Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 449

"Chegou a hora de irmos" - André nos chamou após terminar seus preparativos.

"Vão vocês, só consigo sair do hospital amanhã, o Benito deve vir me buscar" - Mafalda me disse, acenando e me dando um abraço: "Vá para casa e descanse, não pense em mais nada."

Assenti, seguindo Robson mecanicamente.

Percebendo minha preocupação, Robson falou baixinho: "O teste genético da Mafalda não mostrou problemas, foi realmente só sorte."

Olhei para Robson, aliviada: "Graças a Deus..."

Levantei a mão e massageei a testa, percebendo que estava realmente muito ansiosa.

Até o médico parecia suspeito para mim.

"Não se preocupe, estou aqui com você" - Robson me tranquilizou em voz baixa.

"Esse Seraphim..." - comecei, querendo saber mais sobre ele e sobre o que ele propôs em termos de colaboração.

"Há três anos, ele veio me procurar no orfanato, sabia que eu estava fingindo ser boba" - Robson segurou minha mão e me guiou para o elevador: "Ele é perigoso, senti isso desde o primeiro momento em que o vi. Ele apresentou evidências criminais de organizações genéticas e me contou como, há mais de vinte anos, os círculos de capital começaram a se envolver em modificações genéticas... Os ricos começaram a secretamente manipular genes, usando seu próprio esperma e óvulos de alta qualidade, além de barrigas de aluguel, para criar uma população de alta inteligência, garantindo a perpetuação de seus negócios e famílias."

Onde há capital, há pecado.

Isso nunca muda.

"Mas a edição genética, no fim das contas, é uma questão controversa. Cientistas e pesquisadores propuseram o conceito, que foi testado e verificado em animais, mas essas práticas antiéticas foram proibidas mundialmente. Assim, surgiu um grupo criminoso que secretamente realizava experimentos em humanos, essas pessoas eram os chamados 'sujeitos de teste'..."

Claramente, eu e Lana éramos algumas dessas sujeitas de teste, e provavelmente havia muitas outras com o mesmo genoma ao redor do mundo.

"Para manter os investimentos dos ricos nessa pesquisa, eles colocavam esses sujeitos de teste em barrigas de aluguel comuns, nascendo, crescendo e vivendo como qualquer um. Registravam cada detalhe de suas vidas, observando sua inteligência superior, agudeza e vigor físico acima da média, seja no esporte, nas finanças, na ciência ou em qualquer outro campo."

"Com esses dados de sucesso, atraíam mais interesse e mais investimentos dos ricos, que começaram a usar seus próprios 'filhos', ou seja, embriões, como peões e cobaias em experimentos de edição genética."