Daniel, pegado de surpresa, responde imediatamente: "Sr. Lourenço não tem tido viagens ultimamente e tem estado na Cidade B."
Camila aperta os dedos. Se ele disse "claro que Sr. Lourenço está na Cidade B", aí provavelmente ela duvidaria.
Mas essa fala de Daniel não tem nenhuma falha para contestar.
"Sra. Camila, você perguntou porque tem algo que precisa de procurar Sr. Lourenço?"
Daniel está sempre muito simpático ao falar com ela: "Que tal eu ligarei ao Sr. Lourenço por você?"
Ele realmente pega o celular, está prestes a ligar o número de Lourenço.
De pálpebras abaixadas, Camila sacode a cabeça: "Não precisa. Eu não tenho nada a falar com ele."
Já que esteja na Cidade B, a verdade é que ele realmente não quer visitá-la, não é que não pode.
Ela faz algo errado? Talvez, nada errado.
"Peça eles para me conduzir de volta para descansar, por gentileza. Daniel, obrigada pela sua ajuda hoje."
"Por nada. Sr. Lourenço mandou que tem de reparar perfeitamente as suas cicatrizes, senão ele vai ficar culpado."
Daniel leva ela para fora da sala de cirurgia.
Camila não diz nada. A palavra "culpado" já esmaga completamente toda a esperança restante dela.
Realmente, ele jamais aceita ela.
Nicolau estava esperando lá fora. Ao ver ela sair conduzida por Daniel, ele avança de imediato: "Daniel, como está a situação?"
"Basicamente tá tudo bem. Só restam 3 partes, que podem ser feitos o segundo reparo daqui a um mês."
"Entendi." Nicolau acena a cabeça e caminha atrás da cadeira de rodas: "Obrigado. Vou entrar com contato com você um mês depois."
"Bem." Daniel acena e acompanha os olhos a saída deles.
Voltando para a enfermaria, enquanto Camila está prestes para se levantar, Nicolau abraça ela de ímpeto e coloca ela levemente na cama.
O movimento dele é claramente muito hábil.
"Na verdade já posso caminhar agora." Olhando ele, Camila não mostra muita emoção nos olhos.
"Antes, os ferimentos me doeram ao caminhar. Mas hoje eu tentei, e não me doem mais."
Nicolau concorda: "OK. Quando sair do hospital amanhã, caminhe por si própria."
Ela não expressa nada. Nicolau puxa a cadeira de rodas para o lado e começa a preparar a cama para ela.
"Daniel disse que hoje usou muito anestésico, apesar de ser somente anestesia local. Mas é melhor você dormir bem depois de voltar, e só poderia comer daqui a 4 horas, senão é possível vomitar."
Camila, por sua vez, só observa ele arrumando seus itens e remédios, com uma preocupação extremamente cuidadosa.
Por fim, ela pergunta de repente: "Você é muito familiar com Daniel. Na verdade, você é um daqueles irmãos de Lourenço."
Nicolau fica surpreso e fixa os olhos nela.
Camila tem sabido desde a última vida que Lourenço tem alguns irmãos de companheirismo firme.
Eles não se encontram frequentemente. Mas cada vez que Lourenço se reunisse com eles, sempre voltaria com um forte cheiro alcoólico.
E ela, só podia olhar ele de longe, ao invés de aproximá-lo. Depois da passagem dele, ela se sentia o cheiro deixado dele, como se estivesse juntamente com ele.
Ela já começou a duvidar Nicolau há cedo, só que não tinha certeza.
Mas agora, ela determina.
Nicolau abaixa a cabeça olhando para ela. O olhar da garota é muito franco. Embora tenha adivinhado isso, não mostra muita agitação no rosto.
Ele, pelo contrário, fica com a respiração meio perturbada quando a sua identidade foi adivinhada.
"Então?" ele pergunta.
"Então?" Camila depara com o olhar dele e pisca os olhos: "Nicolau, eu não te entendo."
Nicolau, porém, fica um pouco embaraçado. Se ela está chateada, bastar xingar ele e tudo passa.
Mas agora, ela se vê tão tranquila, não xinga nem briga, o que faz ele confuso, sem ter uma ideia de como se dar com ela depois.
"Foi Lourenço que mandou você para me cuidar? Começou desde quando? Na primeira vez que me tinha aproximado?"
"Não." Naquele momento, apenas estava uma pura curiosidade. Ele só queria saber qual é a caraterística tão especial dessa garota que deixa Lourenço obcecado a tal nível.
"Então porque é que você me procurou?"
"Pela curiosidade."
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