Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 546

Nuno ficou em silêncio, parecendo estar perdido em seus pensamentos...

Como um turista no cruzeiro, Paulo havia perdido sua família e vivenciado um massacre. Agora, encontrava-se escondido, chorando baixinho.

Mafalda estava pálida e tossia de vez em quando.

Percebendo que algo estava errado com Mafalda, Paulo rapidamente foi verificar. "Ela está com febre, pode ser um risco de infecção. Precisamos de antibióticos."

Como médico, Paulo podia ver que a situação de Mafalda era realmente grave.

Benito sentiu um aperto no coração e se aproximou, tocando a testa de Mafalda. "Por que não disse que estava se sentindo mal?"

Com os olhos marejados, Mafalda balançou a cabeça. "Não queria preocupar vocês..."

Eu apertei as mãos, dando um passo à frente. "O centro médico deste cruzeiro deve ter todos os medicamentos necessários. Me diga o que precisa que eu vou buscar."

"Está muito perigoso lá fora," Paulo falou nervosamente.

Sair significava arriscar a vida.

Com certeza o caos já havia se instalado lá fora, e como os recursos eram acessados com cartões de cabine, eles com certeza controlariam os medicamentos. Qualquer um que precisasse de alguma coisa teria que ir ao centro médico.

E o centro médico, com certeza, era um lugar perigoso agora.

"Não sabemos quando esse cruzeiro vai atracar, se é que vai. Ela não pode continuar assim," eu disse firmemente.

Mesmo que fosse entrar na boca do lobo, eu tinha que tentar. Mafalda... não podia morrer.

Ela era minha melhor amiga, isso era tudo o que eu sabia.

Mafalda me olhou, fechou os olhos e as lágrimas começaram a cair. Ela queria dizer algo, mas parecia não ter mais forças.

"Eu vou com vocês," Benito disse, sabendo que eu definitivamente iria.

"Ah, não, ir só vocês é muito perigoso. Melhor irmos todos juntos," Jorge disse, espreguiçando-se e olhando para Nuno.

Nuno voltou a si e concordou. "Sim, vamos juntos."

Depois, esfregou os olhos. "Essas crianças são muito parecidas com vocês..."

Eu sorri. "Este é meu filho e minha filha, acabaram de nascer, mãe sem dor, já nascem sabendo andar."

Mafalda arfou. "Sério?"

Marcelo Macedo, educadamente, falou com Mafalda. "Oi, Tia Mafalda, eu sou Marcelo Macedo, e minha irmã se chama Aline."

Mafalda ficou emocionada por um momento, olhando para mim. "Eu vou cuidar deles. Vocês cuidem de si mesmos e voltem logo."

Eu acenei com a cabeça, lançando um olhar para Robson e os outros. "Todos nós precisamos voltar em segurança."

"A farmácia fica no subsolo do posto de saúde, para chegar lá, com certeza temos que passar pelo posto de saúde. Vai ser uma batalha difícil," Nuno comentou baixinho.

Eu entendi, essa ida ao posto de saúde seria uma missão quase suicida.

Mas Mafalda estava com uma febre que não baixava, e nós não podíamos simplesmente assistir ela sucumbir à infecção.