Meus Chefes Gêmeos: Anjo e Demônio romance Capítulo 38

Seus dedos frios tocaram a bochecha dela, como uma cobra gelada deslizando pelo seu rosto.

Naiara sentiu arrepios por todo o corpo.

"Não gostei do olhar que você tinha agora há pouco," ele sussurrou, com uma voz tão baixa que parecia vir de um abismo profundo.

Naiara nem sabia que tipo de olhar tinha dado.

"Esse olhar não deveria pertencer a você," ele suspirou, "Piedade e compaixão devem ser as emoções mais terríveis do mundo. Adv. Naiara, antes tão fria e implacável, só focada no dinheiro, como seus olhos podem expressar tais sentimentos agora?"

Ele curvou os dedos, acariciando suavemente seu rosto: "Gostei quando você atropelou Gabriel com tanta ferocidade. Aposto que desde o momento que o viu até o atropelar, não pensou mais do que trinta segundos, certo? Isso sim é você, Naiara. Perdendo sua ferocidade, você se tornou realmente um cachorro."

Após dizer isso, ele se levantou e foi até o toucador para examinar a ferida em sua testa.

Ele pareceu bastante satisfeito e sorriu enquanto observava, chegando até a rir alto.

E sua risada arrogante parecia ecoar no quarto mesmo após sua saída.

Naiara olhava para o reflexo de si mesma no candelabro do teto. Ela realmente sentiu piedade e compaixão por Víctor?

Ela teria que estar louca para sentir compaixão por um leopardo tão feroz.

Toda a paciência de Víctor agora era apenas um prelúdio para sua vingança futura.

Ela fechou os olhos, ainda sentindo o mundo girar.

Quando Sérgio bateu na porta do quarto de Naiara, ela acabara de terminar uma tigela de canja de galinha e ainda não tinha limpado o resíduo pegajoso de arroz dos lábios.

Ao ouvir a batida educada, Naiara sabia que era Sérgio.

Ela o convidou para entrar, e Sérgio entrou carregando um saco de papel, um pouco envergonhado ao dizer: "Estava voltando do trabalho e passei por uma barraca vendendo batata-doce assada. Cheirava tão bem que comprei uma para você, mas não sei se gosta."

Ele tirou a batata-doce assada, que realmente cheirava deliciosamente. Naiara disse: "Acabei de comer uma tigela de canja."