Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 107

MURILO

NASCIMENTO DE RAUL

Esses últimos dias tem sido estranhos e cansativos, Manu não dorme direito, não come direito, não trabalha direito, não descansa direito, os pés inchados, a barriga enorme, as oscilações de humor, todos esses fatores combinados tem sido uma experiência intensa. Fomos ao hospital três vezes nos últimos dez dias, ele teve contrações de Braxton Hicks, um treinamento para o nascimento do bebê.

- Murilo?

Ouço sua voz como um sussurro, não estou dormindo, acabamos de nos deitar, depois de eu

massagear seus pés que formigavam.

- Oi amor.

- Estava acordado?

- Sí mi cariño.

- Acho que chegou a hora.

- De que? - Pergunto confuso.

- Do Raul nascer.

- Você quer ir ao hospital? - Pergunto achando que se trata de contrações de treinamento mais uma vez.

- Acho que precisamos.

Nesse instante sinto algo molhando minha perna, levanto o edredom, vejo água, me passou pela cabeça que talvez ela tivesse feito xixi na cama, o que se esvai ao ascender o abajur e ver sua expressão de dor, que me põe alerta no mesmo instante.

- A bolsa estourou? - Pergunto a mim mesmo. - Calma Manu, nós temos um plano, vamos segui-lo e vai dar tudo certo.

- Tudo bem amor.

Tento respirar fundo, manter minha calma e ser o mais prestativo possível, me levanto da cama para trocar de roupa, pego minha bolsa, a de Manuela, e a de Raul, tudo já estava organizado para este dia, é só me manter focado e tudo dará certo.

- Vem vou te ajudar.

Puxo sua mãos para que ela saia da cama, ajudo Manuela tomar uma ducha rápida, a visto em um vestido leve, sei que ela quer parecer forte, mas geme baixinho o tempo todo, deixando minha cabeça a mil por hora.

- Vamos Manu, chegou a hora de conhecer nosso filho.

TRÊS HORAS DEPOIS.

Meu coração bate tão forte que posso senti-lo em meus ouvidos, a cada gemido de Manu, minha

vontade é de pular no pescoço desse médico e fazer tudo isso acabar rápido. Ela não reclamou uma vez sequer, me mostrando o quarto minha mulher é forte uma guerreira de verdade.

- Não podemos dar a ela uma anestesia? - Pergunto nervoso.

- Eu aguento. - Manu fala entre os dentes.

Beijo sua testa suada e sorrio.

- Eu sei que sim mi amor, mas você não precisa sofrer.

- Só mais um pouco o bebê está coroando. - Dr. Lucas fala.

Nos instantes seguintes, Manu faz força mais algumas vezes e minha mente se desprende do meu corpo, o último aperto na minha mão, o último gemido de Manuela, seguido pelo silêncio, que foi quebrado pelo choro alto e forte de um garotinho que chegou nesse mundo para dizer que é um Hernandez.

Ainda alheio a toda situação, corto o cordão umbilical no local que o médico me indicou para fazê-lo, eu deveria ir até ele, ver me filho, mas não consigo, uma onda de medo, emoção, amor, invade meu corpo me paralisando, aquele pequeno ser foi feito por mim, e ele vai depender de mim e de Manuela por muitos anos.

- Ele é lindo. - Manu fala emocionada.

Não percebi que a enfermeira colocou nosso filho, sobre o corpo de Manuela, que ria e chorava ao mesmo tempo, ele segurava nosso filho com amor, um calor gostoso percorre meu corpo.

- É sim meu amor, ele é perfeito.

Abraço minha pequena guerreira que chora abraçado a Raul, eu entendo perfeitamente o que ela está sentindo, Raul é colocado em meus braços, olhando para meu filho eu pude ver que nada mais importa em minha vida.

Nada além do meu filho e minha mulher tem valor.

Olhando aqueles pequenos olhos que se abrem para mim, sinto um misto de emoções que nem sei como descrever, a boquinha forma um biquinho que pretende começar a chora.

- Oi filho, não chora. - Balanço devagar. - Seu papai está aqui.

Ao ouvir minha voz Raul para e fica me olhando, eu sei que ele ainda não pode me ver, mas ele sente a nossa conexão, como eu sinto.

Sou um cara de sorte por ter os dois ao meu lado, meu mundo todo cabe em um abraço, penso assim que me sento na cama ao lado da mulher da minha vida e nosso filho.

UM ANO DEPOIS

- Os convidados já estão chegando. - Manuela fala colocando os brincos que lhe dei de presente na primeira vez que ela foi a Barcelona.

Me aproximo por trás, encosto meu corpo no dela, Manu me olha através do espelho e sorri.

- Está pronta? - Pergunto depois de beijar seu pescoço que ainda cheira a bala.

- Hurum.

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