Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 68

"Eu sei."

Ele falava pouco. Mas entendi o significado dessas palavras. Ele ainda estava me permitindo entrar no carro.

Segui-o, carregando o Lucky nos braços.

Desta vez, ele não estava trabalhando no carro, mas sim reclinado. Massageava as têmporas com os olhos fechados. Pude sentir um leve aroma de álcool misturado com um cheiro de pinho. Não era desagradável, mas era forte.

De repente, ele abriu os olhos e me encarou, com um olhar invasivo.

E depois, suavizou num instante.

Por um momento, pensei que tinha visto errado.

Ou talvez Philipe estivesse bêbado e não conseguisse esconder sua verdadeira natureza.

Este homem, que comandava toda a Família Correia, criou um império comercial tão vasto que levei dias para não descobrir tudo sobre ele.

Alguém assim definitivamente não era tão amigável e agradável quanto parecia por fora.

Eu sempre soube muito bem que estava brincando com fogo, e qualquer descuido poderia me destruir.

Foi então que sua mão apareceu diante de mim, e recuei instintivamente. Fiquei paralisada ao ver a mão de Philipe também parada no ar.

Rapidamente, ele abaixou a palma da mão e acariciou a cabeça do pequeno cachorro que eu segurava.

Curiosamente, Lucky não gostava de ser tocado por Adriel na vida passada, e até o mordeu uma vez. Por isso, foi repreendido.

Mas quando Philipe o acariciou, Lucky nem se mexeu. Ele ficou tranquilo, fechando os olhos contentemente.

"Este pequenino parece gostar muito de mim."

Eu sorri, "Parece que sim!"

Por sua vez, Philipe ficou surpreso. Depois, retirou o olhar do meu rosto, e também sorriu.

"Como se chama seu cachorro?"

Eu ia dizer Lucky. Mas hesitei antes de falar, não querendo que o destino de Lucky se entrelaçasse com o meu novamente.

Balancei a cabeça, "Acabei de encontrá-lo hoje, e ainda não dei um nome."

Ele falou seriamente, "Menina, não prometa nada a um homem adulto tão facilmente. É perigoso."

Eu respondi com igual seriedade, "O Sr. Correia não é qualquer homem. Você é uma boa pessoa."

Philipe me observou por alguns segundos. A sua atitude era incerta, se era distância ou simplesmente a sobriedade retornando. Mas, ele se afastou um pouco de mim.

"Descanse bem."

"O Sr. Correia também. Descanse bem, boa noite!"

Desci do carro, segurando o cachorro. Fechei a porta do carro e caminhei em direção à mansão que ele tinha apontado.

Depois de entrar na mansão com as chaves, acendi as luzes da sala com a lanterna do meu celular e então olhei pela janela.

Só então o carro de Philipe começou a se afastar lentamente.

Philipe não era do tipo que se intrometia nos assuntos dos outros, e muito menos gostava de avanços românticos.

Mas nestes últimos dias, ele me ajudou várias vezes. Talvez isso significasse que nossa relação tinha se aproximado um pouco, ao menos eu não estava mais na categoria de "estranha" para ele.