunca tê-lo amado verdadeiramente, apenas o usando, sem dedicar-lhe um pingo de afeição.

O som ao meu redor era um zumbido, entre a realidade e o sonho.

Olhei para o teto, vagarosamente sentei-me, apoiando-me na cintura. O quarto estava vazio, mas sobre o sofá de dois lugares, em frente à cama, repousava um conjunto de roupas novas.

Ao levantar-me, notei que as roupas sujas que haviam caído ao chão no dia anterior tinham sumido, provavelmente levadas por Philipe para serem lavadas.

Vesti-me, fiz minha higiene matinal e saí do quarto.

Com o estômago roncando, desci as escadas. Clara estava voltando com a Velha Sra. Amaral em sua cadeira de rodas. Ao me ver, a Velha Sra. Amaral abriu um sorriso imediato. "Philipe foi para a empresa, mas pediu que Clara reservasse o almoço para você."

"A senhora já almoçou?" perguntei, um pouco constrangido.

Felizmente, a Velha Sra. Amaral não fez nenhum comentário mordaz, olhando-me com ternura.

"Já comi. Se depois do almoço você quiser voltar para a casa do Philipe, peça ao Luiz para levá-lo. Quanto ao Dimo, ele pode ficar comigo!" Do lado de fora, Dimo ouviu seu nome e correu de volta, circulando a cadeira da Velha Sra. Amaral e apoiando a cabeça em seu colo, provocando risadas carinhosas da senhora.

Ficava claro que a Velha Sra. Amaral tinha um grande carinho por Dimo, e ele adorava ficar ali.

De repente, seus olhos pousaram em meu pescoço, e ele ficou paralisado por um momento antes de rir com escárnio. "De qual cama de homem você acabou de sair? Foi do Adriel Correia ou do Philipe? Ou talvez dos dois juntos? E pensar que eu tinha tanto respeito por Philipe, alguém tão elevado, e ele brinca desses jogos com você."

Nesse momento, o garçom trouxe duas xícaras de café. Peguei uma e joguei o conteúdo em Marcos.

O garçom deu um grito de espanto.

Marcos tentou se esquivar, mas metade do rosto e o peito foram encharcados pelo café gelado. Levantou-se abruptamente, ignorando as perguntas do garçom sobre se queria ir ao banheiro para se limpar, afastou-o e veio em minha direção.

"Não bata em ninguém!"