Meu Senhor romance Capítulo 30

Eduarda Amorim

Duas horas depois

Suspiro e fecho os olhos por um momento, retiro o vibrador de cima de meu clitóris mais uma vez, antes de sucumbir.

Não existe um lugar em mim que não esteja sensível. Os intervalos foram diminuindo... Agora estou por um fio, se eu tiver que por este vibrador em algum lugar, eu vou me desmanchar.

Meus seios estão pontudos e doloridos, me pedindo para serem chupados. Minha vagina e meu clitóris estão com um comichão sem fim, avermelhados e inchados. Fora o plug no meu cú, que nem contrair eu posso, se não eu gozarei.

Meu corpo todo está em chamas, úmido de suor. Minha boceta pinga no estofado da cadeira.

Ele me olha por cima dos óculos de grau, estava concentrado numa leitura. Larga as folhas em cima da mesa e se aproxima, pegando a garrafinha de água, e me fazendo beber um pouco.

-Tudo bem Duda?

Eu suspiro e confirmo...

Ele passa o dedo numa gota de suor que desce pelo meio seio. Sorri, se aproxima e lambe a gota...

-Tão gostosa!

Eu soluço me engasgando um pouco com a água.

- Por agora chega bonequinha... Pode ir tomar seu banho e descansar um pouco. Não esqueça seu compromisso de 9 h. Não preciso te lembrar das regras né?!?!

-Não meu Senhor!

-Foi uma tarde agradável Duda, gostei d ter sua companhia, acho que vou fazer isso mais vezes...

Meu corpo todo estremece em antecipação. Chego a sentir dor por ter chegado muitas vezes ao topo, e não despencado.

Ele me levanta da cadeira, me segurando pelos braços, até ele ter certeza que posso me sustentar pelas minhas pernas, segura minha nuca e me beija com carinho. Lambe meus lábios e diz...

- Pode ir Duda, até mais tarde.

Eu confirmo e saio do escritório meio bamba, minhas pernas tremem um pouco, mais consigo chegar até o quarto. Chegando lá encontro Açucena já me esperando.

Ela sorri pra mim e diz:

- Quer conversar?

Eu olho para ela e digo:

- Não precisa.

Ela senta na cama e fala:

-Senta aqui, deixo eu te ajudar...

Sento ao lado dela e ela faz sinal para que eu deite a cabeça em seu colo.

Ninguém nunca me deu isso, um ombro amigo. Sempre tive que contar comigo mesmo, então pra mim é meio complicado baixar a guarda.

Compreendo que é o trabalho dela, mais eu estou acostumada a ser sozinha e me resolver sozinha também.

Deito minha cabeça ali e começo a chorar, botando para fora toda minha frustração por estar com os nervos a flor da pele. Arthur me quebra e vai me quebrar muitas vezes ainda. Até eu estar perfeita para ele! É doloroso, mais é necessário.

-As vezes é intenso, então vc precisará conversar com alguém. Estou aqui para isso...

-Eu sei Açucena, mais pra mim é complicado. Eu nunca tive alguém para contar. Sempre foi só eu... E mais ninguém. Quando madame me achou eu estava a ponto de virar uma prostituta, pq era isso que aconteceria comigo se continuasse naquele abrigo, ou coisa pior.  Devo tudo a ela, mais mesmo tendo feito muito por mim, nunca...

-Foi tratada com carinho?

-Isso. Então para eu me abrir agora, é difícil...

-Tudo no seu tempo Duda, uma hora as coisas vão melhorar e vc nem vai sentir, mais já vai estar conversando comigo. Suas lágrimas são pq vc não fala, engole tudo para dentro de si. Vc precisa falar...

Eu suspiro e concordo com a cabeça, fechando meus olhos e curtindo o cafuné que ela me faz, até adormecer em seu colo.

************

Arthur Albuquerque

Escuto e assisto pelo monitor, a conversa dela com Açucena e sinto pela primeira vez, compaixão. Como uma pessoa consegue viver sem carinho e sem cuidado, sem saber o que é ser querida por alguém.

Talvez por isso Madame tenha se afeiçoado a ela. Por saber que ela sempre foi tão sozinha. O que não entendi e não encaixava, era como uma pessoa pode ser sozinha e não ter tido nada como exemplo e ainda sim, ser doce, carinhosa, se doar da forma que ela se doa. Pelo menos pra mim... Pq com a Açucena ela tbm está tendo dificuldades de ela deixar entrar.

A vida foi cruel com ela! E por mais que eu tenha imaginado que sua vida não tenha sido fácil, o que ela disse, superou todas as histórias que eu tinha na minha cabeça. Viver uma vida com a certeza de que nunca foi amada, deve ser doloroso e deixar marcas profundas.

Talvez o desejo dela é tanto de ser amada, que ela apenas está retribuindo esse cuidado que eu tenho com essa submissão desmedida. Essa vontade de pertencer a algo e a alguém, pq sinto que todo seu cuidado comigo, é exatamente este. O "querer" pertencer a alguém! Eu ainda sinto ela não se doando por inteiro, algumas vezes. Mais ela não teve resistência nenhuma em aceitar meu carinhos e tudo que tenho para oferecer.

Ajeito mais uma vez o meu pau dentro da cueca.

Eu já estou dolorido, e posso dizer, que o feitiço virou contra o feiticeiro. Apesar de conseguir trabalhar um pouco, não consegui me desconcentrar dela.

Seu cheiro está pelo meu escritório inteiro.

Deito minha cabeça na cadeira e fecho os olhos.

Que cheiro bom! Inferno!

Abro meu cinto e a minha calça e começo a me masturbar.

É vergonhoso eu sei... Pareço um adolescente... E o certo era esperar até 9 h, mais preciso terminar este relatório e se eu continuar do jeito que eu estou, eu não vou conseguir terminar.

Começo a lembrar dela sentada a minha frente, toda aberta pra mim. O clitóris inchado e vermelhinho, aqueles bicos do peito durinhos, implorando para serem chupados. Só me fazem agilizar os movimentos no meu pau. Pego a toalha que estava embaixo dela e que logo tirei da poltrona e cheiro, como um cão selvagem, cheirando o cheiro da sua fêmea impregnado ali. Acabo atingindo ao orgasmo, sujando toda a minha roupa, inclusive meu pulôver.

-Merda!

Eu definitivamente, estou fora de controle! Pqp!

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu Senhor