Mimada amada esposa pelo Lourenço romance Capítulo 238

Tudo pronto para o coquetel às oito horas.

Mesmo tendo sido um convite de última hora, muitas pessoas compareceram. Afinal, o convite partiu de Nicolau.

Esta noite, Nicolau tem que dar o braço a torcer a Camila. Às 8h15, as pessoas já estão no local.

Sempre gentil e elegante, sereno como uma brisa de primavera, o jovem Nicolau veste apenas camiseta e calças brancas.

É uma cor que, sem o devido apuro, pode se mostrar simplória demais. No corpo dele, além de não ser cafona, ainda traz uma graciosidade imortal.

Um sem-número de mulheres se mostram fascinadas por ele, os olhos vidrados sem a menor vontade de se afastarem.

Nicolau parece estar de bom humor esta noite, com um sorriso contínuo no canto dos lábios.

É aquele sorriso como de quem não quer nada, que leva as garotas à loucura de vontade de pularem em cima dele.

Às 8h30, o ambiente parece ter entrado em seu apogeu.

Tudo por causa da presença de Lourenço.

Vicky já estava se contorcendo de raiva após receber a notícia de que Camila havia dado a entrevista coletiva às sete horas.

Não foi fácil esperar que Lourenço terminasse de trabalhar e atendesse à sua ligação.

Mas Lourenço prometeu que a deixaria ir pessoalmente ao Departamento de Finanças alocar os recursos no dia seguinte. Rui vai ficar no lugar dela.

Ela imaginou que sua agilidade faria com que fosse a mais rápida: em dois dias, poderia convocar uma coletiva e anunciar a criação do departamento de animação.

Mas eis que chega Camila e assume o primeiro lugar de maneira surpreendente!

Que tipo de fascínio ela teria causado a Nicolau, para deixá-lo assim tão submisso?

A raiva que contorcia o seu estômago só se alivia quando Lourenço e ela adentram juntos o salão do coquetel.

É quando, finalmente, ela se depara com o olhar embasbacado dos homens e o forte ódio e inveja vindos das mulheres.

Nesse momento, ela atinge o ápice de sua vaidade.

"Lourenço, esses dias a vovó comentou que gosta do cheiro de osmanto. Que tal se a gente plantar um bosque de osmanto no Pavilhão de Bela Vista, para ela vir e relaxar quando puder? O que acha?"

Ela não se atreve a chegar muito perto de Lourenço, um homem sempre acostumado a repelir as mulheres.

Além de não poder andar de braços dados, ela ainda tem que ficar a pelo menos três passos dele.

Porém, enquanto os dois conversam, a relação parece tão próxima que certamente deixa a multidão feminina louca de inveja.

"Tudo bem." Lourenço responde com a indiferença de costume, nem frio, nem empolgado.

E no entanto eles estão discutindo assuntos de família!

A voz de Vicky pode não ser muito potente, mas também não é nada fraca.

Por onde vão passando, as garotas ao redor podem ouvi-los claramente.

Vicky acabou de dizer "nós"! Aí já é demais. Eles moram juntos mesmo!

É claro que Vicky sabe o poder que têm as suas palavras de afetar os corações das mulheres.

Mas ela gosta da sensação de ser detestada. Quanto mais a odiarem, mais popular ela se torna.

"Lourenço, será que à noite, na volta, daria para passar e ver se há alguma nova variedade de osmanto?"

Lourenço deixa a pergunta sem resposta.

Vicky não fica envergonhada. Apenas sorri, impassível, e se aproxima mais dele.

"Lourenço, a vovó falou que há muito tempo não vê o mar. Vamos levá-la quando você estiver livre daqui a uns dias, tudo bem?"

Ele franze a testa, e a vaga imagem da velha senhora surge em sua mente.

Basicamente, desde que adoeceu, ela só esteve em dois lugares: o hospital e a casa da Família Mu.

Talvez seja o caso de levá-la para passear mesmo.

Ele acena com a cabeça e continua a tranquila caminhada em direção ao salão lotado do coquetel.

Vicky sorri, elegante e orgulhosa. Será que essas mulheres que nem sequer tiveram a chance de trocar umas palavras com Lourenço ouviram isso?

Lourenço responde a tudo o que ela diz acenando com a cabeça.

Quem duvidaria que ela tem um lugar especial no coração do jovem?

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