Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 335

Felizmente, Benito estava no telefone e Mafalda achou que eu não fui dura o suficiente "Ele não merece nem a sarjeta, devia ser jogado numa fossa."

Mafalda era tão severa que, de repente, fez meus comentários impensados parecerem insignificantes.

Eu olhei nos olhos de Jorge e vi sua expressão de suspeita se dissipar lentamente.

Benito desligou o telefone e olhou para Jorge: "O caso dos cadáveres foi encerrado?"

Jorge ficou confuso por um momento: "Resolvido?"

"O chefe ligou e disse que minha cooperação na captura foi bem-sucedida. Ele elogiou minha bravura ao me ferir e disse que isso contribuiu para o fechamento do caso dos cadáveres. Ele disse que eu receberia uma placa de honra da nossa delegacia de trânsito..." - Benito fez um pequeno espasmo na boca, pensando que iriam restaurar seu cargo, mas estava enganado.

"Só isso?" - Jorge rosnou.

"Me deram também férias prolongadas... disseram para voltar ao trabalho quando o braço estiver curado."

Jorge coçou a cabeça: "O caso foi encerrado assim tão rápido? Hm..."

Era óbvio que alguém estava pressionando por cima. Um caso de assassinato em série arrastado por tanto tempo sem uma resolução completa, e agora que esse suposto caso dos cadáveres foi resolvido, eles tinham que fechar rapidamente o caso, senão as pessoas entrariam em pânico.

"Vocês dois podem voltar para casa, vou verificar o que está acontecendo." - Jorge se virou e foi procurar os superiores.

Olhei para Robson, ele ainda estava me abraçando, relutante em me soltar.

Adônis resmungou e virou-se para sair.

"Gerente Tavares, você perdeu..." - Robson não deixou de provocar com uma voz irônica.

Ele falou com cautela, com medo de me deixar com raiva.

Adônis ficou com o rosto escuro de raiva: "Infantilidade!"

Robson bufou, apertando o abraço em mim, e então, alto o suficiente para todos ouvirem, insultou Adônis: "Sem vergonha, ela é minha esposa, temos certidão de casamento, protegida pela lei."

Adônis, tomado pela fúria, quis avançar, mas foi impedido por Morgana, que chorava: "Adônis, vamos embora..."

Ele sacudiu Morgana com fúria e se virou para sair.

Morgana olhou para trás, um sorriso frio e mal percebido cruzando seu olhar.

Parecia que ela estava tramando algo e estava prestes a ter sucesso.

Eu ri desdenhosamente, curiosa para ver que ondas ela ainda poderia criar.

"O sujeito confessou, admitiu que matou de propósito. Ele também era do número trinta e sete da rua Marítima, na área a ser demolida, disse que ele e o homem que cometeu suicídio haviam falido na busca por uma criança e ainda revelou um caso de tráfico de pessoas..."

"O caso do cadáver pode ter sido encerrado, mas agora há essa história de tráfico humano."

Assim que saí da área do escritório, ouvi dois policiais discutindo o caso do cadáver.

"Na minha opinião, esses dois também mereciam morrer, os traficantes de pessoas devem ser punidos."

Parei e olhei para Benito.

As duas pessoas mortas estavam relacionadas a desaparecimentos?

O suicídio, a garota de dezoito anos desaparecida, as vítimas assassinadas...

"Rua Maritima... número trinta e sete." - murmurei baixinho, de repente me sentindo tonta.

Aquele lugar era o último 'favelão' da Cidade Labirinto.

Havia trabalhadores de outras cidades e catadores de material reciclável sem teto e sem dinheiro, todos representantes das camadas mais humildes da sociedade.

O homem que cometeu suicídio pulando do prédio era Gregório, um professor do ensino fundamental. Sua esposa trabalhava como enfermeira no hospital municipal. O casal, embora não fosse muito rico, levava uma vida modesta e feliz.