Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 299

Hesitei por um momento e desviei meu olhar em direção a Adonis.

"Não consigo me recordar de ter tido um cachorro..."

Estava, de fato, mentindo.

Adonis ficou confuso por um instante, antes de mudar de assunto: "Luna, se não se lembra, melhor esquecer, não vale a pena ficar remoendo, até porque não é uma boa recordação."

Fui para o meu quarto e, antes que Adonis pudesse me seguir, tranquei a porta.

Apoiada nela, peguei meu celular para entrar naquela conta, ciente de que meus pais tinham um perfil nas redes para documentar meu crescimento.

"Luna..." - Do lado de fora, Adonis não tinha se mandado.

Parecia ter um monte de coisa para falar.

Mas eu, sinceramente, não estava afim de ouvir.

"Luna... me desculpa, sei que qualquer coisa que eu falar agora é em vão, mas eu..."

"Senhor, a Sra. Morgana caiu do sótão e parece que se machucou feio."

Adonis ainda estava falando, e Morgana já estava aprontando das suas.

Essa manobra para chamar atenção era bem baixa.

Como esperado, Adonis foi ao encontro de Morgana.

Ele realmente estava atarefado.

Eu até me divertia vendo ele se desdobrar por causa de Morgana, caindo direitinho na armadilha dela.

Mal podia esperar para ver a cara de Adonis ao descobrir que quem o salvou naquele dia não foi Morgana, e sim Luna.

Quando Adonis foi sequestrado, fui eu quem despistou os sequestradores, mas Adonis, ao acordar, viu Morgana ao seu lado.

Fui capturada pelos sequestradores, nocauteada e internada, fiquei desacordada por vários dias...

Quando despertei, soube que Adonis e Morgana estavam juntos.

Que ironia...

Naquele tempo, fui ingênua, fiquei chateada por bastante tempo.

Logando na conta, deitei na cama e comecei a explorar.

Desde o meu primeiro dia de vida, meus pais registraram minha história.

"A pequena princesa chegou." - No dia do meu nascimento, a foto que meus pais postaram tinha quatro pessoas: eu, eles e Felipe.

A pessoa que me segurava era Felipe.

Ele sorria, mas parecia tão inquietante que me dava arrepios só de olhar.

Sacudindo a cabeça para clarear os pensamentos, deitei-me na cama e fingi estar dormindo.

"Senhorita, está na hora do jantar." - Lá fora, a empregada batia na porta.

Não respondi.

"Senhorita?"

A empregada se afastou em silêncio.

Não demorou muito, ela voltou a bater: "Senhorita, está na hora do jantar."

Eu continuava em silêncio.

Ela foi embora mais uma vez, e logo o som de um carro entrando no pátio ecoou.

Levantei-me e fui até a janela, de fato, um carro havia estacionado no pátio da Família Tavares, e quem saiu foi Felipe.

Inconscientemente apertei a cortina com força, escondendo-me atrás dela.

Felipe apareceu de novo... teria sido Adonis quem o mandou?

Parecia que ele estava tentando se confessar para mim, mas, na verdade, ainda pretendia apagar a minha memória junto com Felipe?

"Senhora, está na hora do jantar" - anunciou a babá, batendo na porta mais uma vez.