Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 232

Eu já imaginei inúmeras razões para Adonis não me amar mais, mas nunca pensei que seria eu a confusa, a amar a pessoa errada, a ser enganada, tudo isso sou eu. Uma fúria me sufocava por dentro, e eu tremia tanto que mal conseguia andar, como se estivesse à beira da loucura.

As lágrimas caíam sem que eu pudesse controlá-las, e tudo em minha mente e coração era Robson.

Ele estava de pé no meio da névoa, contra a luz, olhando para trás, para mim.

Por quê, Luna? Por que esquecer dele, por que apagá-lo completamente, por que achar que é justo... amar outro com tanta paixão e dor?

Por que...

Eu corri para a escada de emergência, chorando, e dei um tapa forte no meu próprio rosto.

"Por que..." Eu me questionava, por que não consigo me lembrar, por que não consigo!

"Ah!" Eu estava tão desesperada que desabei, agarrando meus cabelos e gritando baixo no canto, por que não consigo me lembrar de tudo, por que eu tinha que esquecer o Robson.

Por que eu fazia de Adônis meu apoio.

Então, eu deveria morrer, certo?

Porque eu 'traí' o Robson.

Então, mesmo que ele me matasse, eu mereceria, eu deveria morrer.

Eu mereço!

"Luna..."

Na escada de emergência, Robson estava com a roupa de paciente, e seus dedos pingavam sangue.

Eu levantei o olhar, vi-o e, sem conseguir me conter, baixei a cabeça e continuei a chorar.

"Você não me quer mais..." Robson se aproximou, sua voz rouca ao falar.

Eu olhei para ele, como se estivesse olhando para meu santo padroeiro.

Ele não é um demônio, nunca foi."Fábio..." Estendi minha mão para ele.

Ele agarrou minha mão ansiosamente, seus olhos inquietos.

"Você é um idiota..." Como poderia um gênio ser como ele?

Ele me puxou para seu abraço, segurando-me com força. "Sim, eu sou um idiota..."

Os dedos de Robson congelaram por um instante, frios. "Não se force a lembrar... assim está bom."

Ele abaixou a cabeça, beijando suavemente as lágrimas no canto dos meus olhos.

Seus gestos eram tão leves, como se estivesse manuseando sua mais preciosa obra de arte...

De repente, me lembrei daquele porão que Jorge me levou, cheio de vitrines de vidro e espécimes de animais.

"Robson... por que você coleta esses corpos de animais, esses pequenos animais, foi você quem os matou?" Perguntei baixinho.

O olhar de Robson passou por um momento de pânico e evasão.

Olhei para Robson, nervosa, com medo de que as amostras de animais nas vitrines fossem realmente mortas por ele.

"Não... foram presentes de outras pessoas." Robson olhou para baixo, puxando os dedos com força.

Eu hesitei, Robson estava mentindo ou eram realmente presentes de amigos?

Não sei por que, mas a primeira pessoa que me veio à mente foi Júlio, alguém que desapareceu ainda mais completamente da minha memória.

Olhando para as fotos da casa de Júlio na irmã dele, fica claro que nós três tínhamos um relacionamento decente, pelo menos o suficiente para tirarmos uma foto juntos, mas eu não tenho absolutamente nenhuma lembrança dele.