Minha Morte！Sua Loucura！ romance Capítulo 783

Seraphim puxou o ar com um suspiro de surpresa. "O Fábio... ele morreu de verdade..."

Luna lançou um olhar indiferente na direção de Seraphim.

Ele ficou sem coragem de falar mais e se afastou para se esconder em um canto.

Tainá permaneceu em silêncio, apenas lançando um olhar para Luna.

Luna sentou-se onde estava, com os olhos fechados, em silêncio.

"Acabou... Ninguém aqui vai conseguir escapar," Seraphim finalmente falou, percebendo que tinha sido um engano acreditar nas palavras de Luna.

"Se ela não estivesse completamente segura, não teria vindo. Desde que pisou neste navio cargueiro, estava apostando..." A voz de Tainá era grave, sinalizando para Fábio ficar quieto. "É melhor você calar a boca e ficar quieto por um tempo, senão... se a deixarmos irritada, aí sim estaremos perdidos de verdade."

Tainá conhecia muito bem o estado em que Luna se encontrava agora.

Na época do orfanato... Se Luna se irritasse, ela não hesitaria em usar uma faca.

Fábio sentiu um arrepio nas costas e decidiu se resignar ao destino, fechando os olhos sem dizer nada.

Luna permanecia quieta, recostada no canto, exausta e precisando recuperar suas energias.

"Você ainda está aqui..."

Naquela noite, Luna teve um sonho em que estava presa na escuridão.

Ela chamava incessantemente pelo nome de Robson, esperando por uma resposta.

Mas Robson não lhe deu nenhuma resposta.

"Há tanto lixo, alguém tem que lidar com ele. Assim como os garis que nunca param, um após o outro, alguns trabalhos precisam ser feitos... Mesmo que aos olhos dos outros, os garis sejam vistos como o lixo da sociedade," Tainá disse com um sorriso irônico. "Assim como muitos ricos hoje em dia, que se consideram nobres, pisoteando os benefícios sociais e desprezando todos... Mas a sociedade é construída por diferentes camadas, sem os trabalhadores, como eles poderiam sustentar suas vidas luxuosas?"

Tainá se levantou, olhando para o feixe de luz que entrava. "Um arranha-céu começa do chão; é um devaneio querer construir sem uma fundação sólida."

"E então? Qual é o seu objetivo ao se juntar ao Lutador? Exterminar esses 'nobres', eliminar a estratificação social, criar um mundo supostamente igualitário?" Luna pensou que a ideia de Tainá era ingênua demais. "Onde há pessoas, há sociedade, e a imprevisibilidade do coração humano cria a diversidade desta sociedade. Mudar isso é praticamente impossível."

"O dinheiro tem poder, esses ricos já formaram uma grande rede, controlando o mundo inteiro! As pessoas da organização genética controlam o pulso da economia global, e a filial na América Latina é apenas uma parte dela! Se pudermos seguir a trilha, utilizando a tecnologia de renascimento... Se não conseguirmos em dez anos, tentaremos em vinte, trinta anos. Não acredito que, vivendo cem, duzentos anos, não possamos chegar ao topo!"

Tainá tentava convencer Luna a trabalhar para o Lutador.

Utilizando a tecnologia de renascimento para permitir que um pequeno grupo de pessoas renascesse secretamente, até que estivessem por trás dessa vasta rede, como os verdadeiros manipuladores.

"Luna, nós somos gênios, temos o poder de dominar o mundo. Deus nos criou para sermos superiores, para sermos seus braços direitos e esquerdos!" Tainá apontou para sua própria cabeça.