Meu príncipe guardião foi exposto hoje? romance Capítulo 97

Voltei diretamente para a escola, mas não esperava encontrar Jacinto na porta do dormitório.

Na escola, eu ainda era "invisível". Então, continuei batendo minha bengala de cego e passei direto por Jacinto, indo em direção ao interior do dormitório.

Mas antes que eu pudesse entrar, Jacinto chamou meu nome.

"O Senhor Matos, o que deseja?"

"Há muitas pessoas aqui. Vamos conversar debaixo daquela árvore."

Jacinto segurou meu braço, o que para os outros parecia um gesto de auxílio. Mas para mim, parecia mais que ele estava me agarrando.

O que significava que eu não tinha escolha a não ser segui-lo.

As árvores do inverno estavam secas e amareladas. Mas ainda não haviam perdido suas folhas. Chegando debaixo da árvore, Jacinto imediatamente soltou meu braço. Para qualquer pessoa que observasse de longe, ele parecia o retrato de um veterano gentil.

Mas as palavras que ele disse não refletiam essa falsa gentileza.

"Você caminhou muito bem até aqui, assim como ontem você subiu as escadas com facilidade no Bar Crepúsculo. E parecia não precisar de bengala."

"Bar Crepúsculo?" perguntei confusamente. "Então, o Senhor Matos também estava lá. O Senhor deve saber que mesmo cego posso subir escadas com precisão se sentir o corrimão."

Quando encontrava qualquer um deles, automaticamente me comportava como um cego. Era uma habilidade quase inconsciente.

Como hoje, quando fiquei no hotel, diante de Dirce e Adriel, também fingi estar desorientado. Mas, era claro que na porta do elevador não havia necessidade de tatear ao redor.

Jacinto me encarou com seriedade, "Você sempre fala comigo dessa maneira direta? Diante de Adriel, não te vi tão afiado."

Franzi ligeiramente a testa, "O Senhor Matos, se não tem negócios, por que vir me procurar? Se tem algo a dizer, fale diretamente, sem rodeios. Ultimamente, o Senhor me convida para campanhas de doação e me pede para experimentar roupas para Dirce. Essa aproximação súbita tem algum motivo, não é?"

Jacinto deu um sorriso, "Já que é tão perspicaz. Por que não percebe que Adriel não está interessado em você?"

Não era a primeira vez que ouvia isso.

Não deveria ele dizer isso a Dirce?

"Então, o Senhor Matos, o que você quer?"

"É pena que hoje de manhã eu já dei um tapa em Adriel, e não estou no clima para bater em você também. Se ser cego é minha vantagem, ser desprovido de moral é definitivamente a sua!"

Jacinto ficou paralisado, "Você bateu nele?"

"Eu bati. O Senhor Matos não vai pensar que isso fazia parte do meu plano para atrair ele, né? Adriel não deve ser tão baixo. Eu o bati, e depois ir para a cama dele? Se ele não me expulsasse já estaria de bom tamanho. Como você pode ver, sou apenas um cego. Não ousaria tentar algo assim. Então, estou de mãos atadas. Procure outra pessoa."

"Entre o financiador da Baía de Haiya e o Adriel, você escolheu o financiador?"

Ignorei a sua provocação. Jacinto parecia ter mais a dizer. Ela estava hesitante, com uma expressão que indicava dificuldade em falar.

Pelo seu jeito, não se esperaria que ele mostrasse uma expressão de indecisão ou constrangimento, o que estava diretamente relacionado ao que ele estava prestes a dizer.

Não queria ficar perdendo tempo com o Jacinto, "Se não tem mais nada a dizer, vou embora."

Era ridículo como todos vêm me questionar.

Batendo a minha bengala, voltei para o dormitório.