Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 565

No fim do corredor, iluminado pela luz que se infiltrava, havia uma silhueta muito familiar, André Varela.

O mordomo da família Macedo, pai adotivo de Nuno, uma das pessoas em que Robson mais confiava.

Ele parecia preocupado, franzindo a testa ao olhar para mim, fez um sinal para que seus acompanhantes agissem. "Prendam todos eles."

Nuno olhou para André, chocado. "Pai?"

André não respondeu a Nuno, seu olhar era estranhamente distante.

Mas Nuno se recuperou rapidamente, permanecendo em silêncio.

André era do Lutador?

"Por quê?" Eu perguntei.

Por que trair a confiança de Robson?

Sendo do Lutador, mas escondendo-se ao lado de Robson por tantos anos.

"Como você pode ter tanta certeza de que o jovem mestre não é do Lutador?" André perguntou com um olhar significativo.

Fiquei em silêncio, sem resposta.

A essa altura, eu acreditaria até se me dissessem que o líder do Lutador era um cachorro de rua.

Tudo parecia ter feito um ciclo completo, retornando ao início.

Desde a primeira vítima dos assassinatos em série até a morte de Luna, minha ressurreição... e vítimas se tornando agressores, como peças de um teatro cuidadosamente planejado, revelando no final, os mesmos suspeitos de sempre.

André faz parte do Lutador, Robson realmente não percebeu nada?

Não duvido do afeto de Robson por mim, mas sim de suas intenções.

Se Robson fosse do Lutador, matar Luna seria uma maneira de provar sua lealdade à organização de clones?

"Por que você odeia tanto a organização de clones?" Eu entendia meu próprio ódio; éramos vistos como menos que humanos, nossa existência era parte de uma grande conspiração. Mas e André?

"Provavelmente também foi ferido por eles," disse Primeira, a uma curta distância, com um tom sarcástico.

André permaneceu em silêncio, mas eu suspeitava que tinha a ver com sua família.

"Uma vez... por causa da Família Macedo, descobri sobre essa tal organização de clones. Eles prometiam que, com dinheiro, poder e status, poderiam trazer os mortos de volta à vida com tecnologia de clonagem genética..." André deu uma risada amarga. "Disseram que poderiam criar uma cópia idêntica de uma pessoa, com o mesmo DNA... até a personalidade poderia ser a mesma."

"Acreditei neles, pedi que preservassem o corpo da minha irmã, prometendo que, quando tivesse recursos, traria minha irmã de volta... Até me tornei peão deles, agindo como informante dentro do Grupo Macedo..."

André falou baixinho.

Ele era originalmente membro de uma organização de genética.

"Diziam que Ciro Macedo, o poderoso chefe, havia se tornado um traidor da organização. Ele não apenas cortou o financiamento que permitia à organização prosseguir com seus projetos, mas também tentou impedir suas pesquisas sobre clonagem e tecnologia genética. Sob a lavagem cerebral deles... eu acabei revelando informações sobre o chefe Macedo... Isso levou as pessoas da organização a eliminarem o chefe Macedo!"