Não É Isso Você Querer? A Minha Morte. romance Capítulo 37

Gabriela Clara Morais saiu para ganhar dinheiro, mas dinheiro ganho com humilhação, ela não aceita: "Senhor, é melhor procurar outra pessoa."

Ela pretendia se afastar quando Milton Santos se ergueu, bloqueando seu caminho, o olhar avaliador transmitia desprezo e desrespeito.

"Por que a encenação? Entre os presentes aqui, quem não é rico? Você realmente quer nos ofender e ainda pensar em fazer seu nome no Rio de Janeiro?"

Milton Santos fez ameaças.

Foi então que Gabriela Clara Morais ergueu os olhos para os outros homens no camarote.

Quando viu o rosto de Sandro Goulart, houve um momento de deslumbre.

Um sorriso sarcástico pendurava em seus lábios enquanto brincava com um isqueiro de ouro, de forma despreocupada, como um espectador qualquer.

Seu coração foi picado por algo indescritível.

Virando-se, ela olhou friamente para Milton Santos.

"Você acha que pode pagar por algumas bebidas que eu tomar?"

"Eu, pessoalmente, cumpro o que prometo," garantiu Milton Santos, batendo no peito: "Se tem algo que não me falta, é dinheiro."

"Mostre o dinheiro."

Copos alinhados, dez em cada fileira, totalizando dez fileiras.

Dinheiro, uma pilha de dez mil, totalizando cem pilhas.

Tudo era dinheiro vivo trazido a pedido de Milton Santos.

Jarbas Godoy, temendo que ele fosse longe demais, sussurrou um aviso: "Ela é a esposa de Sandro, vá com calma."

"Estão se divorciando, então é ex-esposa."

De qualquer forma, Sandro Goulart permaneceu em silêncio durante todo o tempo, então, na mente de Milton Santos, a relação entre ele e Gabriela Clara Morais já estava definida.

"Mulher, isso é um milhão, beba quanto quiser, não diga que não avisei."

Uma vez que a decisão foi tomada, mesmo que a bebida fosse amarga e forte, fazendo sua língua formigar, Gabriela Clara Morais não podia se dar ao luxo de ofender esses jovens ricos do Rio de Janeiro.

Ela nunca tinha bebido antes, mas impulsionada por uma bravura de quem não conhece o perigo, engoliu cinco copos de uma vez.

Milton Santos comentou, surpreso: "Nada mal, essa bebida tem 53% de álcool."

Ela tentou manter os olhos abertos.

Mas suas pálpebras estavam pesadas demais, seu estômago queimava, deixando-a extremamente desconfortável.

As pessoas pareciam girar ao seu redor.

Quando Milton Santos viu a oportunidade e estava prestes a ajudá-la.

Foi interceptado por um chute alto de Sandro Goulart, que o lançou para longe.

"Será que só quando eu estiver morto?" ele cuspiu no chão, agarrou uma cadeira e a jogou com força na direção da cabeça de Milton Santos.

Milton Santos levantou a mão para se proteger.

A cadeira atingiu seu braço e, em seguida, caiu pesadamente sobre sua cabeça.

Sandro Goulart, ao agredir, nunca fazia distinção de intensidade.

Com a cadeira batendo nele, a cabeça de Milton Santos imediatamente se abriu, sangrando profusamente.

Temendo que aquilo acabasse em tragédia, Jarbas Godoy rapidamente abraçou Sandro Goulart por trás: "Sandro, calma lá, acho que sua esposa bebeu demais. Que tal você levá-la para casa agora? Desse rapaz eu cuido por você."