Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 240

As chamas selvagens não podem ser completamente extintas; quando a brisa da primavera sopra, elas renascem. Se não erradicarmos essas ervas daninhas, mais cedo ou mais tarde elas ressurgirão.

Portanto, tudo o que resta é pedir ao jardineiro que trabalhe mais, que capine com mais frequência. Mesmo que não consigamos arrancar as raízes, pelo menos podemos intimidar essas ervas daninhas para que não cresçam tão rapidamente e tenham que ser arrancadas" murmurou Robson.

Eu sabia que havia um subtexto em suas palavras, mas como ele e André não me poupavam, fiquei sem jeito de perguntar.

"Que tal irmos ao teatro?" - Depois do jantar, Robson perguntou, apoiando-se em meu ombro.

Com André ausente, ele voltou a agir como se não pudesse se desgrudar de mim.

"Eu te levo ao teatro." - Levantei uma sobrancelha e peguei na mão de Robson: "Imagino que Humberto e Dona Batista devem estar loucos para me devorar agora."

Afinal, deixei a preciosidade deles pendurada numa viga a noite toda. Eles devem estar sofrendo.

"Estou aqui com você" - disse Robson seriamente, levando-me para longe.

Eu o segui, comentando distraidamente: "Suas pernas são tão longas..."

Nos últimos anos, esse garoto deve ter se alimentado de fertilizantes, não é possível. Em minha memória nebulosa, ele tinha cerca de um metro e oitenta quando lhe dei roupas, mas agora... ele deve ter cento e oitenta e oito.

Robson virou-se para mim com um sorriso tolo e piscou: "Tudo muito longo.."

Fiquei sem reação por um momento, até perceber que ele mantinha o olhar mais inocente enquanto dizia as palavras mais sugestivas.

...

Na casa dos Macedo.

Assim que entrei, Rafaela veio correndo em minha direção.

Robson ficou na minha frente, olhando friamente para Rafaela.

Ela tropeçou e não conseguiu se segurar, caindo no chão enquanto nos esquivávamos.

"Não precisa se curvar para nós assim tão cedo" - disse Robson com seriedade.