Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 17

Ficava bem perto da casa dela, o que tornava o deslocamento bastante cômodo.

O responsável observou atentamente as pinturas improvisadas de Gabriela Clara Morais e elogiou: "Srta. Morais, sua habilidade em pintura é verdadeiramente impressionante. Vindo de uma academia de artes tão renomada, precisamos desesperadamente de alguém com sua sólida formação e habilidades excepcionais."

"Obrigada." Gabriela Clara Morais ficou um pouco envergonhada com os elogios.

"Então, que tal começar na segunda-feira? Oferecemos um salário inicial de quatro mil por mês, além de bonificações por desempenho. Normalmente, nossos professores recebem cerca de dez mil ou mais."

O responsável olhava para Gabriela Clara Morais com brilho nos olhos.

"Certo, então estarei lá na segunda-feira", respondeu Gabriela Clara Morais, também animada.

O responsável apertou a mão dela, emocionado, "É realmente raro encontrar uma professora tão talentosa quanto você. Você não tem ideia, recentemente, tivemos uma professora aqui que foi imposta por conexões influentes, e sinceramente, foi bem difícil. Com você aqui, podemos encontrar uma desculpa para dispensá-la."

Gabriela Clara Morais ficou surpresa.

Se a chegada dela significasse o desemprego de outra professora, ela se sentiria culpada, "Isso é... certo?"

"Não se preocupe, Srta. Morais, mesmo que você não viesse, encontraríamos uma justificativa para dispensá-la. Afinal...," o responsável balançou a cabeça, "...aquela professora nem sequer tem formação universitária, fez apenas alguns cursos de pintura no ensino médio. Como poderia ensinar? Se não fosse pelo fato de ela ser deficiente, já a teríamos..."

O responsável sacudiu a cabeça vigorosamente, claramente insatisfeito.

"Srta. Morais, na segunda-feira, estaremos esperando por você. Assinaremos o contrato então. Não se preocupe, todos os benefícios serão providenciados."

O salário não era alto, mas ela estava contente.

Após chegar a um acordo verbal com o responsável, ela se despediu educadamente, "Então, vou voltar para casa."

"Deixe-me acompanhá-la até a saída."

Ao chegarem à porta da instituição, foram surpreendidos por Núbia Lopes.

Ela saiu do carro de Sandro Goulart, com seu vestido branco esvoaçante e um brilho de felicidade no rosto.

O responsável falou baixinho, "Essa é a professora sobre a qual eu estava falando. Parece que ela se juntou a um homem rico, nem sei por que ainda dá aulas."

Então era ela.

Ela já esperava.

Como Sandro Goulart permitiria que ela tirasse o emprego de Núbia Lopes?

Mesmo sem Núbia Lopes, bastaria uma palavra dele para que ninguém no Rio de Janeiro a contratasse.

Ela só não esperava que fosse tão rápido.

"Deixa pra lá, já não é fácil conseguir um emprego, melhor procurar o próximo."

Após meio mês de busca incessante por trabalho, ainda não havia quem quisesse contratá-la.

Ela suspeitava que Sandro Goulart devia ter dado um aviso prévio.

Até agora, ela já conseguiu aceitar tudo isso com tranquilidade.

Com o pouco dinheiro que tinha, Gabriela Clara Morais comprou uma bicicleta elétrica e decidiu começar a fazer entregas para garantir sua subsistência.