Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 182

A movimentação em torno do artigo não era das maiores, ficava claro que tinha sido diminuída para abafar o caso.

Sem alarde, a verdade não chegaria aos olhos de muita gente.

O blogueiro fez apenas uma publicação e parou por ali.

Eu franzia a testa, resoluto em buscar André.

Caso a Família Tavares planejasse valer-se do suposto distúrbio mental de Robson e de um episódio de crueldade contra gatos para virar a opinião pública contra o Grupo Tavares, era crucial estarmos a postos.

"André, preciso que me ajude a achar esse blogueiro logo. Quero ver as provas que ele diz ter" - eu rogava incessantemente, torcendo para que o blogueiro ainda possuísse as evidências para desmentir que Robson fosse um maltratador de bichos.

Refletindo com mais serenidade, comecei a achar que talvez tivessem me feito de bobo sobre Robson. Os cachorros de rua o seguiam, sinal de que ele era bom para os animais, e provavelmente não teria coragem de fazer mal a eles.

Mas era necessário ter provas.

André se debruçou sobre a investigação, enquanto eu vasculhava o sofá atrás de mais pistas nas postagens.

Contudo, a Família Tavares era rápida no gatilho, e logo a história de Adonis ferindo alguém ganhou os holofotes, seguida por posts a respeito de Fábio, o CEO do Grupo Macedo, que supostamente havia sido cruel com gatos anteriormente.

As pessoas reagiam incrédulas, questionando se aquele rapaz das ruas que maltratava gatos era o mesmo agora no comando do Grupo Macedo.

Será que o Grupo Macedo tinha perdido o juízo? Colocar um sem-teto como CEO?

Melhor me nomearem CEO e acabarem com isso logo!

A verdade é que o público adora ver os grandes caindo, o poderoso se sujando, a elegância manchada de lama.

Atacavam com ofensas, e logo isso recaiu sobre o Grupo Macedo.

A assessoria do Grupo Macedo se apressou em desmentir, prometendo esclarecer tudo.

Então, a cúpula do Grupo Macedo começou a receber uma enxurrada de telefonemas dos Macedo.

André atendia a cada um com uma paciência de Jó, todos repletos de impropérios.

Eu mordiscava meu dedo, consciente de que a noite seria longa e, se o interesse do público continuasse a crescer, pela manhã os homens de Evandro Macedo viriam pressionar Fábio a renunciar e a se desfazer de suas ações no Grupo Macedo.

Um aperto tomou meu coração, e passei a notícia para André, levantando-me para bater na porta de Robson.

Mas ele não me respondia.

"Robson? Desculpe, tudo bem?... Eu compreendi mal, Robson?"

De repente, a porta se abriu de supetão, e Robson, imponente, estava na penumbra do quarto, me olhando com olhos brilhantes e cheios de esperança: "Então, Luna dorme aqui?"

Fiquei sem palavras, diante daquele homem...

Os olhos de Robson estavam marejados quando ele estendeu a mão para mim: "Luna, um abraço, por favor, dói..."

Naquele instante, meu celular tocou, era Benito.

"Luna! A mãe do Adonis sofreu um acidente de carro a caminho da delegacia! Ela ainda está sendo atendida, e o responsável pelo acidente... dizem que foi a mando do Fábio."

Fiquei congelada por um momento, e sem pensar, voltei meu olhar para Robson.