Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 63

A senhora tinha compaixão por mim, devido à minha triste história. Mas, se ela soubesse que minha verdadeira motivação era Philipe, não tinha certeza se ela me apoiaria ou me mandaria embora. Eu não queria correr esse risco.

Depois de voltar à escola e almoçar, recebi uma ligação de Adriel. Ele me lembrou do evento de arrecadação de fundos hoje.

Desci as escadas com a bengala para cegos que havia comprado recentemente, e vi Adriel parado lá embaixo, sendo observado discretamente por várias garotas.

Adriel sempre teve uma presença marcante. Mesmo parado, chamava atenção com sua postura e boa aparência.

Parei na porta, sem pressa de descer. Ele me olhou por um bom tempo, como se analisasse cada detalhe. Eu estava apenas com minha camisa branca favorita e jeans, nada de especial. Mas ele me examinou de cima a baixo como se nunca tivesse me visto antes, antes de finalmente caminhar em minha direção.

"Quem te deu essa bengala?"

"Eu mesma."

Assim que eu pudesse reagir, ele arrancou a bengala da minha mão e a jogou no lixo.

Virei-me para voltar ao dormitório, mas ele segurou meu braço.

" Que pressa é essa? Ficou brava?" Ele franziu a testa enquanto me puxava escada abaixo e, em seguida, pediu algo ao assistente. Este entregou uma caixa longa, da qual Adriel tirou uma bengala nova, com detalhes chamativos.

"Comprei a mais cara, até tem diamantes incrustados."

Eu soltei a bengala friamente:

"Com ou sem diamantes, não posso ver. Devolva a minha, ou não irei ao evento hoje."

Adriel fechou a cara.

"Arlete!"

"Uma bengala incrustada de diamantes? Sr. Correia tá preocupado que eu, sendo cega, não esteja em perigo suficiente? Quer me transformar em um alvo ambulante de assaltantes?"

Adriel hesitou por um momento, processando provavelmente o que eu disse. Ainda com o rosto sombrio, ele pegou um canivete que estava preso ao chaveiro, removeu os diamantes e os colocou no bolso, antes de finalmente me devolver a bengala.

"Pronto, agora está simples. Melhor assim?"

"Não precisa parecer um gato assustado!" A voz da Matos era zombeteira.

"Nada de mais, apenas conversamos durante o jantar alguns dias atrás. Ele concordou em dar uma palestra aqui na Universidade de St. Mary."

Enquanto a conversa seguia, fiquei observando à distância. Dirce, por outro lado, estava claramente incomodada.

Era fácil perceber o motivo. Ela sempre demonstrava ciúmes de qualquer mulher ao redor de Philipe. Quando ouviu sobre o jantar entre ele e a vice-reitora, seu semblante azedou ainda mais.

Na minha vida passada, ouvi Dirce mencionar que ela nunca havia jantado com Philipe.

Dirce perguntou inocentemente:

"Sra. Matos e o tio de Adriel, foi anteontem à noite que jantaram juntos, certo? Acho que vi uma mulher no carro do tio de Adriel naquela noite."

Matos pareceu confusa por um instante:

" Anteontem? Não, jantamos há uma semana. Outra mulher no carro do Philipe? Que estranho… será que ele está namorando secretamente? Já era hora, com trinta anos, ele deveria mesmo arrumar alguém."