Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 224

"Então, aqueles que o atormentavam agora estão todos ilesos?" Do outro lado da linha, Jorge perguntou com um tom carregado de significado.

Meu coração deu um pulo e meus olhos se arregalaram.

"O que você quer dizer com isso..."

"O fato de o pai do Ciro Macedo ter morrido e o tio Tom estar envolvido, até mesmo o Sr. Evandro e outros participaram, até agora, o destino do Tom, você já deve ter visto. E o Homero Macedo, que encobriu o assassino, agora também está acamado. Você realmente acha que tudo isso não tem nada a ver com o Fábio?" Jorge riu com desdém, abaixando a voz.

Fiquei em silêncio. Eu sabia muito bem que não confiava completamente em Robson no fundo do meu coração, mas eu sabia que o conhecia desde a infância, e eu sabia que ele tinha um bom coração..."Aquele louco acha que, por ter inchado meu rosto, eu não poderia te acompanhar? Ha, ele me subestima." Jorge soou desafiador, mesmo que sua voz soasse contida, provavelmente por causa do rosto inchado...Era difícil imaginar Jorge, que sempre teve uma aparência tão fria e distante, com o rosto inchado.

"Você chegou na Universidade Castelo?" Ele perguntou novamente.

"Sim, já cheguei." Olhei ao redor.

"Entre na universidade e entregue o telefone para o porteiro. Eu vou falar com eles e eles vão deixar você entrar. Siga as minhas instruções quando estiver lá dentro."

Não sabia o que Jorge estava tramando, mas segui suas instruções atravessando toda a Universidade Castelo.

Ele me instruiu a passar pelo campo de esportes, usar um portão lateral e chegar a uma fileira de apartamentos atrás da escola.

"Você está brincando comigo, não está?" Já estava perdendo a paciência e perguntei com os dentes cerrados.

"Por que eu brincaria com você? Estou logo atrás de você, do que tem medo?" Jorge falou, zombeteiro.

Olhei para trás e vi que de fato havia alguém me seguindo.

Ele estava com a aba do boné bem baixa, usando máscara e óculos escuros, e ainda por cima um capuz sobre o boné, parecendo um astro tentando passar despercebido.

"Você precisa disso tudo?" Ironizei, com um canto da boca torcendo.

"Posso perder a cabeça, mas não a beleza! Se ele arruinasse meu rosto, não precisaria me matar, eu me jogaria de um prédio." Jorge falou, cerrando os dentes.

As paredes estavam cobertas de grafites, fórmulas e números.

Era evidente que Robson tinha morado lá durante seu tempo na turma dos gênios.

"Se ele já tinha sido adotado pela Família Macedo quando estava na turma dos gênios, por que ele continuaria morando em um porão desses?" Perguntei, tocando levemente a parede e sentindo uma dor elétrica no peito.

"Ele é como um fantasma que não gosta de luz, prefere lugares sombrios." Jorge disse com raiva, abrindo a porta do porão com um rangido.

Entrei atrás dele, e o espaço estava vazio, com prateleiras cobertas por panos pretos nas paredes.

Jorge puxou o tecido preto e, naquele momento, fiquei paralisada.

O medo... começou a se espalhar a partir das pontas dos meus pés.