O Labirinto de Amor romance Capítulo 109

Vendo seu cenho franzido, eu continuei:

- O perigo de Nexia dessa vez foi apenas o seu plano de fazer uma eliminação. Em apenas poucos dias, você eliminou todos aqueles acionistas que não aguentaram, e comprou as ações de volta com um valor baixíssimo. Quando Nexia voltasse ao normal, você os venderia novamente com valores altos, e então, o valor de mercado de Nexia vai aumentar quase em dobro.

Ele era o dono da empresa, ele deve estar mais do que ciente disso.

Vendo que minhas adivinhações realmente estavam próximas da verdade, ele disse:

- Mas você é a minha esposa, eu não tenho motivos para te arriscar!

Eu ri com essas palavras.

- Guilherme, você realmente me considera a sua esposa?

Tinham poucas pessoas importantes na empresa, e claro que Guilherme não jogaria a culpa em Vinícius ou em Pietro, já que eles tinha enfrentado a vida e a morte juntos.

A pessoa mais adequada para assumir a responsabilidade, só podia ser eu!

- Kaira, muitas coisas nesse mundo, não são tão fáceis como você imagina. Você é esperta, mas ainda não é capaz de ver tudo com clareza.

Dava para ouvir o cansaço em sua voz.

Eu não falei mais nada, apenas acalmei meus nervos encostada na cama e então me levantei.

- Vá trabalhar, eu vou dar uma volta lá embaixo.

Joana estava cuidando das plantas tortas depois da chuva, e ela sorriu ao me ver.

- Acordou? Está se sentindo bem?

Eu assenti e olhei para a framboeseira que tinha no jardim. Sob ela, estava repleta de framboesas maduras pelo chão.

Acabei de me recuperar de uma febre danada, e estava contente, então procurei uma cesta e recolhi as framboesas boas do jardim. Vendo as frutinhas suculentas na cesta, eu não me contive e peguei uma, enfiando na boca.

- Gulosa! - disse Guilherme atrás de mim. Ele era mais alto que eu, veio até mim e pegou a cesta, dizendo. - Tem bichos no jardim, e já sai enfiando na boca sem lavar, daqui a pouco fica com dor de barriga!

Ele entregou a cesta para Joana e mandou ela que deixasse mergulhado em água e sal por um tempo.

Joana olhou com malícia para nós dois e foi embora.

Eu levantei a cabeça e olhei para as framboesas que eu não alcançava, e então me virei para Guilherme.

- Recolha as framboesas que estão no topo, senão vão apodrecer e cair daqui a uns dias, e seria uma pena!

Ele olhou para mim, mas não se apressou em estender a mão para recolher as frutinhas. De repente, se curvou e me pegou no colo. Eu ainda não tinha caído a ficha e já estava sentada em seus ombros.

- Sente-se firme, não caia!

Eu fiquei tonta por um instante, então me segurei na sua cabeça por instinto. Nem acreditei, ele estava me deixando puxar a cabeça dele?

- Ande logo! - ele disse em tom baixo.

Eu estava bem mais alta do que o costume, e me senti estranha por isso. Logo, estendi as mãos e comecei a arrancar as framboesas.

Mas como não tinha uma cesta, eu parei no ar, e então tive uma ideia brilhante: enfiei tudo na boca de Guilherme.

Ele estava ocupado me segurando pelas pernas, então só pôde aceitar as framboesas que eu enfiava em sua boca.

Depois de comer várias, ele disse:

- Diga à Joana para trazer a cesta, não fique jogando na minha boca, não consigo comer tantas.

- Você não disse que se comer assim vai ficar com dor de barriga? Coma mais, quero ver se você vai ou não ficar com dor de barriga. - eu disse enquanto arrancava as frutas da árvore.

Joana trouxe a cesta e se deparou com a cena, se espantando.

- Meu Deus, tomem cuidado! Já está com barriga de cinco meses e ainda fica escalando assim tão alto, e se cair? Temos escada em casa, não precisam fazer isso, não é seguro!

Vendo o desespero de Joana, eu coloquei as framboesas dentro da cesta e sorri.

- Não se preocupe, só tem mais algumas, é rapidinho!

Quando terminei de catar todas as framboesas maduras, me apoiei na cabeça de Guilherme e disse:

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