Meu Senhor romance Capítulo 27

Arthur Albuquerque

Estou no escritório que era do meu pai antigamente, quando ainda ele morava no casarão, quando Pedro entra e fala:

-Seus pais chegaram, estão na sala...

-Obrigada Pedro, enquanto falo com eles, entre em contato com os diretores das filiais para marcar uma teleconferência pra amanhã e tarde.

-Qual o assunto?

-Vou mudar o fornecedor de EPI da UTI. Não estou satisfeito! E outros assuntos relacionados a mesma coisa.

-Sim Senhor!

Saio do escritório e vou direto para a sala.

Vejo minha mãe sentada ao lado do meu pai. Depois de tanto tempo juntos, algumas formalidades foram deixadas de lado, principalmente em público. Apenas quando estão em sua intimidade, é que o relacionamento Dom/sub toma força.

-Oi pai, oi mãe...

Dou um beijo no rosto de minha mãe e ela retribui sorrindo. E com meu pai um abraço.

-Vc não ia mudar o casarão? Está tudo do jeito que eu deixei...

-Fiz mudanças apenas na ala da submissa. Gosto dele como está, me lembra minha infância.

Minha mãe sorri e diz:

-Que bom que vc foi feliz aqui querido!

-Fui mãe, muito...

-Também gosto de saber que está tudo da forma como era antes, mantém as minhas memórias intactas.

Este casarão é centenário. Antes de ele ser de nossa família, ele foi dos pais de meu pai. Aliás, tudo na família Albuquerque é centenário, até a rede de hospitais, que é uma empresa que está sendo passada de filho para filho a décadas. E eu me orgulho de fazer parte disso.

-Só falta vc povoar ele de filhos, não é pq eu e sua mãe tivemos só vc, que vc deva seguir o exemplo.

-Pai, definitivamente, eu não chamei vcs aqui para falar de filhos e casamento.

-Porque não? Está na hora de vc arrumar uma boa submissa e construir uma família. Ou uma mulher que não seja... Sei lá, apesar de eu achar que vc só seria feliz se sua esposa compartilhasse dos mesmos interesses sexuais.

-Como vc e mamãe...

-Como eu e sua mãe. Casamento não é só amor, tem que ter cumplicidade e ao contrário das pessoas pensam, tem que haver coisas em comum. Esse lance de opostos se atraem, é balela.

-Mãe, vc pode nos dar licença , preciso conversar com esse velho rabugento.

-Claro querido, vou procurar Maria, estou com saudades.

Ela me beija no rosto e sai da sala.

-Pra pedir para sua mãe sair, deve ser sério...

-Não quero que ela fique criando coisas na cabecinha. Minha mãe ver "arco íris" em tudo.

Meu pai ri e diz:

-Que foi? Não está sabendo lidar com a sua nova submissa? O que me estranha um pouco, já que vc é um dominador experiente, e já teve tantas submissas, que é bem capaz de eu ter que utilizar os dedos do pé, além dos dedos da mão para contar.

-Eu achava que fosse experiente  até conhecer  Duda.

-Hummmm esse é o nome dela... E o que a Duda tem de tão especial, que vc não está conseguindo lidar

-Eu perco o controle. Sabe aquele dominador frio, sádico e controlado?

Ele confirma com a cabeça.

-Eu não consigo ser com ela... Eu quero tocar o tempo todo, ver ela gozar o tempo todo. E pra te dizer a verdade, não sou mais aquele sádico de antes. Antes eu estipulava prazos e os cumpria.

-Quer dizer que vc não consegue fazer ela sentir dor? Isso eu preocupante numa relação desse tipo. Sendo que a dor está relacionada a quase tudo na prática.

-Não é isso pai, eu consigo... Ainda continuo querendo as mesmas coisas, só que dessa vez eu me importo, fico pensando se não exagerei ou se não poderia ser mais controlado. Eu sinto necessidade de ter certeza que ela curtiu mesmo, sendo que antes eu não me importava muito com isso. Eu fazia, se passava dos limites, sabia que tinha uma palavra de segurança e a submissa usaria.

-E o entrosamento entre vcs dois?

-É perfeito! Parece que ela é minha submissa a anos. Eu já tive submissas que não chegaram nem a 10%, do entrosamento que eu tenho com ela.

- E ela só está com vc a uma semana...

-Só pai... Isso já aconteceu com vc?

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