Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 459

Ao sair do porão, senti uma dor na cintura que me impedia de me endireitar completamente...

Olhei para trás, desanimada, e percebi que Robson evitava meu olhar, claramente desconfortável. Ele sussurrou uma explicação: "Luna, aquele colchão era péssimo, pedi ao André para trocá-lo."

"Deveriam ter trocado você." - Eu disse, cerrando os dentes.

Robson imediatamente segurou minha mão: "Não dá, está no contrato, sem devoluções ou trocas."

Olhei para a mão de Robson, mas não a afastei, permitindo que ele me guiasse para fora.

Começou a chover lá fora, algo que não tínhamos percebido estando no porão.

Eu gostava daquela sensação de total isolamento, como se isso pudesse me proporcionar uma segurança que nunca experimentei antes.

Era como se estivesse completamente separada do mundo exterior, sem saber se era dia ou noite, se chovia ou fazia sol.

"Luna!" - Adonis me viu saindo e correu preocupado em minha direção: "Você está bem...?"

"Você esperava que eu não estivesse?" - Eu perguntei, parada na chuva enquanto Robson segurava o guarda-chuva sobre mim.

Adonis estava encharcado, com um olhar triste: "Peço desculpas por Morgana..."

Eu sorri ironicamente: "Você pede desculpas por Morgana? E quem te deu esse direito?"

"Luna, por que você sempre interpreta tudo errado? Eu só... não cuidei dela direito e ela quase te machucou, me desculpe." - Adonis parecia realmente angustiado.

Eu fiquei em silêncio, apenas olhando para o guarda-chuva sobre minha cabeça.

Enquanto Robson segurava o guarda-chuva para mim, ele sempre o inclinava na minha direção, mas me lembro que Adonis nunca havia feito isso por mim.

Não só nunca segurou um guarda-chuva para mim, como também destruiu os que eu tinha.

Sabendo que eu tinha medo de tempestades, ele usava isso para me punir de uma forma que me aterrorizava.

Mesmo que fosse para se 'vingar' de algo que eu fiz quando era criança.

O amor tardio é mais barato que grama, essa é a verdade.

No carro, Morgana abaixou a janela, seu rosto estava molhado pela chuva e ela me olhou com ressentimento, como se sua palidez revelasse todo o seu ódio por mim.