Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 26

Para Sandro Goulart, tanto ele quanto o motorista eram vistos da mesma maneira: insignificantes formigas, indignos de qualquer respeito.

"Bom, eu volto com você."

"Senhora, por favor, entre no carro." Os olhos do motorista brilharam novamente com esperança.

Sandro Goulart estava em casa.

Núbia Lopes também estava lá.

Gabriela Clara Morais parecia mais uma intrusa indesejada.

De pé na entrada, seu olhar frio fixava-se na outra mulher que entrava em seu território.

"Sandro Goulart, se você queria que eu visse o quanto vocês são 'apaixonados', não precisava se incomodar."

A expressão de Gabriela Clara Morais era de desgosto.

O olhar provocativo e sombrio de Núbia Lopes a deixava fisicamente mal.

Sandro Goulart permaneceu calado.

Com uma voz suave, Núbia Lopes falou: "Gabriela Clara, você está entendendo errado. Eu vou viajar para o exterior para tratar da minha perna em alguns dias. Sandro disse que eu poderia ficar aqui por um tempo. Se isso te incomoda, eu posso simplesmente ir embora."

Ela parecia triste, apoiada em sua muleta, uma imagem de autopiedade.

Sandro Goulart a deteve friamente: "Quem ousaria mandar você embora?"

"Sandro, não seja assim. Eu não quero que Gabriela Clara fique chateada por minha causa. Melhor eu ir para casa."

As lágrimas nos olhos de Núbia Lopes a faziam parecer profundamente injustiçada.

Gabriela Clara Morais estava nauseada com esse teatro todo.

"Núbia Lopes, pare de fazer cena. Se tivesse um pingo de dignidade, você não estaria na casa de um homem casado. Se realmente quer tomar meu lugar, então peça para Sandro Goulart se divorciar de mim logo."

Gabriela Clara Morais estava profundamente revoltada.

Disse isso e virou-se para sair.

Sandro Goulart se levantou e a seguiu rapidamente, segurando seu pulso e a levando para o andar de cima: "Eu preciso falar com você."

Ele estava sendo especialmente rude.

Gabriela Clara Morais sabia que aquela grosseria era reservada apenas a ela.

"Então fale, mas me solte."

Quando a porta do quarto se fechou atrás deles, ele finalmente a soltou.

Ela tinha se tornado astuta em suas palavras, capaz de silenciá-lo.

A porta foi batida.

"Sandro, estou com fome." Era a voz de Núbia Lopes.

Ela sempre sabia quando aparecer.

Antes era assim, agora mais ainda.

Gabriela Clara Morais caminhou em direção à porta, e justo quando estava prestes a tocar a maçaneta, o homem a pressionou contra a porta.

Ele segurou seus braços acima da cabeça.

Com o aroma do tabaco emanando de seus lábios finos, ele deslizou lentamente sobre os lábios cheios e rosados dela, sussurrando em seu ouvido: "A quem você pretende se vender? Leandro Ferreira ou Marcos Loureiro? Provavelmente Marcos Loureiro, pelo menos assim você poderia conseguir um lugar como a esposa ilegítima na família Goulart e continuar sugando o sangue da alta sociedade."

"Não precisa se preocupar com isso, Presidente Goulart," ela respondeu, tentando mover suas pernas em resistência, mas ele a pressionou firmemente para baixo.

O peito forte dele pressionava contra o corpo delicado dela, imobilizando-a completamente.

Toc toc.

"Sandro, você está aí? Quer ir jantar conosco?"