Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 79

"Que coincidência", pensei comigo mesmo.

Não dava para saber se Jacinto tinha feito de propósito, se ele sabia que Adriel viria até aqui, ou se foi apenas uma coincidência.

Jacinto colocou o garfo em frente ao meu prato e disse com calma:

"Calma, eu só estava tentando alimentá-la."

Enquanto falava, Jacinto baixava os olhos e limpou o molho de de respingou nos dedos com um guardanapo.

Adriel não se mexeu, apenas me olhava fixamente.

Por que Adriel me olhava assim, se a cena era claramente armada por Jacinto?

Adriel começou a respirar fundo, a raiva era evidente:

" Você me traindo pelas costas? Justo agora? Ontem à noite, foi bater na porta dele?"

Jacinto virou o olhar para ele:

"De fato, Arlete saiu da mansão de um homem, mas não era eu. Quem é, você deveria perguntar a ela, eu não sou de escolher às cegas."

As palavras de Jacinto "estar com tanta fome que não será exigente com comida" fizeram o rosto de Adriel mudar. Pensei que a raiva de Adriel seria direcionada a mim, afinal, eu o bloqueei ontem, e como sua "propriedade", eu estava tomando café da manhã com Jacinto.

Para minha surpresa, Adriel foi direto para Jacinto e, com o rosto tenso, agarrou a gola de sua camisa, e perguntou com os dentes cerrados:"O que você disse?"

Jacinto franziu a testa, mas logo oulhou por mim, soltou uma risada como se tivesse entendido algo, mas não tentou se soltar de Adriel.

"O aniversário de Dirce tá chegando, você se lembra? Quando ela tinha sete anos e nós dez, o que prometemos a Dirce?"

Adriel hesitou por um momento antes de responder:

"Eu não esqueci!"

Eu tinha uma ideia do que eles estavam falando, e sabia que Adriel não havia esquecido o que era.

Quando era criança, ele caiu na água e Dirce pulou para salvá-lo. Ambos acabaram se afogando e tiveram que ser salvos por adultos. Desde então, Adriel prometeu a ela que sempre cuidaria dela.

Isso foi algo que Adriel, bêbado, havia me contado na vida passada.

Ele disse:

"Dirce, ninguém pode te maltratar, se alguém te fizer triste ou magoada, eu farei essa pessoa pagar mil vezes mais!"

Nesse momento, peguei o garfo que Jacinto tinha deixado e comi um pedaço do bife picado.

"Quanto tempo já passou? Duas mil por hora? Se for mil por hora, o serviço de agora já está acabando, se demorar mais, vai custar mais!"

Adriel me puxou pelo braço, visivelmente irritado:

"Você veio fazer isso por dois ou três mil? Se precisasse de dinheiro, por que não me disse?"

"Isso é trabalho, se posso trabalhar para ganhar dinheiro, por que deveria pedir a você? Quem é você? Por que você deveria me dar dinheiro? Não temos relação alguma!"

Adriel ficou paralisado. Em outra ocasião, ele teria provavelmente virado a mesa ou gritado comigo.

Mas hoje, de forma pouco comum, ele não fez nada, apenas moveu os lábios, mas não proferiu nenhum nsult.

Eu me dirigi a Jacinto e disse:

"Sr. Matos, podemos começar a escolher as roupas, mas como sou cego, trocar de roupa pode demorar um pouco mais. Então, o senhor confirma que a prova de roupas é mil reais por hora?"

Jacinto soltou um leve "sim" afirmativo, levantou a mão, e logo um vendedor se apressou em nossa direção.