Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 194

Eu estava confusa com as minhas próprias lágrimas.

"Luna... não chora" - Robson, meio sem jeito, secava minhas lágrimas e me abraçava: "Luna, já acabou, tudo já passou. Que tal se apaixonar por mim outra vez?"

"Fábio, eu vou te redescobrir" - murmurei.

"Perfeito."

Ele se iluminou de alegria.

Parecia que as coisas estavam se ajeitando.

Tudo iria ficar bem...

"Eu fui ver a irmã do Júlio hoje. Apesar das suas limitações cognitivas, parece que... ela está metida em alguns esquemas sombrios" - confessei em voz baixa.

Não tinha certeza se Robson sabia ou se eu deveria intervir, afinal, era a irmã do Júlio.

Robson ficou paralisado por um instante, um lampejo de pânico atravessando seu olhar: "Você foi vê-la?"

Confirmei com a cabeça.

"Não a visite mais, não acredite em nada do que ela falar" - disse Robson, ansioso, ainda segurando meu rosto: "Luna, a partir de agora, só confie em mim."

Percebendo o desespero de Robson, concordei sem hesitar: "Tudo bem, eu confio em você."

Robson finalmente relaxou.

O celular tocou e eu dei uma olhada; era Morgana.

Que surpresa.

"Lana, estou saindo do hospital."

"Você está louca? Liga para o Adonis quando sair, por que está me ligando?" - Respondi, especialmente porque estava de mau humor.

"Eu sei que você está com o Adonis." - Ela tinha um bom palpite.

"Ele está tomando banho, quer que eu o chame para você?" - Continuei a provocar Morgana.

Fiquei em silêncio por um momento, parada junto à janela, observando Robson, que me esperava pacientemente na cama.

Ele era tão dócil, parecia acatar tudo que eu dizia.

"Além do mais, eu sei sobre o relacionamento da Luna com esse doido do Robson e sobre a ligação deles com essa sequência de assassinatos! Se você quer saber a verdade, venha me encontrar!" - A voz de Morgana tremia, seu desejo de continuar viva era palpável.

Eu temia morrer, estava convencida de que Fábio era o assassino, por isso me chamou, acreditando que suas chances de sobreviver aumentariam, já que Fábio hesitaria em machucá-la para não me ferir ou ao bebê.

Eu sabia que Morgana queria me usar como 'refém' no momento crucial.

As palavras dessa mulher não eram confiáveis.

"Eu sempre soube daquela sala secreta no subsolo do orfanato... e também conheço os segredos sombrios que ninguém mais sabe. Você não quer descobrir?"

Ela me convenceu com sucesso.

Essas eram informações que ela se recusava a revelar à polícia, não importava como a pressionassem.

Talvez hoje, movida pelo medo, ela me contasse tudo.