O Labirinto de Amor romance Capítulo 110

Mesmo que Guilherme tem tido pouco contato com Lúcia, mas eu não aguentava ouvir nada sobre eles, mesmo que fosse apenas um pouquinho, já era o suficiente para sentir meu coração sendo dilacerado por milhões de formigas.

- É por causa de Guilherme? - Esther perguntou, suspirando. - Kaira, gestantes costumam ter emoções instáveis, talvez você apenas esteja muito sensível.

Ela deu uma pausa antes de continuar:

- Que tal assim... Eu vou contatar John para que volte pro país e dê uma olhada em você, talvez ele possa ajudar.

- Hum. - eu concordei. Ouvi a porta do quarto de abrindo, era Guilherme. - Então se cuide direito aí!

- Ok! - ela respondeu e fez uma pausa antes de continuar. - Não conte a Vinícius que estou aqui.

Guilherme veio até mim, tinha uma tigela de framboesa nas mãos.

Eu a respondi um ok e desliguei.

Vendo que eu terminei a ligação, ele se sentou ao meu lado e estendeu uma framboesa para a minha boca, dizendo levemente:

- Experimente.

Eu balancei a cabeça, sem mesmo nenhuma vontade de comer.

Vendo que eu estava descontente, ele não falou nada, apenas ficou me fazendo companhia em silêncio. Depois de um tempo, ele trouxe uns arquivos do escritório e começou a ver ao meu lado.

Eu não tinha o que fazer, então procurei um livro e fiquei lendo.

Esther era rápida nas coisas que fazia, quando John me ligou, eu já estava quase dormindo com o livro no colo, e a ligação me despertou.

Guilherme estava atento nos arquivos quando ouviu o toque do meu celular. Ele levantou os olhos para mim, e então voltou para os arquivos.

Eu atendi a ligação e fui para a varanda.

- John!

- Porra! Se Esther não me procurasse, eu acharia que você tinha morrido! - disse ele. O jeito de John não tinha mudado nada, continuava o exagerado e tagarelo de sempre.

Ignorei suas palavras e perguntei:

- Você ainda está no exterior

John era meu colega de faculdade, e ele foi para o exterior depois que nos formamos para fazer pós-graduação em psicologia. Eu era uma pessoa fria e fechada, depois de me formar, casei com Guilherme, então perdi quase todos os contatos da época.

Ele começou a falar sem parar:

- Sim. Onde você está? Ainda está na Cidade de Rio? Ah, e como está a sua saúde?

Eu franzi o cenho, não querendo muito falar disso, então falei:

Mais ou menos, quando volta pro país?

- Daqui a um tempo! - ele deve estar tomando água, e continuo depois de uma pausa. Quando tiver tempo, dá uma passada aqui na Nação M, Esther me contou sobre a sua situação, creio que seja depressão pelos sintomas. Podemos conversar melhor quando estiver aqui!

Senti uma dor nas têmporas, então as massageei.

- Entendo.

- Kaira, leve isso à sério, isso pode levar à morte!

Eu sabia que ele tinha boas intenções, então concordei:

- Eu sei, entendi!

Eu reparei que Guilherme tinha deixado de lado os arquivos, então tentei encerrar logo a ligação:

- Já é tarde, boa noite!

- Porra, aqui ainda é de dia, que mané de boa noite!

Não ouvi ele continuar, apenas desliguei na sua cara.

Guilherme andou na minha direção, e eu olhei para ele guardando o celular:

- Terminou os trabalhos?

Ele assentiu e estendeu o braço, me puxando para o seu colo. Pousou um beijo leve na minha testa e disse em tom baixo:

- Quer ir dar uma volta na Capital Imperial?

- Capital Imperial? - eu pasmei, curiosa. - Tem alguma coisa para resolver na Capital Imperial?

Ele me levou até a beira da cama e nos sentamos, sua mão afagou a minha barriga enquanto ele dizia:

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