Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 378

Mafalda revirou os olhos: "Não é o que você está pensando? Não foi nem paquera, apenas convivência, sem nenhum... outro tipo de relacionamento."

Eles nem namoraram e ela já queria que Benito pedisse casamento. Não foi surpresa que Benito tenha fugido.

Mas Mafalda sabia que o seu coração já tinha sido tocado por Benito.

"Ser casado traz felicidade?" - Sussurrei para Mafalda.

Mafalda saiu e olhou para mim: "Irmã, você se casou primeiro."

Ela olhou para mim de uma forma que me fez sentir culpada.

"Você está feliz?" - ela me questionou novamente.

Eu pensei um pouco: "A rotina pode ser assustadora."

Olhando para o celular, quando Robson desligou na minha cara, entrei em pânico.

Depois de me casar, fiquei feliz?

Bom...

Parecia que felicidade era uma palavra distante para mim.

Fui morto sem motivo, renasci sem explicação... e ainda no corpo de uma mulher completamente desconhecida.

Sem motivo, ao meu lado estava Robson, que eu erroneamente pensei ser um assassino.

Parecia que todo o drama da vida estava acontecendo comigo.

Queria perguntar a todos, o que vocês fariam no meu lugar? Eles realmente fariam melhor?

Neste ambiente cheio de tensão, dúvida e perigo.

Não sabia como ser feliz, como sobreviver.

"Já não espero mais pelo amor" - Mafalda deu de ombros: "Prometi à minha mãe que iria a um encontro às cegas, hoje à noite às sete. Logo mais tenho que ir."

Mafalda aceitou ir ao encontro, mas via-se que não estava contente.

"Vai mesmo nesse encontro às cegas?" - quis dissuadi-la, mas não sabia como.

"Se não me casar logo, minha mãe vai me enlouquecer" - Mafalda suspirou.

Sua família era sufocante.

"Até para o Benito tenho que me casar rápido, senão minha mãe não vai deixá-lo em paz... você sabe.”

A mãe de Mafalda foi uma daquelas mulheres que, depois de um amor frustrado, tornou-se neurótica, obsessiva e controladora.

Na escola, já tinha causado escândalos com os colegas de Mafalda, dos quais todos sabiam.

Mafalda foi à reunião.

O céu estava escuro e chovia.

A partir daí observei a Mafalda e vi ao longe um carro que imediatamente reconheci como o de Benito...

Pude perceber que Benito também tinha sentimentos por Mafalda, mas eram como ouriços com espinhos.

Se ele se aproximasse, ambos temiam machucar o outro, então optaram por manter distância.

Fiquei na chuva, sentindo o cheiro da terra.

Não sei por que, mas senti o cheiro da morte.

"Ah, ah" - o surdo-mudo gesticulou para que eu voltasse para o quarto, para não ficar na chuva.

Voltei para o quarto e me senti na banheira vazia, continuando a ligar para Robson.

Ele desligava, eu ligava de novo.

Depois de várias tentativas, ele simplesmente desligou o telefone.

Enterrei a cabeça entre os joelhos.

Confiar completamente em alguém era tão fácil de dizer, mas tão difícil de fazer.