Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 55

Assim que a porta do carro se fechou, o mundo lá fora ficou completamente em silêncio. Olhei pela janela e, mesmo sem poder ver claramente o rosto de Dirce, pude perceber que ela estava um tanto quanto abatida.

Dirce não conseguiu ver meu rosto claramente, pois estava coberta pelas pernas e ela não viu meu vestido. No entanto, ela viu claramente minha mão estendida, de propósito.

Eu vi Adriel e Jacinto correndo para fora do clube, tentando alcançar o carro.

Era óbvio que ambos também perceberam que algo estava errado com Dirce, eles cochichavam, perguntando o que tinha acontecido.

O motorista deu partida no carro, e eu naturalmente não consegui ouvir o que eles disseram.

Nesse momento, Philipe me passou uma garrafa de água.

Agradeci e peguei, percebendo que a garrafa estava morna, contendo água quente.

Mas a garrafa estava lacrada.

Não cheguei a abrir para beber, apenas a segurei nas mãos. Em uma vida passada, tive experiências ruins bebendo água não confiável, então fiquei inadvertidamente cautelosa.

Mesmo sabendo que Philipe não faria nada comigo, um instinto de precaução me dominava.

Philipe me lançou um olhar, mas não disse nada. Ele atendeu uma ligação, parecendo ouvir um relatório de um subordinado. Eu me recostei no banco, e o cansaço começou a me dominar.

Entre sonhos, senti tudo ao meu redor ficar muito silencioso, como se algo tivesse tocado minha testa, mas talvez não, era como uma respiração quente, permanecendo por um bom tempo.

Então, ouvi a voz baixa do motorista:

"Sr. Correia, já estamos esperando na porta da escola há meia hora. Devo acordar a Srta. Vieira? Parece que o portão da escola já está fechado."

Ao ouvir a voz do motorista, lentamente abri meus olhos.

Meu pescoço estava um pouco dolorido e, quando percebi, estava encostada no ombro de Philipe.

Isso me assustou de verdade, e rapidamente me sentei direito.

Não era exatamente por vergonha, mas estava preocupada que, como as outras garotas que tentavam se aproximar dele. Se ele interpretasse mal, poderia pôr tudo a perder.

"Eu não esperava, de verdade, adormecer no carro do Sr. Correia."

Philipe assentiu:

"Eu também não."

Essa resposta, apesar de simples, me tranquilizou. Parecia que, de alguma forma, tínhamos nos aproximado.

Mas o portão da escola fechado era um problema.

"O quarto tá pronto, pode subir e ficar à vontade."

Hesitei um pouco, então disse:

"Quanto à despesa do hotel esta noite, assim que eu receber meu segundo salário, pagarei a você."

Não disse que não ficaria, nem quem pagaria pelo hotel.

Philipe me deixando na porta do hotel e providenciando um quarto para mim significava que não me faria pagar esta noite, afinal, ele sabia que eu era alguém que não conseguia nem pagar uma taxa de lavagem a seco de duzentos reais.

Ele assentiu:

"Tudo bem."

Tirei o casaco dele que ele havia me emprestado, já me preparando para sair do carro.

Antes de fechar a porta, olhei para ele novamente:

"Se. Correia, sobre a lavagem do casaco, o hotel pode cuidar ou..."

"Não precisa, pode deixar como está."