Não Deixe o Impulso Confunda Tudo romance Capítulo 634

Vava era uma jovem tão extraordinária, mas, mesmo assim, eles não tinham a menor confiança nela e ainda se permitiam duvidar de suas intenções.

Era difícil entender como haviam conseguido criar uma filha tão competente quanto Vava.

— Se não querem que a cirurgia seja feita aqui, podem muito bem pegar o filho de vocês, a cirurgia inacabada, e sair imediatamente deste hospital! — disparou o diretor, com um olhar impaciente para Daniel Rocha e sua família.

— Vava não merecia ter pais e parentes como vocês. Isso é azar que nem em oito gerações se vê!

O diretor lançou um olhar de desprezo antes de virar as costas. Já não tinha mais paciência para lidar com aquela gente tão irracional.

— Diretor, minha mãe não fez por mal, só está muito preocupada com meu irmão, foi só isso — apressou-se Saulo Rocha a explicar. — Não leve a mal, por favor. Agradecemos muito por ter cedido sua sala de cirurgia, e ainda vamos precisar de toda a equipe para o processo de recuperação. Contamos com sua compreensão!

— Não precisa agradecer — respondeu o diretor, revirando os olhos. — Para falar a verdade, só estou com medo de que daqui a pouco vocês queiram jogar a culpa de tudo em cima de mim!

Ele suspirou, impaciente. — Se não fosse pela Vava, eu já teria expulsado vocês daqui faz tempo!

Diante disso, Saulo Rocha e os outros não ousaram responder. Restou-lhes o silêncio enquanto o diretor saiu, bufando de raiva.

Daniel Rocha olhou para Luciana Lira e disse, num tom repreensivo:

— Ele é o diretor do hospital, você percebeu como estava falando com ele?

— E eu lá estou preocupada com isso? — retrucou Luciana, aborrecida. — Estou preocupada é com o meu filho! Se acontecer alguma coisa com ele, quem vai se responsabilizar?

— Quem garante que essa Vânia Rocha vai realmente tratar bem dele? — continuou, visivelmente nervosa. — Ela é uma verdadeira urucubaca, vai saber se vai se esforçar e, mesmo assim, não conseguir salvar o menino!

Daniel, já tomado pela ansiedade, respondeu:

— Não é pra tanto, será?

— Quem pode saber? — murmurou Luciana, franzindo a testa.

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