Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 306

Respirei fundo e olhei para ele, desejando esclarecer tudo, perguntar o que precisava e, em seguida, contar a ele sobre todos os meus planos meticulosos durante esse tempo.

Philipe olhou de volta para mim e pegou minha mão, acariciando o anel em meu dedo. "Já que você aceitou o pedido de casamento, não deveríamos escolher um bom dia para registrar nosso casamento?"

"Ah?"

Philipe pegou seu celular e começou a procurar algo. Finalmente, deu um leve toque na tela. "Amanhã é um dia perfeito."

"Não é bem isso..."

"Você não quer se casar comigo?"

"Não é isso, só que ainda não contei para os meus pais..."

"A sua avó já sabe que eu pedi sua mão em casamento hoje. Ela não vai se opor, na verdade, ela está muito satisfeita. No entanto, eu realmente não avisei seus pais, isso foi uma falha minha. Antes de registrarmos nosso casamento amanhã, podemos ir ao cemitério prestar nossas homenagens a eles?"

Philipe olhou para mim com seriedade.

Eu não me lembro se concordei com a cabeça, mas de uma forma ou de outra, a decisão foi tomada. Primeiro, iríamos prestar homenagens, e depois registraríamos nosso casamento. Ele nem sequer mencionou a questão do acordo pré-nupcial, talvez tenha esquecido.

Ao sair do restaurante, o exterior estava deserto, e eu não sentia mais aquela sensação de estar sendo seguida.

Sem ninguém me seguindo, isso significava que Adriel de fato me viu. Embora eu não pudesse vê-lo de onde estava, aquele restaurante tinha paredes de vidro, permitindo que Adriel, de vários ângulos, percebesse que era eu sentada lá dentro.

Ele não enviou mais ninguém para me seguir, ou talvez estivesse com medo de fazê-lo.

Eu vestia um casaco de plumas grosso, e Philipe rapidamente subiu o zíper para mim, me fazendo sentir como um pinguim.

"Está tudo bem, é só um curto caminho, não está tão frio!"

Eu disse, mas em seguida soltei um espirro baixinho. Philipe me envolveu em seus braços, me colocou no banco do passageiro e prendeu o cinto de segurança para mim.

O aquecedor no carro estava em alta, e eu mexi o pescoço. "Pode abaixar um pouco, está quente."

Minhas mãos estavam presas, então as mantive juntas, sentindo levemente o anel de diamante no meu dedo.

Levei Philipe até a lápide onde meus pais estavam sepultados. Primeiro, tirei um lenço umedecido para limpar o pó, e Philipe me acompanhou na limpeza. Vendo Philipe ir jogar o lixo fora, coloquei sobre a pedra os doces favoritos da minha mãe e o vinho preferido do meu pai, que havia preparado na noite anterior.

"Papai, mamãe, vou me casar. Ele é uma boa pessoa."

Falei baixinho com meus pais, compartilhando segredos. "Mas uma relação que começou com motivos ocultos, não sei se pode durar. Sei que não deveria ter aceitado o pedido de casamento, no passado fui muito ingênua, mas se for Philipe, quero acreditar mais uma vez."

"Estar ao lado dele é o único momento desta minha volta em que não me sinto cansada."

"Vocês nos abençoariam, não é? Sempre sinto que deixá-los aqui me enche de culpa, como se eu estivesse no inferno, puxando todos para baixo. Mas agora alguém estendeu a mão para mim, e eu segurei. No entanto, não vou parar de buscar vingança. Não sei se vocês ficariam desapontados comigo..."

Eu não sabia exatamente o que estava dizendo, mas naquele momento, sentia-me como quando era criança. Não importava o que acontecesse lá fora, eu sempre podia sentar ao lado da cama da minha mãe e contar-lhe tudo. Meu pai ficava a pouca distância, com o ouvido atento, até que minha mãe e eu o expulsávamos do quarto.

Perdida em meus pensamentos e falando um pouco mais do que pretendia, virei-me para procurar Philipe. Percebi que ele estava parado não muito longe, observando-me pacientemente.

A essa distância, provavelmente ele não conseguia ouvir minhas divagações, mas sabia que eu estava conversando com meus pais. Por isso, não se aproximou de imediato, preferindo me dar tempo suficiente para terminar.