Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 86

"Eu quero tentar."

Ao ver minha insistência, o Professor Nunes suspirou. Não me impediu, e apenas acenou com a cabeça, pedindo para eu ter cuidado.

Eu pisei nos cacos espalhados pelo chão e entrei no quarto.

Ao me ver entrar, a menina soltou um grito ainda mais alto.

Eu peguei uma boneca no chão que parecia um pouco velha. Bati para tirar as marcas de sujeira e me aproximei da menina, "Isso é seu, não é? Parece muito com uma que meus pais me compraram. Eu também tenho uma!"

A menina me olhou furiosamente, com os olhos vermelhos de raiva. Embora estivesse furiosa, havia medo no fundo de seus olhos.

Mantive uma distância segura dela, "Na verdade, os pais da sua irmã também foram para o céu virar estrelas neste ano. Sua irmã também ficou sem lar. Às vezes, eu também me pergunto, por que justo eu? Por que meus pais tiveram que virar estrelas antes do tempo?"

A menina gradualmente parou de gritar, e me olhava fixamente. Depois de um tempo longo, começou a chorar silenciosamente.

Na verdade, as crianças de sete ou oito anos entendem muitas coisas.

"Eu nunca falei isso para ninguém. Porque não existe alguém que realmente possa sentir o que o outro sente neste mundo!" Eu me aproximei e agachei, acariciando suavemente o cabelo da menina. Enxuguei suas lágrimas.

"Eles estão todos no céu olhando por nós. À noite, eles se tornam estrelas e piscam para nós, perguntando se nosso dia foi feliz. Eu não quero que meus pais se preocupem. Então, eu tento não deixar eles chorarem de preocupação todos os dias."

"Eu também penso que geralmente vivemos apenas 100 anos. Se a gente apenas aguentar, fazendo o que deve ser feito. E quando chegar a hora, todos nós nos reuniremos como estrelas."

"Será? Nós nos reuniremos?" A menina me olhou com os olhos arregalados. Ela ainda estava chorando.

Eu continuei enxugando suas lágrimas, "Com certeza."

Finalmente, a menina começou a soluçar. Não estava gritando ou fazendo birra. Só chorava de tristeza, agarrando-se à manga da minha roupa e chorando em meu abraço.

Olhei para fora da porta.

Não só a Senhora Barros e Natália estavam lá. Marcos também. O Professor Nunes estava discretamente enxugando as lágrimas.

Mas, depois que Marcos me deu um olhar, ele se virou e foi embora.

Com os olhos vermelhos, Natália me olhou com compaixão, assim como o Professor Nunes.

A morte dos meus pais, parece que aconteceu ontem, mas também parece ser algo de uma vida passada.

"Me chame de Tia Natália." Natália me sorriu gentilmente.

Eu a chamei de Tia Natália e a segui escada abaixo.

O orfanato tinha um refeitório, que não era muito luxuoso, mas a comida parecia abundante. Ao ver as crianças olhando com expectativa, imaginei que provavelmente a comida estava mais farta por causa da presença de Natália.

Não que houvesse algo de errado dentro do orfanato.

Uma árvore sozinha não faz verão. Com tantas crianças para cuidar, certamente a situação financeira não é das melhores. Ainda assim, é uma sorte que a Senhora Barros Natália decida ajudar o orfanato por consideração à Dirce.

Nesse caso, Dirce também fez uma boa ação.

Peguei as refeições e as coloquei diante de Natália e Marcos.

Foi Natália quem me convidou para jantar com eles.

“Há algumas frutas ali. Vou pegar um pouco para nós." Natália levantou-se para buscar as frutas.

Marcos me lançou um olhar antes de falar, “O seu objetivo ao vir aqui é se aproximar de mim? Ou da minha tia?"