Chegando em casa, Miranda de repente teve uma mau pressentimento, mas pensou que fossem apenas as memórias do passado que ela carregava consigo, um lembrete constante do que aconteceria com sua família se ela cometesse o mesmo erro novamente. "Miranda querida, aquele rapaz, Matthew, fez você chorar de novo?", perguntou sua mãe.
"Olhe para você! Você está encharcada! O que aconteceu?".
A antiga Miranda, diante do questionamento de sua mãe, com certeza teria defendido Matthew e o elogiado para manter sua inexistente imagem de cavalheiro diante de sua família.
E não ficaria apenas nisso: desafiadora, ela teria discutido com os pais por causa dele, teria brigado com sua família mais vezes do que gostaria de lembrar e teria até fugido de casa. Mas tudo isso tinha ficado no passado, e era onde deveria ficar - na maldita vida anterior.
O mais importante era a família dela, não aquele filho da p*ta. Ela devia muito à sua família. Por eles, ela aguentaria as reclamações sem fim de sua mãe, se isso significasse que ela ficaria viva. Qualquer coisa era melhor do que ver sua mãe reduzida a fuligem e a um cadáver carbonizado. Pensando nisso, ela sentiu lágrimas brotando em seus olhos. Ela se jogou nos braços de sua mãe e se deleitou com seu amor e ternura. Só então ela começou a ir direto ao ponto: "Mãe, acho que vou terminar meu noivado com Matthew Louis".
"O que você disse?". Helen Smith ficou surpresa.
Tanto seu pai, Fredrick Yates, quanto Helen haviam sugerido isso no passado, mas sua amada filha insistia em se casar com Matthew. Agora, aquela mesma filha teimosa havia pensado melhor e estava disposta a terminar o noivado?
"Ah, querida...". Helen sentiu que sua amada filha devia ter se machucado por amor. "Você está mesmo decidida? Não está brincando comigo?".
"Eu não estou brincando. Estou decidida". Miranda abriu um brilhante sorriso. Agora havia uma confiança, uma arrogância distinta em seu belo rosto. Diferentemente de antes. "Quem esse idiota pensa que é? Quer saber, mãe? Eu sou boa demais para ele, de qualquer maneira. Azar o dele". Suas palavras refletiam seu orgulho e autoconfiança.
Helen ficou muito feliz, é claro. Ela sentiu que sua filha havia amadurecido bastante. Era como se... ela tivesse renascido.
"Você tem aula amanhã. Vá tomar banho".
Miranda concordou e subiu.
Ao passar pelo quarto do irmão, ela parou na porta e gentilmente a empurrou. Ela o viu jogando na cama com o laptop no colo. Ele bufou e resmungou: "Minha irmã malvada finalmente chegou em casa! A que devo a honra?".
Ela olhou para o irmão mais novo com carinho e não disse uma palavra sequer. Em sua vida anterior, Albert havia sido ferido e entrado em coma. Ele ficaria confinado à cama, respirando por aparelhos, pelo resto de sua vida. O Albert de agora ainda era tão inteligente e ativo quanto antes, e ele se importava com ela.
Do que ela poderia reclamar?
A primeira coisa que Albert percebeu foi a esquisitice da irmã. Ela parecia uma mulher mudada. "Você está estranha. O que houve? Menstruação? Ou alguém te agrediu?", indagou ele. O comportamento dela estava completamente estranho, ele percebeu.
"Nada. Eu só sinto muito sua falta. Muito mesmo. E eu quero que você saiba que eu te amo tanto, tanto. Você sempre será meu irmãozinho". Ela sorriu. Vendo que seu tímido irmão havia se enterrado embaixo da coberta, ela saiu de bom humor.
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